Ok, primeiro de tudo não me matem. Não atualizei antes, pois tenho andado bastante doente, tive até que sair do almoço de Natal com a minha família para ir ao hospital... Enfim, espero que tenham aproveitado e se divertido no Natal! Agora sim, vamos ao capítulo.
Sentei-me na cama, e observei a tela do meu telemóvel. Lá estava mais de 50 chamadas perdidas de Romeo.
Realmente não queria ser cruel, mas eu não sabia o que lhe dizer depois daquela conversa. Confesso que podería seguir os conselhos que dei a Rosaline, mas queria que fosse assim tão simples. Eu consigo mudar de ideias bastante rápido, e eu não queria que Romeo fosse como as minhas outras relações anteriores.
Eu não queria que ele fosse apenas mais um na minha lista. Eu não o queria magoar, nem usá-lo. Não consigo acreditar , que alguém pode-se apaixonar de verdade por mim.
Eu não pretendia deixá-lo, assim como deixei tudo o que tínhamos para trás.
Eu fujo das coisas quando elas estão boas, e realmente nunca entendi o porquê. Queria poder amá-lo, assim como ele me quer. Mas simplesmente não consigo.
Poderia deixar de pensar tanto, e pegar na minha mota, e pedir-lhe desculpa. Dizer-lhe que por ele eu estava disposta a tentar, mas não.
O facto de ele querer-me tanto assusta-me. A maneira que ele olhava-me, tudo.
A minha ignorância ganhou de novo.
Peguei no meu casaco de couro, e saí de casa.
Comecei a caminhar pela rua, enquanto pensava sobre o assunto.
Alguém irá amá-lo, mas não serei eu. Eu não o mereço.
Quando parei, observei Mikhael no fim da rua. Caminhei rapidamente até lá, e ele olhou-me de cima a baixo.
- Que queres? - Perguntou-me rude.
- Como está o Romeo?
- Bem sem ti.
- Eu realmente não sei o que tu tens contra mim. - Franzi as sobrancelhas. - Eu nunca te fiz nada!
- Isso é que te enganas, não te esqueças que és o inimigo!
- O Romeo não pensa assim.
- Apesar de ele estar apaixonado por ti, não nos faz agora melhores amigos! Eu não concordo com os seus sentimentos por ti, então diz-me, porque raio tenho que ser simpático contigo? - Deu um sorriso irónico.
Não aguentei mais, e agarrei-lhe pela gola da blusa, e empurrei-o contra a parede.
- Eu tentei ser simpática contigo, mas tu não estás a facilitar! - Gritei. - Como raio está o Romeo?
- Não te interessa! Quanto mais longe ele estiver de ti, melhor para nós!
Dei-lhe um soco no nariz, e ele começou a dar uma gargalhada.
- Tu és uma cabra. - Disse-me, e eu cuspi-lhe antes de me ir embora.
Estava já de manhã, e eu já estava acordada. Passei a noite toda a tentar ligar para Romeo, mas ele nunca me atendeu. Enviei imensas mensagens, mas ele também não respondeu a nenhuma.
Ele estava zangado comigo? Ele sentia a minha falta?
Merda.
Saí de casa, e caminhei até a minha mota.
Conduzi até o jardim onde ele me levou, e quando lá cheguei, encontrei o mesmo homem que tinha encontrado ontem na festa enquanto estava à procura de Ashley.
- Luna? O que fazes aqui? Se os Angelus te verem aqui, eles matam-te! - Disse-me ele.
- Eu sei, por isso é que preciso da tua ajuda.
- Do que precisas? - Perguntou.
- Sabes onde está o Romeo?
- Acho que ele saiu à pouco tempo daqui.
- Merda. - Sussurrei. - Sabes para onde ele foi?
- Penso que foi até o Tarot, porquê? - Perguntou com as sobrancelhas franzidas, mas eu não lhe respondi, e corri até à minha mota.
Conduzi rapidamente até o Tarot, eu precisava de falar com o Romeo urgentemente.
Quando lá cheguei, vi o seu carro branco estacionado no sítio habitual. Suspirei, e desci da mota rapidamente.
Entrei na casa do Tarot, e ouvi a voz de Romeo dentro da sala. No momento em que eu ia abrir a porta, ele abriu-a.
Quando ele viu-me, ele franziu as sobrancelhas.
- O que fazes aqui? - Perguntou rude.
- Vim falar contigo.
- Não tenho nada para falar contigo.
- Romeo, eu pensei no que me disseste, e lamento imenso por não ser a pessoa certa para ti. - Ele parou de andar, e olhou para mim. - Mas eu tenho sentido a tua falta, e realmente gostava de tentar. - Por fim disse, mas ele não demonstrou nenhuma emoção.
- E quem disse que eu gostava de ter algo contigo? - Voltou a perguntar.
Autch, aquilo realmente doeu.
- O quê? - Perguntei confusa.
- Luna, tu utilizas as pessoas quando te apetece, para te sentires bem contigo própria.
- O quê? Não! - Exclamei irritada.
- Vais dizer também que não agrediste o meu melhor amigo em plena rua? - Ele perguntou sério.
- Romeo juro que ele mereceu.
Filho duma puta, ele já sabia que Romeo iria-o defender.
- Por amor de Deus Luna! Concordaste em manter paz.
- Eu continuo a concordar!
- Adeus Luna. - Disse antes de sair da casa do Tarot, mas eu corri atrás dele, e beijei-o.
Ele retribuiu o beijo, e puxou-me para mais perto.
Romeo guiou-me até o capô do seu carro, e levantou-me para eu me sentir em cima deste.
Quando nos separamos, coloquei a minha cabeça no seu peito, enquanto ele fazia-me pequenas festas no cabelo.
Parece que agora tudo está como deve ser.
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O meu nome não é Julieta
RomanceTodos conhecem a história trágica do Romeu e da sua amada, Julieta. Mas ninguém conhece a história de Luna e Romeo. Histórias semelhantes, porém diferentes. Luna não é Julieta, nem nunca será. Romeo não é Romeu, apesar de carregarem o mesmo nome. ...