CAP 13

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---Quer tomar um banho?
Pergunto mordendo o lábio inferior.

---Pronta para o terceiro Round?
Um sorriso cumplice surge em nossos rostos e Simon me carrega indo em direção ao banheiro, entramos e Simon ligo o chuveiro entra sob a água comigo em seus braços.

---Saudades do seu corpo assim...Saudades desses banhos cheios de segundas intenções...
Simon mordeu meu seio com força e voltou a entrar em mim, a madrugada seguiu assim, primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto e sexto Round, cama, chuveiro, pia do banheiro, cômoda, parede... Em fim, descontamos os sete meses em uma noite incrível, terminamos esgotados, dormimos como de costume, comigo em seu peito e beijos em meu cabelo e testa.

( Por Simon )

Dormimos cansados, a noite foi incrível, acordei as 12:57 e fiquei pensando, enquanto a observava, não foram sete meses sem amor com ela, foi um ano inteiro, pois enquanto Adele estava grávida também não podíamos, como havia sentido falta, lembrei das vezes que quase desisti.

---Desculpe meu amor...Sou um completo idiota...
Sussurrei pensando que ela estava dormindo.

---Disso eu sei. Adele falou sorrindo com os olhos fechados, abriu os mesmos e me abraçou. ---Mas por que diz isso ursinho...?

---Porque...Enquanto Você estava daquele jeito, eu pensei em desistir, várias vezes eu quis te deixar, só para aliviar minha dor...

---Meu amor. Adele segurou meu rosto entre suas delicadas mãos. ---Eu entendo, não precisa ficar assim.

---Mas, eu não desisti, estou aqui com você.

---Ainda bem que não desistiu.
Levantamos e tomamos banho, estávamos exaustos então não houve nada Além de carícias, terminamos e nos vestimos, resolvemos sair, almoçamos e eu levei Adele para conhecer o Musée Rodin, passamos boa parte do dia lá, depois fomos as Catacumbas de Paris, eu sei, parece um lugar estranho para levar a namorada, mas sabia que ela ia gostar. Chegamos no local, Adele olhou para as placas e eu ajudei ela a ler, pois seu francês não é um dos melhores, uma delas dizia "Pare, aqui é o Império da morte" Adele arregalou os olhos e eu sorri, continuamos caminhando nos deparando com algumas fotos.

---São fotos do cemitério dos inocentes, faz parte da história das catacumbas. Continuamos o nosso caminho, Adele olhava tudo fascinada.

---Esse lugar é incrível Simon.
Ela falou com um sorriso no rosto.

---Aqui tem mais ou menos seis milhões de esqueletos. Comecei a falar, enquanto caminhava com Adele pelo local. ---Quer saber a história?

---Sim. Ela falou me abraçando.

---Por conta da superlotação do Cemitério dos Inocentes, no século 18, o mesmo já tinha muitos e muitos anos de uso e a região havia se tornado foco de doenças.

---Quem te contou isso?

---Meu pai...
Adele me abraçou forte.
---Bom, um dos muros do cemitério caiu sobre uma casa, isso despertou a fúria da população, o governo mandou fechar o cemitério e destrui-lo, começaram a transferir os esqueletos para o subterrâneo de Paris, assim surgiram essas catacumbas. Adele escutava atentamente. --- Em certa época, aconteciam procissões onde os esqueletos eram cobertos por véus negros, depois houve uma reforma urbanística, então elas viraram uma espécie de museu, mas poucos tem coragem de passar da entrada, você é muito corajosa Laurie.

---Você também Christopher.

---Agora...Quer que eu conte uma das lendas?

---Quero! Conta logo.
Adele falou eufórica, chegamos no final da área liberada para visitantes, Adele ia dar a volta, mas eu não deixei.

---O que está fazendo?

---Vamos voltar, a área liberada acabou...

---É, mas o nosso passeio não. Segurei Adele pela cintura e passei ela para o outro lado das faixas que indicavam a área restrita, pulei logo em seguida. ---Não se preocupe, eu pago a multa se pegarem a gente aqui...
Passei os braços por sua cintura e beijei seus lábios. ---Te amo.

---Também te amo, mas agora me conta a lenda. Voltamos a andar em frente.

---Bom, Diz a lenda que a um tempo atrás, um porteiro de um hospital militar, deixou sua garrafa de Licor cair e a mesma adentrou as catacumbas, o homem correu atrás da garrafa e entrou nas catacumbas. Fiz uma pausa e beijei seus lábios. ---O porteiro acabou se perdendo, durante muito tempo vagou, mas acabou morrendo, seus ossos foram encontrados só onze anos depois, só foi identificado por conta das chaves encontradas com seus ossos...
Nisso esbarramos em alguém, eu e Adele gritamos, assim como a moça em nossa frente, a mesma coloca a mão no peito e respira fundo, assim como eu e Adele.

---Deus! Isso não se faz!
A moça exclamou assustada.

---Eu que digo, parece que não somos os únicos burlando as regras.
Adele falou e gargalhou, causando um eco assustador.

---Deus! Amor não faça isso.

---Desculpa. Adele falou me abraçando e abafando a risada em meu peito.

---Meu nome é Alice, vocês são?

---Eu sou Simon e essa é minha namorada Adele.

---Lugar estranho para trazer a namorada.

---É, mas sabia que ela ia gostar.

---Sou curiosa hahaha. Adele respondeu. ---E você o que faz aqui?

---Eu e uns amigos temos costume de vir aqui todos os dias, querem ficar com a gente?

---Por que não?
Seguimos a garota que parecia ter uns vinte anos, morena de olhos castanhos escuros e cabelos de dreads cor de azul bebê, lembrou-me uma amiga da faculdade, ela era meio louca, todos falavam que eu ia acabar casando com ela, mas sempre foi uma irmã pra mim.

( Por Adele )

A garota nos levou até uma parte mais larga das catacumbas, chegando lá, haviam pelo menos dez pessoas, um homem branco de olhos castanhos claros levantou e depositou um beijo nos lábios de Alice.

---Eric esses são Simon e a namorada dele Adele.

---Prazer. O garoto falou sorrindo.
Sentamos com eles, bebemos e conversamos, Alice era a que falava o inglês melhor, por sinal a única que eu entendi, então os outros começaram a falar francês e Simon e Alice traduziam aquilo que eu não entendia, falei que era de Londres e Eric perguntou como era viver lá pois a ideia dele para depois da faculdade era ele e Alice mudarem para Londres, Eric e Alice ficavam abraçados e Simon fazia o mesmo comigo, queria ficar, entretanto, meu corpo precisava descansar.

---Amor...Estou cansada, podemos voltar?
Sussurrei no ouvido de Simon.

---Claro anjo, vamos só nos despedir.
Nos despedimos de todos, troquei número de telefone com Alice para quando eles fossem até Londres, não permitiria que os dois pagassem uma fortuna em hotéis até encontrar um apartamento, depois voltamos para o chalé, senti quando Simon me deitou sobre a cama, eu havia dormido no caminho.

---Boa noite minha vida.
Beijou minha testa e se afastou, virou de costa para a cama e começou a tirar a roupa, quando ele estava prestes a tirar a última peça, levantei e o abracei pela costa beijando sua nuca...

Reencontro Parte-2Onde histórias criam vida. Descubra agora