❝Eu sinto como se estivesse no mundo errado. Porque eu não pertenço a um mundo onde nós não estamos juntos. Eu não. Há universos paralelos onde nossa história não aconteceu, onde eu nunca sai de Nova Iorque e você nunca quebrou seu ukulele. Onde nós...
❝Eu não sei para onde eu iria. Porquê eu fiz de você o meu lar.❞
─ Desconhecido.
(Fundo branco)
330 days before
No começo da tarde seguinte. Com os olhos marejados, e as mãos trêmulas, Finn aproximou-se da janela feita de madeira escura refinada, quase caindo ao chão a cada passo dado. Suas pernas estavam instáveis, seus ossos frágeis... todo seu corpo sensível como um papel. Ele não gostava de ficar deitado no sótão empoeirado e quente, esperando a morte chegar. Ainda mais em um lugar na qual sua mãe insistiu que em chamar de quarto e não de beco mortífero como ele gostaria. Talvez se o nome fosse mais legal, seria mais entusiasmante falescer ali. A relação entre Finn e sua mãe não evoluiu muito ao decorrer desses dias. Mas, a mulher não perdeu a esperança de que ele vá perdoa-la um dia. Mesmo que ele ache estupidez e um baita desperdício de tempo.
Ao alcançar a janela, o garoto pode ouvir as cigarras cantaram suas canções de uma só nota, tão perturbantes quanto os pássaros pigarreando sem parar. Não que Finn fosse esse tipo de garoto que descontava a raiva em todas as coisas do mundo ─ até porquê ele usava o cigarro para isso ─, mas sua cabeça doía tanto, e ele estava tão noia com os medicamentos, que uma cantiga de ninar feita pela natureza não era tão bem-vinda assim.
Ele pegou seu celular largado no suporte inferior da janela, e desbloqueou o aparelho com a digital, revelando imediatamente as mensagens desesperadas de seu pai.
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Finn respirou fundo, tentando aceitar que sua vida dali pra frente seria resumida entre problemas atuais e os do passado. E que jamais teria uma adolescência normal como acreditou que poderia ter.
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Ele limpou uma lágrima que se estendia por seu rosto, e leu atentamente as mensagens que chegavam.
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