Tinha os olhos vendados, enquanto Romeo indicava-me o caminho. Quando ele tirou-me a venda dos olhos, estava cara a cara com ele. Virei-me, e observei um jardim cheio de rosas brancas, enquanto estava uma estátua de anjo no meio. Haviam dois caminhos, mas Romeo escolheu o direito, que nos levou a um arco de volta perfeita, com rosas por cima deste.
Mais à frente havia um banco, onde nos sentamos.- Gostaste deste local ou...?
- É maravilhoso, obrigada. – Agradeci.
Ele deu um sorriso leve, e aproximou-se de mim.
- Nunca vai existir nada entre nós, não é? - Perguntou ele enquanto olhava-me diretamente para os meus olhos, como se quisesse ler-me a alma.
- Nunca digas nunca. - Respondi, e os seus olhos brilharam. - Mas no entanto, também não fiques com esperanças. - Desviei os seus olhos dos meus.
- Isso é apenas medo do que os Hunters te irão fazer? Ou a mim? - Voltou a perguntar enquanto segurava na minha mão com força, porém eu livrei-me do seu toque. - Nada irá acontecer, ninguém precisa de saber, Luna.
Levantei-me do banco, e olhei ao meu redor.
Isto era estupidez. Ainda me pergunto em como concordei em vir cá.
- Tu pensas que só por me trazeres para um jardim totalmente romântico me faria ficar aos teus pés? - Perguntei com um sorriso sarcástico e ele olhou-me confuso. - Bem, isso não vai acontecer!
- Nunca quis que isso acontecesse. - Respondeu-me enquanto franzia as sobrancelhas. Ele abriu a boca para dizer mais alguma coisa, porém, voltou a fechá-la.
Rapidamente colocou-se ao meu lado, e eu olhei-o desconfiada. Até que percebi o seu nervosismo. Estavam-se a ouvir vozes.
Lembrei-me da estátua do anjo na entrada do jardim, e considerei que, talvez, este local pertencesse aos Angelus.
- Merda. - Sussurrou, e agarrou-me na mão antes de começar a andar em passos apressados.
- Que merda é que se está a passar? - Perguntei, mas ele ignorou-me.
Quando chegamos á entrada do jardim, como estava distraída, bati em algo, ou melhor, em alguém.
Levantei a cabeça, e observei Mikhael a olhar-me sério.
- O que ela faz aqui? - Perguntou a Romeo, que revirou os olhos.
- Eu avisei-te onde iria. - Respondeu-lhe rapidamente.
Onde raio tinha ficado a parte do "Ninguém precisa de saber?"
- Não a quero aqui. - Ele olhou na minha direção, e olhou-me com desprezo.
Olhei-o com raiva, e ele pareceu entender, pois deu-me um sorriso de lado sarcástico.
- De qualquer maneira, eu também não quero estar aqui. - Olhei para Romeo e para Mikhael. - Vou-me embora. - Romeo agarrou-me no braço, mas eu fitei-o séria.
Ele largou-me em seguida, e eu segui até a entrada do jardim, ignorando os olhares de alguns Angelus que passavam por mim.
Caminhei até à minha mota, e voltei até o refúgio dos Hunters.
No momento em que lá cheguei, Chase correu até mim ofegante.
- O que se passa? - Perguntei desconfiada.
- O padre quer ver-te. - Limitou-se a dizer, enquanto arrastava-me para a sala, onde a gangue estava toda reunida.
Olhavam-me todos curiosos, assim como eu olhava para o Padre. Após bastantes minutos à espera duma única palavra, o Padre finalmente começou a falar.
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O meu nome não é Julieta
RomanceTodos conhecem a história trágica do Romeu e da sua amada, Julieta. Mas ninguém conhece a história de Luna e Romeo. Histórias semelhantes, porém diferentes. Luna não é Julieta, nem nunca será. Romeo não é Romeu, apesar de carregarem o mesmo nome. ...