Hawaiian Girl | ST+ IT Cast |

A piece of me died

❝Eu tenho um anjo. Ela não usa nenhuma asa. Ela usa um coração, que pode derreter o meu❞

─ Jack Johnson.

(Pra esse clima, nada melhor que a música feita por um havaiano. Toquem quando quiserem.)

E Ku'u Aloha - Meu amor
Mana - é um estado de espírito.
Mahalo - Obrigado.

346 days before

Finn olhou o último cigarro, ─ no espaço entre seus dedos ─ como seu veneno pessoal. Encantador demais para ser admirado longe de seus lábios. Ele era seu câncer, matando-o em câmera lenta, Finn não fazia idéia do qual podre estava por dentro. O garoto pôs seu vício entre os dentes, e arquejou todas as tóxinas para si. Ele esperou e esperou por algo a mais, talvez a antiga sensação de liberdade. Mas não sentiu nada além do vapor vitavel escapar por suas narinas. Finn deixou a fumaça queima-lo pedaço por pedaço, enquanto se perdia na esperança que um dia alguém o encontrasse.
Ele continuou caminhando em silêncio ao lado da garota com os cabelos ao vento, sem saber o falar. Ela odiava quando ele tornava o cigarro parte dele, pois odiava vê-lo suicidar-se aos poucos.
Era duas da manhã de uma quinta-feira qualquer.  Bom, não qualquer quinta-feira. A quinta-feira do primeiro encontro de Millie e Finn.
Eles estavam caminhando pela areia da praia em silêncio desde que chegaram. Pois Finn não parava de fumar seus preciosos cigarros e ela não aguentava mais vê-lo sumir junto da fumaça. O garoto com os cabelos presos em um boné preto, e moletom da mesma cor, olhou sorridente para o céu repleto de estrelas.

─ É lindo, não é?

─ Wakea. ─ Millie respondeu freiando os passos.

─ O que?

─ Wakea, os antigos dizem ser o Deus do céu. ─ Ela falou perplexa, sem compreender como alguém nunca havia escutado sobre os deuses havaianos. Millie observou a última cinza do cigarro de Finn pingar sobre os grãos de areia, e sorriu agradecida.
O menino, que nem percebeu seu cigarro acabar, sentou-se no chão com a cabeça erguida para o céu. Ele nunca havia visto tantas estrelas em um só lugar. ─ De onde você era?

─ Nova Iorque. ─ Respondeu ele passando as mãos nos joelhos dobrados.

─ Então é por isso que está tão admirado. ─ Ela sentou-se ao seu lado, vendo as pessoas passarem em sua volta. ─ Não é possível ver as estrelas lá. Há muita luz ambiente. Isso se você conseguir ver o céu entre aqueles enormes prédios.

─ As pessoas não olham para cima em NY.

─ É por isso que vocês, novaiorquinos, são antipaticos. Não sabem nem como cumprimentar alguém.

─ Vocês é que dizem "aloha!" Para todo mundo. ─ Finn defendeu-se controlando uma risada. Apenas agora percebeu que Millie nunca havia dito Aloha para ele.

─ Mentira! Não falo aloha para todo mundo.

─ Você nunca disse "aloha" para mim, por quê?

─ Sério? ─ Ela ri ─ Aloha não é para um simples "olá" ou "tchau" como alguns havaianos costumam usar. Aloha significa paz, compaixão e afeto. O que são três coisas que você não tem. Você é o caos, a dor e a turbulência. Vi em seus olhos quando nos conhecemos. ─ Finn não responde, sabia que ela tinha razão.
─ Eu não sei porquê Rangi te colocou em meu caminho, mas você está aqui para me machucar.

─ Rangi? Achei que era católica.

─ Não, eu menti para deixar o segredo de Jack a salvo.

─ Que segredo?

─ Se eu pudesse falar não seria segredo.

Ele bufa passando a ponta da língua em seus próprios lábios secos.

─ E eu nunca a machucaria.

─ Não propositalmente, mas você irá.

─ M-hm. ─ Finn suspirou ─ Mas, me diz, o que quer da vida?

─ Ser rica.

─ É sério. ─ Ambos riem.

─ Ok! Não fale que é estupidez, pois eu sei que é, mas estou tentando uma bolsa para uma acadêmia de artes na Itália.

─ Por que seria estupidez? Isso é ótimo.

─ Porque eu sei que não vou entrar, mas estou tentando para dizer que tentei. ─ Millie solta uma risada fraca e manuseia o rosto para um dos quiosques abertos. Ela pode escutar os acordes do ukulele começar, e imediatamente agarrou o braço do garoto ao seu lado, e levantou.

─ Você pass- O que está fazendo? ─ Ele indaga quando interrompido e levanta quando "sugerido" por ela.

─ Vem! ─ A menina segurou sua mão suja de areia, e puxou-o com força, apressando os passos em direção ao quiosque de porta escancarada. Eles entraram correndo no local, indo de cara em um homem com colares de flores no braço. Ele esticou para por nós dois, mas Millie impediu, queria seguir a tradição. Ela pegou o das flores maui, pois era conectado ao que Finn mais admirou. A flor significava rosa do céu. Ela virou-se para ele, admirado com as dançarinas movimentando as mãos no ar, ao ritmo da música.

─ O que estamos fazendo aqui? ─ Questionou ele.

─ Vamos dançar hula-hula. ─ Millie sorriu ─ Os colares de flores são muito importantes, eles te trazem mana. Sempre que você receber um, diga "mahalo", e o certo é receber de alguém que conhece. ─ Ela falou passando o colar em volta do pescoço dele.

─ Mahalo! ─ Finn falou com um sorriso, e pegou o outro com o homem na porta. Ele não sabia os significado das flores, então puxou um igual ao que ela o deu. Abriu o colar numa largura suficiente para passar na cabeça dela.

─ Mahalo! ─ Millie respondeu assim que recebeu, e deu um beijo em seu rosto. ─ Vamos dançar.

─ Não, por favor! Eu não sei dançar e música não é comigo.

─ Você tem medo do mar, não sabe dançar e não gosta de música? O que está fazendo em Maui, sua aberração!

─ Não faço idéia.

Millie segurou as mãos de Finn, andando de costas, trazendo-o para o meio das meninas com saias de folhas e tiaras de flores. Ela manuseou as mãos pelo ar, seguindo a demonstração das águas e montanhas cantadas na música.

─ Vamos, E Ku'u Aloha! imite-me.
─ Ordenou ela girando as mãos no ar. Finn fez o mesmo, mas sem rebolar a cintura como as meninas. Ele olhou para o lado, fitando os caras sem camisa com ukuleles na mão. De alguma maneira usando apenas aquelas quatro cordas para montar uma música. Quando Finn virou-se para Millie novamente, percebeu que ela fazia um movimento diferente das outras pessoas.

─ O que foi isso? ─ Perguntou tentando acompanhar.

─ O quê?

─ O movimento que havia feito.

─ Ah! ─ Millie sorriu. ─ Significa amor.

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SABE O QUE ATUM É? É PEIXE!!!!

Cês's não fazem idéia de tanto se lendas, palavras e costumes havaianos estou estudando por causa dessa fanfic. Tô' me sentindo a Lilo.