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— Bom dia! - digo ao ver minha família.

— Bom dia. - eles dizem.

Ana estava atrás de mim, com as mãos nos bolsos e olhando para seus pés.

— Eu trouxe uma pessoa para tomar café da manhã com a gente! - digo e coloco minha mão nas costas de Ana a "puxando" para perto de mim.

— Só espero que essa pessoa não coma demais. - Abraham solta fazendo todos rirmos.

— Ela não come muito, não é?

Falo olhando para Ana que tinha um sorriso lindo que mostrava os seus dentes no rosto. Um sorriso verdadeiro.

— Só um pouquinho! - ela fala.

— Pessoal - falo chamando a atenção  de todos para mim. — essa é  a Ana, a gente se conheceu na floresta aquela fez.

— Olá! - eles dizem.

— Oi! - sua voz saí baixa e reparo que suas mãos ainda estão dentro do bolso da blusa.

— Venham comer. - Michonne diz aparecendo e nos puxando para a cozinha.

Me ajeito na cadeira e puxo a que está vazia do meu lado para Ana, ela se senta e observa todos.

— Quanto tempo está aqui Ana? - meu pai pergunta colocando suco para ele.

— 3 semanas.

Era algo irônico aquilo tudo, semanas atrás estávamos em uma floresta passando fome e sede, e hoje estamos aqui, sentados todos ao redor de uma mesa cheia de comida e sucos.

— Quer suco? - pergunto a Ana.

— Sim!

Michonne colocou um pedaço de bolo para ela na mesa e ela me olhou, e e eu entendi o por que, ela usava a mão direita para poder fazer as coisas.

Não precisa ficar com  vergonha! - digo em seu ouvido.

— O que é  isso? - Abraham pergunta se levantando e todos os olhares vão para Ana.

Ela ficou amuada, mas depois de alguns minutos ela retirou a manga da blusa de cima da mão mecânica deixando todos impressionados e até mesmo um pouco assustados.

— Eu perdi minha mão no começo do Apocalipse. - ela diz.

Vejo Abraham se sentar e todos os outros tentando absorver tudo aquilo que estava acontecendo. Meu pai olhou para mim e para Daryl, e voltou a comer.

— Você é  foda garota! - o ruivo diz novamente. — Foi você que cortou? - ela nega. — Quem então?

— Meu pai!

— Eles... - Michonne começa.

— Eu... eu.. eu não quero falar disso. - ela diz saindo da cozinha.

— Ana espera!

Saio atrás dela e consigo segurar seu braço quando ela já estava chegando na porta. Seus olhos estavam cheios de lágrimas e a testa franzida.

— Vai ficar tudo bem!  - digo a puxando para mim. — Vai ficar tudo bem.

— Eu não gosto de falar para as pessoas... - ela diz contra meu peito. - Não gosto de lembrar deles, Carl.

— Não precisa lembrar. Quer fazer alguma coisa?

— Vou para minha casa, preciso ficar um pouco sozinha.

Ela me deixa parado no meio sala com algumas palavras entaladas em minha garganta. Acho que ela ainda não se acostumou com a idéia de compartilhar as coisas. Sempre é  tão difícil se abrir e por medo não fazemos isso, medo das pessoas julgarem.

— Carl, onde a Ana está?  - Michonne pergunta.

— Foi embora! Ela não gosta de lembrar do passado.

— O que aconteceu com os pais dela?

— Ele a abandonaram, ela tinha acabado de perder a mão, é que isso aconteceu. Espero que estejam mortos.

Hey, como estão?

Espero que bem.

Gostaram do capítulo? Se gostaram não deixem de votar e comentar, divulguem a história também, vão ajudar ela a crescer.

Beijos e fuiii

𝐿𝑜𝑣𝑒 𝐼𝑛 𝑇ℎ𝑒 𝐴𝑝𝑜𝑐𝑎𝑙𝑦𝑝𝑠𝑒  ᶜᵃʳˡ ᵍʳⁱᵐᵉˢOnde histórias criam vida. Descubra agora