Capítulo 16

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Não acredito que estou aqui passado tão tempo.  

Esta cidade traz-me várias memórias, memórias de Ashley, de Chase... 

Eu sei que tomei a decisão certa ao abandonar esta cidade, porém agora que me encontrava aqui de novo, sentia saudades de como tudo era fácil. 

Seria demasiado egoísta se dissesse que se voltasse atrás, fazia tudo exatamente da mesma maneira? 

A Leila, Steela e Leah encontravam-se comigo. Por mais que tenha recusado a ajuda delas, elas ameaçaram-me de morte, então parece que já não havia alternativa. 

   Antes de saírmos da outra cidade, Steela teve a ideia de retocar o meu cabelo, e cortá-lo até os ombros, para não me reconhecerem. Leila negou, a dizer que gostava do meu cabelo como estava, e ainda afirmou que as pessoas desta cidade eram todas idiotas. 

No final, aqui estou eu de cabelo cortado, e loira platinada. 

Estávamos na entrada da cidade, e ainda estavam os carros no mesmo estado de quando eu saí da cidade. Também ainda estavam alguns corpos de pessoas no chão, provavelmente as pessoas menos importantes, ou as sem família. 

    - Uau, isto está mesmo mau. - Leila disse enquanto chutava um corpo para abrir caminho, e eu suspirei. - Observa o que o teu amor fez. - Olhou-me séria.

    - A culpa não é dela, pára de ser egoísta. - Steela defendeu-me, e em seguida lançou-me um pequeno sorriso, no qual eu também retribui. 

Olhei para os carros mais uma vez, para pensar nas minhas consequências. 

Como pude ser tão cega? Apenas pensei em mim mesma. 

    - Temos que seguir em frente antes que eles percebam que acabaram de entrar novas pessoas à cidade. - Disse passado tanto tempo em silêncio. 

    - Por amor de Deus, eles devem estar mais entretidos em fuder as suas amigas, duvido que queiram saber quem entra e saí. - Respondeu Leah enquanto espreitava para dentro de um carro, e tirou uma arma carregada do carro. 

    - Peguem as armas restantes. - Pediu Leila. 

Fui até o carro de Chase, e ele já não estava lá. 

No fundo fiquei contente por terem feito um funeral como deve ser para ele. Ele sem dúvida que mereceu. 

Retirei as nossas armas do porta-malas do carro, e olhei para Leila que me observava atenta. 

    - Tens a certeza que consegues? Tens a certeza que irás seguir o plano sem atrapalhares? - Perguntou-me séria, e eu assenti levemente com a cabeça. 

    - Ainda bem, pois eu não gostaria de te matar, até que já me habituei à tua companhia e digamos que até gosto um pouquinho de ti. - Steela entrou na conversa para não deixar o clima entre mim e a Leila pesado. Ela abraçou-me de lado enquanto lançava-me um sorriso, e puxou-me para a frente para puder caminhar. 

    - Eu poderia dormir com um dos Angelus para saber mais informações sobre o que eles estão a tramar

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    - Eu poderia dormir com um dos Angelus para saber mais informações sobre o que eles estão a tramar. - Disse Leah, enquanto dava um pontapé para abrir a porta de uma casa abandonada. - Assim vocês podem tentar tramá-los, quando eles pensam que estão a ganhar. 

No momento em que eu ia negar, e dizer que era uma ideia absolutamente parva, Leila interrompeu-me com um sorriso de orelha a orelha.

    - Claro! Isso é uma ideia brilhante! 

    - Olá!? Claro que não é uma boa ideia! - Respondi com um tom de voz na defensiva, no momento em que entrávamos na casa abandonada. 

Como estava a escurecer, precisávamos de um local para passar  a noite. O local que nos encontrávamos possuía ainda mobília, então era perfeita para nós. 

    - Eu não me importo, Luna. - Leah assegurou-me com um sorriso. 

    - Queres desperdiçar uma oportunidade destas? - Leila olhou-me confusa, mas irritada ao mesmo tempo. 

    - Como disseste, não quero que mais pessoas morram para eu abrir os olhos. - Olhei-lhe séria e observei-a a engolir em seco. 

    - Eu... - Leila começou, mas Steela fez-lhe o som de "Shh". - O quê? Será que agora estão todas contra mim? - Perguntou irritada, e Steela revirou os olhos. 

    - Ninguém está contra ti, rainha do drama. - Deu um sorriso suave. - Simplesmente ouvi um som de uma mota. - Ela olhou para mim. - Não disseste que era raro virem motas para esta zona? 

    - Bem, sim. Esta zona é dos Angelus, e maior parte das vezes quem utilizava as motas era o meu gangue. 

Começaram-se a ouvir passos, e nós calamo-nos imediatamente. A porta que Leah tinha derrubado foi pisada, pois ouviu-se o som da madeira, e nós olhamo-nos confusas. 

Será que era este o nosso fim? 

O meu nome não é JulietaOnde histórias criam vida. Descubra agora