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O corpo de Ana caiu sobre a cama enquanto tremia e ela sentia tudo estranho dentro dela. As lágrimas não estavam trazendo a paz que ela tanto queria.

Eles tiveram o fim que mereceram. Era o que importava.

A porta do quarto se abriu minutos depois e Negan entrou, vendo a garota deitada de barriga para baixo sobre a cama. Seu peito doeu e ele se sentiu um inútil.

— Ana? - ele a chamou fazendo a mesma se virar e o encarar. — Me desculpa!

Os braços da garota rodearam o corpo de Negan em um abraço apertado, o qual ele retribuiu na mesma intensidade.

— Obrigada! - ela diz baixo quando eles se sentam sobre a cama - Obrigada por ter matado eles.

— Por que queria que eles morressem? Eram seus pais e…

— Você já sabe a razão de tudo isso. Porra, eles tiraram meu sangue, me deixaram ainda mais fraca e…

— Disso eu não sei. — Negan exclama se encostando na parede.

— Quando meu grupo descobriu sobre o seu, três de nossas mulheres foram sequestradas. Enid, minha amiga, foi mordida e eu dei meu sangue pra ela. Fiquei fraca e tive que ser internada, todo mundo ia me visitar, inclusive meu pai, ele tirava ainda mais do meu sangue, me deixava ainda mais fraca e saía, como se nada tivesse acontecido dentro daquele quarto. Eles sumiram e depois você veio e…

— Eles tinham…

— Podemos trocar de assunto? Não quero falar deles.

— Tudo bem! — Negan deu um sorriso reconfortante para ela e a puxou para deitar a cabeça em seu colo, fazendo carinhos nos cabelos da garota.

— Aquelas mulheres no quarto ao lado do seu, o que elas são? — os olhos castanhos de Ana estavam presos na estante de livros em sua frente, ela analisava cada capa e mesmo de longe, podia ver os detalhes de cada um.

— Minhas esposas!

Negan respondia aquilo de forma natural, como se ele fosse um sheik árabe no meio do seu árem. Ana tinha os olhos arregalados e um olhar estranho, o qual divertiu Negan por alguns instantes.

— Está querendo parecer aqueles homens das arábias que tinham várias mulheres submissas a eles? Só para ter filhos e…

— Não quero ter filhos. Não com elas pelo menos. — ele responde — É só pra ter quem comer no final do dia.

— Você é um porco!

Uma gargalhada escapou dos lábios entreabertos de Negan, o rosto de Ana estava vermelho e ela estava vermelha de vergonha.

— Vai me dizer que nunca transou com o caolho?

— Não fala dele assim. A história atrás da falta do olho dele é triste. — ela responde se encostando na cabeceira da cama.

— Sim ou não?

— Claro que não! — ela estava com vergonha. Negan era um homem velho que ela mal conhecia, mesmo parecendo que já se falavam a anos — Não ri. Eu não acho que…

— Você não estava pronta não? — ela assente — Quando você estiver pronta, as coisas vão caminhar para acontecer. Então, não se preocupe.

— Estou com fome!

— Você é o ser mais aleatório do mundo. Num momento estamos falando de sexo em outro de comida. O que você quer?

— Macarrão!

Ana estava mais calma. Os carinhos em sua cabeça e a conversa descontraída haviam deixado ela relaxar um pouco. Ela não se preocupava mais sobre o assunto: pais. Ela só precisava seguir em frente e aprender a viver novamente sem eles na vida.

— Vai ficar parada aí ou vai ajudar?

Ana estava parada no meio do caminho, encarando o balcão a alguns passos dela. Seus olhos ainda vermelhos caíram sobre os de Negan e ela sorriu.

— Obrigada! De verdade.

— Não precisa ficar agradecendo toda hora. Eles não vão mais te encher o saco e nem te machucar mais. — Negan tinha a voz calma e rouca.

"Aposto que as mulheres caem aos pés dele” - ela pensou balançando a cabeça logo depois.


Aaaahhh  tem tanta merda por vir que vocês nem imaginam
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𝐿𝑜𝑣𝑒 𝐼𝑛 𝑇ℎ𝑒 𝐴𝑝𝑜𝑐𝑎𝑙𝑦𝑝𝑠𝑒  ᶜᵃʳˡ ᵍʳⁱᵐᵉˢOnde histórias criam vida. Descubra agora