Capítulo 20

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Voltei para o centro da festa, e continuei à procura do desgraçado do Mikhael. 

Ele tinha que estar na festa.
Comecei a andar para trás, e bati contra alguém.

Quando me virei para observar quem era, era Diego.

- Já o encontraste? - Perguntei-lhe, e ele limitou-se a negar com a cabeça.

- Vamos para um lugar mais sossegado, se me verem a falar contigo vão começar a suspeitar. - Disse-me, antes de começar a caminhar para o lado oposto para que eu fui à pouco quando estava mal disposta.  

- Porquê? Tens medo do que eles pensem? - Perguntei maliciosa, e ele olhou para mim para apenas revirar os olhos, e seguir em frente novamente.

- Não, tenho medo que me matem. - Senti que o seu tom de voz era verdadeiro.

- És cobarde, então. - Disse distraída, mas quando bati no seu corpo é que reparei que Diego tinha parado. 

- Estás pálida, aconteceu algo? - Perguntou-me com um tom preocupado, e eu dei uma gargalhada.

- Estás preocupado comigo? É isso? - Perguntei num tom de troça.

- Luna. - Repreendeu-me, e eu suspirei.

- Vi o Romeo com outra. - Confessei, e ele deu-me um sorriso enorme.

- Sei que precisas de ter um tempo sozinha, mas sabes que nós fomos feitos um para o outro. - Olhou-me malicioso.

- Diego. - Agora foi a minha vez de o repreender. - Estamos aqui para matar o Mikhael.

- Vá lá Luna, tu sabes que sempre viveste dentro de uma bolha. Qual foi a última vez que alguém te abraçou? Ou até mesmo qual foi a última vez que alguém te amou? Quando foi a última vez que amaste alguém que te amava?

Ignorei-o, e caminhei até o fim do corredor que ele me tinha levado, deixando-o para trás.

Mais à frente, observei Leila a olhar a seu redor, provavelmente também à procura de Mihkael.

- Leila. - Chamei-a, e ela olhou imediatamente na minha direção. - Encontraste? 

- Não. - Ela disse aborrecida. - O teu amigo não gosta de mim, ele diz que sou rude.

Revirei os olhos, e em seguida dei um sorriso malicioso.

- E desde quando queres saber da opinião dele? - Perguntei e notei que ela corou um pouco.

- Desde nunca, apenas estava a comentar. - Sussurrou e eu murmurei um "aham".

De repente, ficou um silêncio constrangedor. 

Olhei para a direção para que Leila olhava, e vi que estavam umas asas de anjo colocadas na maçaneta da porta.

Não, não era coincidência.

Leila estava a olhar fixamente para as asas porque sabia que era ele que estava lá dentro.

Então, irritada, eu caminhei até à porta, e atirei as asas para o chão. 

Tirei uma caneta do meu fato, e peguei num guardanapo de papel.

- Leila, encontramo-nos lá embaixo. - Limitei-me a dizer.

- Mas...

- Agora. - Ordenei, e ela lançou-me um olhar de pena antes de ir.

Apenas fiz um "L" no guardanapo de papel, e arranquei o meu colar dos Hunters do pescoço, deixando-o em cima do papel.

Ele estava anteriormente sempre por baixo da roupa, então não havia hipóteses de se notar. 

Desci, e pude rapidamente identificar Leila na multidão a divertir-se.

Juntei-me a ela, e enquanto dançava podia sentir o olhar de Romeo sob mim.

O meu nome não é JulietaOnde histórias criam vida. Descubra agora