capítulo 23

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Acordo sobressaltada pela 4 vez esta noite. Um grito desesperante de dor sai da minha garganta e demoro alguns segundos a aperceber-me da realidade. O meu peito ainda doía, no exato sítio onde ele tinha espetado a faca no meu pesadelo, estou toda suada e não consigo parar de tremer, o pânico está a invadir-me outra vez. Sinto alguém a agarrar-me com força mas a escuridão nao me deixa ver quem é, até que sinto a sua barba no meu ombro e reconheço, era o zayn e eu estava na cama dele. Recordações terríveis da ultima noite invadem a minha cabeça mas tento ao máximo lembrar-me dos pensamentos positivos, tinha de ser forte para os proteger a todos.

Zayn: está tudo bem, eu estou aqui amor. - ele diz enquanto deixa um beijo suave no meu pescoço.

Respiro fundo e alívio a tensão do meu corpo. Tinha sido só um pesadelo, nada mais. Estava tudo bem.

- volta a dormir, eu estou bem. - a minha garganta dói quando falo devido ao meu grito.

Zayn: que horas são?

Agarro no telemóvel apenas com o meu sentido de orientação devido ao manto escuro que envolvia o quarto e clico no botão central fazendo com que uma luz ofuscante venha contra os meus olhos.

- 6:30 - sussurro mas sei que ele ouve.

Zayn: queres voltar a dormir?

- não, eu acho que vou até cozinha ou assim... Daqui a pouco temos de estar a pé, hoje temos aulas.

Sinto-o a suspirar e o seu peso sai da cama fazendo com que me enterre mais nela.

A luz acende e finalmente o vejo apenas em boxers com o seu corpo bem definido. Os olhos dele estavam cansados e fecham um pouco quando ele próprio pressiona o interruptor mas a diferença entre a escuridão e a luz nao me incomoda, pelo menos nao hoje.

zayn: anda. - ele diz estendendo-me a mão.

Levanto-me vagarosamente, os meus músculos ainda estão tensos do pesadelo e isso faz com que me custe andar. Acho que o zayn se apercebe do quanto me está a custar pois agarra em mim enrola-me sobre cintura, tal e qual da maneira que eu adoro.

- podias ir dormir, se quisesses. - murmuro ao seu ouvido.

Zayn: não gosto de dormir na minha cama sem ti, já nao é a mesma coisa.

Sorrio contra a sua pele e deixo um beijo no pescoço, fazendo com que a sua pele se arrepia-se. Por momentos tento imaginar a minha vida sem o zayn, isso era simplesmente impossível. Ele estava na minha rotina, na minha forma de viver, na minha mentalidade.. Tinha-se apoderado de tudo o que tinha em demasiado pouco tempo e por mais estranho que parecesse nao estava nem um pouco assustada. Eu estava segura, segura de que com ele me sentiria sempre assim.

A minha pele entra em contacto com a pedra fria do balcão e o contraste é maior do que estava a espera. Ele deixa-me lá a vai até ao frigorífico pegando em algumas coisas para comermos.

zayn: sobre o que foi o último pesadelo?

- uma faca, no peito... Ainda dói aqui. - digo passando a minha mão sobre a zona em que fora afetada.

Ele retira a mão e deixa um beijo prolongado sobre o meu peito fazendo com que um formigueiro intenso se formasse naquela zona. Enrolo as minhas pernas sobre a sua cintura e colo os lábios dele nos meus o mais lentamente que consigo, o sabor a baunilha estava mais do que presente, mesmo que ele tenha acordado a pouco tempo.

" amo-te " sussurramos ao mesmo tempo e o meu estômago arde. As nossas vozes combinavam perfeitamente.

Fecho os olhos e apenas o sinto a deixar profundos beijos por todo o meu pescoço. Eu não aguentava aquilo, a minha pele arrepia-se toda e quase o mando parar mas ele volta aos meus lábios fazendo com que o ar acabe, novamente.

unconditionally [a rescrever]Onde histórias criam vida. Descubra agora