Capítulo 13

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Vesti um simples bodie preto, juntamente com umas calças rasgadas para ir à festa. Vesti também um casaco de couro que Leah me emprestou, já que o meu ainda estaria provavelmente na bomba de gasolina. De maquilhagem apenas passei um batom bordô nos lábios. 

Encarei-me no espelho, e senti Theo a observar-me encostado na porta do meu quarto.

- Uau. - Foi o máximo que ele conseguiu dizer, e eu virei-me na sua direção.

- Awn obrigada Theo. - Disse sarcástica. - Também vais a esta tal festa? - Perguntei, e ele deu um sorriso.

- Sim, mas eu vou mais tarde. - Respondeu desencostando-se da porta.

- Tudo bem. - Limitei-me a dizer, e quando ouvi o buzinar do carro das meninas, comi um morango rapidamente, do prato que eu tinha trazido para o meu quarto mais cedo, e quando passei por Theo, este agarrou-me no braço.

- Só queria dizer que vais arrasar nesta festa miúda. - Disse com um sorriso orgulhoso. - Definitivamente se eu não fosse gay, eu beijava-te agora mesmo.

Limitei-me a dar uma gargalhada sincera com o que ele disse, e dei-lhe um beijo na bochecha antes de descer do apartamento, e entrar no carro.

- Uau! - Leah assobiou enquanto Leila continuou. - Estás linda!

- Obrigada Leila! - Agradeci, e Steela ligou o carro, e conduziu até à festa.

Porquê que eu estava com a sensação de que iria acontecer qualquer coisa?

Porquê que eu estava com a sensação de que iria acontecer qualquer coisa?

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A festa era numa casa de uma pessoa que eu não fazia a mínima de quem era.

As meninas entraram na casa alegres, enquanto eu observava a casa atentamente. Haviam casais a dançar, outros a beber, e outros simplesmente sentados como se estivessem ali por obrigação. Bem, eu fazia parte dos últimos.

Como de costume, procurei pela cozinha.

Quando a encontrei, comecei a vasculhar os armários de cozinha à procura de comida, porque eu realmente estava com fome, e naquela festa não tinha nada de comida a sério.

Depois de muito vasculhar, encontrei uma barra de cereais, e não pensei duas vezes em a comer. Peguei também num copo, e enchi-o com água.

Olhei ao redor da cozinha, e eu estava sozinha.

Lembro-me quando conheci Rosaline num tipo de festa como esta, coincidência ou não, também na cozinha.

Sentei-me na bancada da cozinha, enquanto ouvia o som da música alta na sala. No momento em que comecei a ouvir passos na direção da cozinha, encarei a porta.

Quando essa pessoa entrou, eu mal consegui respirar. A porra dos meus batimentos cardíacos, aumentaram de tal maneira, que eu suspeito que ele os conseguia ouvir.

- Que merda?! - Perguntei confusa. - O que estás a fazer aqui?!

- Teoricamente estás na minha casa. - Respondeu. - Numa delas, aliás.

- Tu não podes estar aqui. - Neguei com a cabeça. - Porquê?!

Romeo encarou-me com os olhos luminosos.

- Não iria-te deixar fugir, querida. - Ele disse normalmente enquanto abria uma cerveja. - Aqui é tudo diferente Luna. - Olhou-me sério.

- Eu sei que sim. - Murmurei simplesmente.

- Não recebeste a minha carta? - Perguntou nervoso, e eu levantei a cabeça lentamente, para encontrar os seus olhos.

Assenti lentamente, e ele aproximou-se de mim.

- Tinha tantas saudades tuas. - Suspirou enquanto abraçava o meu corpo, e eu descansei a minha cabeça no seu peito. Continuava sentada na bancada, então facilitava o nosso toque.

- Romeo. - Chamei-lhe à atenção. - Tu tens que partir.

Rapidamente lembrei-me das palavras escritas na carta pelo Mikhael.

- O quê? - Ele deu um sorriso nervoso. - Não! - Disse sério, enquanto agarrava-me no queixo, fazendo eu olhá-lo diretamente nos seus olhos. - Diz-me nos olhos que não me queres aqui.

Pisquei os olhos atordoada com o nosso contacto visual, e engoli em seco antes de dizer:

- Eu não te quero aqui, Romeo.

Ele negou com a cabeça, antes de me beijar. Os meus lábios bateram nos seus com força, e ele puxou-me para mais perto.

- Não acredito. - Disse ele quando se afastou e fez as nossas testas ficarem coladas. - Não acredito em uma última palavra que dizes.

- Luna? Não vês o que estamos a encontrar? - Perguntou com um sorriso. - Isto é o paraíso escondido.

Ouvimos passos, e uma porta a abrir-se.

- Luna! Sei que estás aqui a comer, mas levanta já essa raba para ir dançar pois estão lá fora uns rapazes bem... - Theo parou de falar quando viu-me próxima de Romeo. - Ok, eu volto mais tarde, sim? - Perguntou com um piscar de olhos e eu revirei os olhos.

- Quem era? - Perguntou Romeo com um sorriso divertido no rosto, porém eu não lhe respondi.

Ele não podia simplesmente sair da cidade, perseguir-me, chegar aqui e beijar-me!

- O que tu queres Romeo? - Perguntei cansada, e desci da bancada.

- O quê? Eu quero-te a ti, não é óbvio?

Observei-o a franzir as sobrancelhas confuso, e não aguentei. Eu tive que beijá-lo. Romeo estava incrivelmente lindo.

Nós éramos confusos, mas não éramos o Romeu e a Julieta. Nós éramos o Romeo e a Luna.

Romeo continuava a beijar-me. Ele tinha uma mão na minha cintura, puxando-me para mais perto dele, enquanto a outra encontrava-se nos meus cabelos, de vez em quando puxava-me as raízes fazendo-me gemer. Mordeu-me o lábio inferior, e eu arfei. Levantou-me no ar, fazendo-me voltar a sentar na bancada da cozinha. Comecei a tirar a sua T-shirt branca, e dei beijos pelo o seu maxilar. Fui descendo os beijos para o seu pescoço, e quando estava na zona do peito, ele puxou o meu queixo, e voltando-me a beijar.

Ele colocou-se entre as minhas pernas, e tirou o casaco de couro, jogando-o para qualquer lado.

- Estás a tremer. - Disse confusa e ele deu um sorriso.

- Tu não sabes o quanto eu sonhei com isto, Luna. - Ele gemeu quando puxei-lhe os seus cabelos.

- Então vamos fazer para que se torne realidade. - Disse antes de abrir as minhas calças para desabotoar o bodie. Quando o fiz, Romeo despiu-me, fazendo-me ficar apenas de sutiã.

- Há um quarto aqui ao lado. - Ele murmurou entre beijos.

Separou-se de mim, e pegou-me na mão. Pegamos nas nossas roupas antes de nos rirmos, e beijar-nos antes de chegar a porta do quarto.

O meu nome não é JulietaOnde histórias criam vida. Descubra agora