Mommy and Daddy

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357 days before

Finn estivera observando o menino com o skate na calçada por minutos, desejando que sua mãe seguisse para dentro de casa. Porém, eram tantas caixas de enfeites e coisas que ela havia comprado na loja de um grande amigo seu, para que o filho decorasse seu próprio quarto. Mal ententendia ela que ele não aceitaria nada que viesse dela se não fosse realmente necessário.

─ Cachinhos negros. ─ Chamou o menino pegando o skate do chão e pondo debaixo dos braços. ─ Pode sair agora?

Finn virou-se para mãe levando algumas caixas para dentro de casa, e pensou em quando ele teria uma oportunidade como aquela de novo. Ele passou a mão na parte traseira do jeans, para conferir se a carteira ainda estava lá junto do celular, e depois virou-se para Jack novamente.

─ Posso sim. ─ Disse ele aguardando sua mãe sair novamente de casa.

─ Ótimo. ─ Respondeu com um sorriso torto. Jack apontou com a cabeça, para a mulher com um coque embolado, saindo de dentro da casa amarela. Para que Finn avisasse logo e eles partissem.

─ O que foi? ─ Perguntou ela.

─ Vou sair com Jack.

─ Volte para o jantar.

O cacheado concordou com a cabeça, mesmo sabendo que não voltaria até que ela estivesse dormindo. Finn tem esses problemas de rancor. Não que ela tenha o dado motivos diretos para receber tanto ódio em troca. Mas, ele sentia como se ela fosse totalmente responsável por tudo que aconteceu com seu pai depois do divórcio. As drogas, o álcool, todas as três overdoses, agiotas. Tudo aquilo, toda a merda em que ele cresceu entre, onde ao decorrer acabou perdendo o irmão mais velho. Aconteceu depois dela, e ele não recebeu nenhum cartão ou carta nesses momentos. Era Finn e Deus.

─ Vamos. ─ Jack tomou um punho da camisa de Finn e o puxou ferrozmente para longe do carro. O menino que estava em transe, pensando em todo seu passado, foi surpreendido com a força do menor. Ele não disse nada, apenas foi seguindo o caminho em que Jack mostrava para ele. Eles atravessam a rua e param de frente a uma casinha simples com o número três pendurado na pilastra da varanda.

─ Vai em casa ainda? ─ Finn questionou confuso. Por que diabos eles haviam parado de seguir o caminho? Ainda estavam tão próximos de sua mãe, que ele estava com receio em que ela atravesasse apenas para da-los algo para lanchar.

─ Não é minha casa. ─ Jack já dizia adentrando no jardim de frente.

─ Vamos invadir uma casa de frente a da minha mãe?

─ Não, porra! ─ Ele passou a mão sobre a testa, e foi para frente da porta de entrada. ─ Vamos, Finn.

O garoto ainda estabilizado na calçada, pensou uma, duas, três vezes antes de segui-lo. Não que ele já não tivesse invadido uma propriedade antes, apenas não de frente ao seu responsável.

─ Está esperando o que? Um convite?

Enquanto Jack bufava com a mão já descansando sobre a maçaneta, Finn dava seus primeiros passos para perto dele.

─ Connor! Cody! ─ Gritou o rapaz da porta, enquanto abria-a. ─ Tenho carne nova para vocês.

Quanto mais Finn aproximava-se dele, mais rápido seu coração palpitava. Carne nova? O que isso significava? Connor e Cody eram dois cachorros e Jack o mataria ali? Numa casa alheia?

─ Vamos, cara. ─ Ele segurou o pulso de Finn, e deu um puxão arrastando-o para dentro da casa. A principio, Finn tentou resistir, mas logo deixou que ele o puxa-se, pois ouviu algumas vozes vindo da sala ao fim do carredor. Ele se tranquilizou com aquilo. Ambos não invadiram nada, e ele não seria dado para os cachorros.

Hawaiian Girl | ST+ IT Cast |Onde histórias criam vida. Descubra agora