Capítulo 5

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Tinha os olhos vendados, enquanto Romeo indicava-me o caminho. Quando ele tirou-me a venda dos olhos, estava cara a cara com ele. Virei-me, e observei um jardim cheio de rosas brancas, enquanto estava uma estátua de anjo no meio. Haviam dois caminhos, mas Romeo escolheu o direito, que nos levou a um arco de volta perfeita, com rosas por cima deste. 
 
Mais à frente havia um banco, onde nos sentamos.

- Gostaste deste local ou...?

- É maravilhoso, obrigada. – Agradeci.

Ele deu um sorriso leve, e aproximou-se de mim.

- Nunca vai existir nada entre nós, não é? - Perguntou ele enquanto olhava-me diretamente para os meus olhos, como se quisesse ler-me a alma.

- Nunca digas nunca. - Respondi, e os seus olhos brilharam. - Mas no entanto, também não fiques com esperanças. - Desviei os seus olhos dos meus.

- Isso é apenas medo do que os Hunters te irão fazer? Ou a mim? - Voltou a perguntar enquanto segurava na minha mão com força, porém eu livrei-me do seu toque. - Nada irá acontecer, ninguém precisa de saber, Luna.

Levantei-me do banco, e olhei ao meu redor.

Isto era estupidez. Ainda me pergunto em como concordei em vir cá.

- Tu pensas que só por me trazeres para um jardim totalmente romântico me faria ficar aos teus pés? - Perguntei com um sorriso sarcástico e ele olhou-me confuso. - Bem, isso não vai acontecer!

- Nunca quis que isso acontecesse. - Respondeu-me enquanto franzia as sobrancelhas. Ele abriu a boca para dizer mais alguma coisa, porém, voltou a fechá-la.

Rapidamente colocou-se ao meu lado, e eu olhei-o desconfiada. Até que percebi o seu nervosismo. Estavam-se a ouvir vozes.

Lembrei-me da estátua do anjo na entrada do jardim, e considerei que, talvez, este local pertencesse aos Angelus.

- Merda. - Sussurrou, e agarrou-me na mão antes de começar a andar em passos apressados.

- Que merda é que se está a passar? - Perguntei, mas ele ignorou-me.

Quando chegamos á entrada do jardim, como estava distraída, bati em algo, ou melhor, em alguém.

Levantei a cabeça, e observei Mikhael a olhar-me sério.

- O que ela faz aqui? - Perguntou a Romeo, que revirou os olhos.

- Eu avisei-te onde iria. - Respondeu-lhe rapidamente.

Onde raio tinha ficado a parte do "Ninguém precisa de saber?"

- Não a quero aqui. - Ele olhou na minha direção, e olhou-me com desprezo.

Olhei-o com raiva, e ele pareceu entender, pois deu-me um sorriso de lado sarcástico.

- De qualquer maneira, eu também não quero estar aqui. - Olhei para Romeo e para Mikhael. - Vou-me embora. - Romeo agarrou-me no braço, mas eu fitei-o séria.

Ele largou-me em seguida, e eu segui até a entrada do jardim, ignorando os olhares de alguns Angelus que passavam por mim.

Caminhei até à minha mota, e voltei até o refúgio dos Hunters.

No momento em que lá cheguei, Chase correu até mim ofegante.

- O que se passa? - Perguntei desconfiada.

- O padre quer ver-te. - Limitou-se a dizer, enquanto arrastava-me para a sala, onde a gangue estava toda reunida.

Olhavam-me todos curiosos, assim como eu olhava para o Padre. Após bastantes minutos à espera duma única palavra, o Padre finalmente começou a falar.

O meu nome não é JulietaOnde histórias criam vida. Descubra agora