O meu nome não é Julieta

Capítulo 24

Já me encontrava no Velho Teatro.

Leila, Diego, Leah e Steela encontravam-se ao meu lado, de maneira protetora. Entrámos pelas portas de trás do Teatro, e caminhámos pelos corredores deste, até finalmente encontrar-mos Rosaline. Ela estava vestida de branco, o que não surpreendia ninguém. 

Porém, notei que ao lado dela estavam algumas caras conhecidas dos Angelus. Como aquele rapaz que me entregou a carta do Romeu. 

Interessante.

Caminhámos até o ringue de boxe, e pude observar Diego sentado ao lado de Leila. Eles ainda iriam acabar juntos.

Os nossos gangues não se misturaram. Eles olhavam com uma cara de nojo para cada um, e lembro-me de Diego ter-me dito que duvidava que os nossos gangues iriam manter a calma, e que provavelmente iriam começar todos à luta. Mas bem, vamos tentar manter a positividade não é? 

Comecei a treinar socos no ar, e observei Rosaline a fazer exatamente a mesma coisa.

E foi nesse momento que o vi a entrar.

Romeo. 

Ele tinha acabado de entrar, e observei que ele estava vestido completamente de branco, assim como todos os outros Angelus.

Onde tinha ficado aquela conversa de que iríamos deixar os gangues para trás? Ele tinha-me prometido que iria deixar o gangue por mim..

Ele olhou apenas para Rosaline, que ao o ver, parou de treinar, e correu até ele. Abraçou-o em seguida, e eu rapidamente fiquei com raiva.

Não estava com ciúmes ou algo do tipo, mas sim porque aquele idiota tinha-me feito de idiota durante este tempo todo.

Mais um ponto a meu favor, pois assim poderia livrar-me da raiva através do boxe.

Quando um homem com uma enorme barba nos chamou, e pediu para nos aproximar-mos, percebi que estava na hora.

Assim que Rosaline entrou novamente para dentro do ringue de boxe, eu revirei os olhos.

Será que ela iria ser iludida ao ponto de pensar que o Romeo iria querer algo com ela?

E afinal, ela não gostava de garotas?

O homem explicou-nos as regras (fiquei um pouco admirada, pois olhem onde estávamos), e quando entendeu que estávamos prontas, afastou-se lentamente. 

Olhei para Rosaline, que olhava com uma expressão de carinho para Romeo. Ele estava a falar com o rapaz que me entregou as cartas, ignorando-a, assim.

Quando deram-nos permissão para começar, tentei ir na direção de Rosaline, mas esta estava sempre a fugir. Tentei novamente, e quando estava prestes a pregar-lhe um soco no rosto, ela esquivou-se, fazendo-me assim dar um soco no ar.

Merda.

Ela estava com um sorriso no rosto, e eu fiquei ainda mais irritada.

Desta vez foi ela que me tentou dar um soco na barriga, mas eu consegui esquivar-me dela, e consegui devolver-lhe o soco. Ela ficou um pouco atordoada, mas continuou.

Deu-me um soco no rosto, fazendo com que este virasse. Então quando percebi que ela estava em vantagem, afastei-me. Ela aproximou-se de mim, e quando tentei dar-lhe novamente um soco, ela desviou-se.

Que merda! Eu não poderia perder isto!

Então ficámos assim alguns minutos, e os que nos observavam estavam já a perder a paciência por não estar a haver ação.

E foi isso que me fez apanhá-la desprevenida, e lançar-lhe outro soco no seu rosto.

Os da minha gangue gritavam, o que me incentivou a dar-lhe outro na barriga.