Tristan não imaginava como um simples papel mudaria sua vida. Após seu pai, o rei de Solaria, assinar um acordo com Noxia seu reino rival devido ao retorno de um antigo inimigo a vida do jovem príncipe transforma-se de uma hora para a outra. Para al...
Dedicado a Ariminha por mais um ano de amizade e muita paciência... te amo xuxuzinha.
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Nada, era isso que havia além de branco por todos os lados e uma luz forte que parecia ficar cada vez mais brilhante a medida que seguia minha queda, não sabia calcular a quanto tempo estava caindo mas tinha certeza que já fazia um certo tempo, não estava com medo e nem ao menos temia o que poderia ter quando chegasse ao fim pelo contrário, me sentia em paz e acolhido dentro daquele lugar. Fechei os olhos e deixei minha mente vagar para o castelo e minhas irmãs, para o templo antes da destruição e para Solaria pela primeira vez desde que havia chegado à aquele local consegui lembrar com riqueza de detalhes como era minha vida antes de tudo isso, pensei em meu pai e como todas as vezes pedi ou melhor implorei aos deuses em silêncio para que eles o mantivessem são e salvo e que voltasse com a notícia que todos esperavam, pedi pelas minhas irmãs e minha mãe que não mereciam mal algum que viesse do mundo e em algum canto do meu inconsciente pedia por Ellis e pelo seu reino que apesar de tudo também sofriam com a maldita guerra.
Ainda pensava estar caindo e quando abri os olhos estava no chão, mármore branco decorado em dourado e com pedras de cristal que refletiam a luz que entrava pela cúpula de vidro que ficava no teto, passei a mão pelo chão sentindo as finas ranhuras e uma sensação de pertencimento e nostalgia veio com todas as forças e então tive a certeza que conhecia aquele piso, aquele teto e também as colunas, levantei olhando para frente e lá estavam os tronos dourados com os raios do Sol entalhados em ouro maciço e com os nomes de todos os reis e rainhas que um dia governaram dali. As colunas brancas polidas cheias de arabescos e desenhos que ilustravam a história do reino e mais acima o teto, lembrava de passar horas admirando a pintura que mostrava a criação do mundo através dos nossos deuses e o surgimento do reino e também o nosso primeiro rei, eu estava em casa e agora sim me sentia em casa, aquele lugar por onde corria na minha infância, onde tive minhas primeiras aulas com uma lança e onde sabia que não importava para que canto do reino ou do mundo fosse eu poderia retornar, levantei do chão e me aproximei do trono procurando onde haviam gravado os nomes de meu pai e minha mãe entretanto, ao lado do nome deles estava o meu.
— Rei Tristan I — Li em voz baixa, mesmo assim ainda se fez o eco pelo salão, era uma sensação estranha e ao mesmo tempo interessante. A minha vida inteira foi praticamente dedicada para que um dia eu sentasse naquele trono e me tornasse rei, entretanto nunca me sentia pronto e não imporatava o quanto elogiassem ou eu tentasse colocar em minha mente que eu seria rei, essa idéia não entrava e não conseguia acompanha-la.
Deixei o trono de lado e voltei ao meio do salão, as portas estavam fechadas assim como as que ficavam atrás do trono o silêncio inundava o local e se não fosse por uma leve brisa que passava e deixava seu barulho sutil, a brisa continuava e seu suave som aumentava e tomava forma até que se tornou uma voz suave a o mesmo tempo forte e melódica preenchia o ambiente.