2 - Pesadelos & Corvos

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A brisa morna ainda entrava pela janela quando a mesma foi fechada abruptamente, meus olhos se abriram de imediato, quarto havia ficado escuro sem brisas ou luz do luar somente sombras faziam parte do lugar

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A brisa morna ainda entrava pela janela quando a mesma foi fechada abruptamente, meus olhos se abriram de imediato, quarto havia ficado escuro sem brisas ou luz do luar somente sombras faziam parte do lugar. Levantei calmamente indo até o braseiro onde não havia brasas nem fogo, fazia frio, mas não um frio como no inverno era outro tipo, um frio de morte aquele mesmo que tomava os cadáveres quando fechavam os olhos.

A adaga ficava ao meu lado na cama, segurei-a como se minha vida estivesse ali, enquanto me aproximava da janela. O vidro que a cobria era colorido e criava desenhos e formas assim que a luz o atravessava, porém ele estava negro tinha perdido toda luz e cores e também estava frio.

- Tristan você sabe que não é capaz- Ouvi uma voz ecoar pelo quarto. - Tris você que não pode impedir

Uma voz sussurrava entre as sombras, não era feminina nem masculina, era uma voz sombria e a cada palavra o frio cadavérico invadia meu corpo.

- Tris...somente uma pessoa me chamava assim e ela já estava morta.

O frio no quarto somente aumentava e meus ossos pareciam congelar, as sombras se espalhavam cada vez mais pelo ambiente e seja lá o que estivesse nelas se aproximava. Seja lá o que fosse me conhecia de algum, conhecia meu apelido secreto e agora me julgava incapaz de alguma coisa.

- Você não é capaz Tristan nem você, nem aquele príncipe guerreiro, ninguém pode deter a escuridão ela sempre vem e seu abraço acolhe a todos.

As sombras avançavam o punhal que segurava havia caído no chão do quarto e assim que a primeira sombra o alcançou ela o engoliu. Eu estava paralisado. Minha voz estava travada, nada saia da minha garganta e a cada segundo as sombras se aproximavam mais. A voz na escuridão se calou, mas sentia sua presença por todo lugar, um pequeno espaço impedia as sombras avançarem e logo começaram a tomar forma. Primeiro um amontoado negro e depois um corpo humano sem rosto sem nada, puramente formado de sombras e em sua cabeça uma coroa.

- Você não pode me deter Tristan...

- Não pode me deter...

- Nada pode...

E então fui tragado pelas sombras.

Acordei em um sobressalto, com a sensação de frio ainda presente no meu corpo, porém não haviam sombras muito menos a forma sombria. A adaga ainda estava ao meu lado na cabeceira da cama, tudo estava aparentemente normal. Três fortes batidas na porta me tiraram do meu torpor do sonho ou melhor pesadelo dessa noite, que mesmo sendo apenas algo da minha mente pareceu real o bastante a ponto de fazer-me rasgar o lençol.

- Quem é? - Mais batidas na porta fizeram-me tomar conta de que já era dia e alguém me chamava.

- Uma das servas vindas de Solaria, trouxe água quente para preparar seu banho.

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