capítulo 31

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O beijo é prolongado e ele coloca a sua mão entre a curva da minha cintura e do meu rabo fazedo-me ficar mais colada a ele. Separamo-nos pela falta de ar e não consigo deixar de sorrir ao vê-lo sorrir também. Só depois reparo que estamos num local publico cheio de pessoas á nossa volta e as minhas bochechas ganham cor.

“não importa o que os outros pensam, eu só quero saber de ti.” O niall diz como se lesse os meus pensamentos e deixo outro beijo rápido nos seus lábios.

Olho para os seus olhos azuis e perco-me no quão bonitos são por segundos. quando é que tudo isto entre mim e o niall tinha começado? Eu nem sabia o que sentia por ele, mas era uma atracão demasiado forte para ser considerada apenas uma atracão. É como se já estivesse á espera que isto acontecesse mas há uns dias atrás não podia pensar nisto. Em mim e no niall como um casal.

Abraço-o mais uma vez mas ele não corresponde.

“niall?” tento despertar a sua atenção mas ele está concentrado em algo atrás de mim.

Viro o meu corpo e vejo-o ali a observar-nos. Fodasse. Os seus olhos estão mais escuro s que o habitual e consigo ver a raiva a correr-lhe pelas veias pela força que ele está a fazer nos punhos. Mas como é que eu não tinha reparado que ele estava ali? 

Ele começa a vir até nós e é como se o chão tremesse a cada passo pesado dele. Sinto-me envergonhada, irritada, surpresa, mas principalmente com medo do que poderá acontecer nos segundos a seguir. Ele vai gritar-me ou vai gritar ao niall? eles vão envolver-se? Não sei o que passa na cabeça do zayn porque em situação nenhuma tinha imaginado isto, mas ele também me traiu. E nós tínhamos acabado, pelo menos na minha cabeça.

Quando chega á nossa beira as minhas mãos estão a tremer e quero dizer algo mas não consigo, assim como eles.

Espero por alguma voz mas em vez disso o zayn agarra no meu pulso com força arrastando-me cada vez para mais longe do niall. O seu toque faz-me suar apesar do frio e por momentos esqueço-me de como andar. Eu não podia deixar que ele me guiasse mas não tinha força para reagir.

“deixa-a.” O niall grita vindo na nossa direção a andar tão irritado como o zayn.

 “o que vais fazer se não a deixar? Bates-me? Ela não deixa de ser minha namorada.” O zayn grita no mesmo tom ameaçador e tenho vontade de me encolher mas não o faço, mantenho uma postura forte mesmo a morrer por dentro.

“não me parece que ainda seja tua namorada.” Tento gritar também mas a minha voz sai como um sussurro.

“o quê?” ele parece confuso.

“eu já não sou tua namorada. Tu trocaste-me.”

“tu ouvis-te. trocaste-a.” O niall diz apoiando-me mas não é como se me apoia-se, encarar a realidade dói mais do que devia doer.

“se tu falas outra vez espeto um murro na tua cara.” o zayn ameaça o niall e eu largo o meu braço do seu aperto.

“que estás aqui a fazer?” pergunto mais calma do que devia.

“eu venho sempre buscar-te ao domingo ao fim do trabalho , era isso que estava a fazer até te ver aos beijos com o niall! Não podes dizer que fui eu que te troquei, ao menos eu não sabia o que fazia.”

O seu olhar concentra-se no meu enquanto ele me grita e as minhas pernas fraquejam fazendo-me quase ceder e perguntar-lhe o que ele queria dizer.  Eu estava a ficar vulnerável e ao vê-lo a olhar-me daquela forma só conseguia relembrar-me de tudo o que já tínhamos passado juntos. Como conseguimos destruir isto tão rapidamente?

“tu esperavas vir buscar-me e pronto, ficava tudo bem?” desta vez estou a gritar.

Mas ele não responde.

unconditionally [a rescrever]Onde histórias criam vida. Descubra agora