4 - A Dor Não Pode Unir

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A primeira luz do dia já estava no céu e antes disso os príncipes, seus pais, as mulheres e crianças ja estavam fazendo o caminho de volta para o castelo,onde a grande cerimônia aconteceria

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A primeira luz do dia já estava no céu e antes disso os príncipes, seus pais, as mulheres e crianças ja estavam fazendo o caminho de volta para o castelo,onde a grande cerimônia aconteceria. Em paralelo a isso os soldados e camponeses esperavam em meio as ruínas da vila arrasada aqueles que iriam acompanha-los, olhares preocupados, cochichos e o ar de impaciência tomavam a todos ali, no entanto na única garota do grupo essas sensações eram multiplicadas por mil.

Girando uma flecha entre os dedos a morena passava o olhar por todos ali, do mesmo modo que sentia o olhar de todos principalmente os noxianos caírem sobre si, em Solaria mulheres entravam no exército porém em Noxia a situação era outra. Seu corpo exalava tensão e até mesmo medo, entretanto era um medo diferente, medo de estar atrás de algo impossível, de aceitar que poderia ter perdido todos aqueles que amava para sempre e mais ainda medo que o grosso Ellis estivesse certo e que no fim das contas ela não fosse uma guerreira, e sim somente uma garotinha teimosa dando um passo maior que sua perna.

Quanto mais alta a subida mais dolora seria a queda e caso Cecile viesse a cair, a dor que sentiria seria em dobro. Os trotes ecoaram e ficaram mais altos a medida que àquele que tanto esperavam se aproximavam,o coração da moça seguia literalmente o trote dos cavalos martelando no peito com a ansiedade crescendo a cada segundo e ela somente continuou quando o general, capitão seja lá o que fosse desmontou e veio analisar os homens que iriam acompanha-lo.

Olhou a todos um por um e mesmo por baixo do elmo podia sentir a frieza no olhar, o olhar que parou sobre a morena assim que a localizou entre os outros tirando o elmo em seguida.Grandes olhos azuis que pareciam pedras de gelo, pele branca o que eram estranho para alguém que vinha de Noxia assim como o cabelo louro que logo se apresentou como o comandante Willas de Noxia.

- Espero que não tropece em suas saias garota. - O noxiano louro aproximou como um fantasma. - Ou melhor espero que saiba usar esse arco.

- Não estou de saias senhor e mesmo que estivesse não tropeçaria nem que quisesse. - afirmou a morena. - E eu sei usar este arco.

- Espero que saiba mesmo, eu preciso de guerreiros comigo não de damas de companhia ou cozinheiras.

Talvez a dama de companhia mate você enquanto dorme. Pensou Cecile.

- Me pergunto o que o rei de Solaria pensa deixando garotinhas brincarem com arcos. - Disse tocando em seu arco o que a fez querer afastar a mão do homem com um tapa.

- Com certeza pensa mais que o rei de Noxia ao achar que só servimos para ficar em casa. - Ela viu a fúria crescer nos olhos do noxiano, percebendo também o quanto a situação de ter ela acompanhando o incomodava. Solaria havia pisado no calo de Noxia desde o momento em que Cecile ganhou o broche e a condição de soldado, entretanto nada mais poderia ser feito a respeito disso, ela era uma arqueira de Solaria e só quem poderia revogar isso era o rei.

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