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Negan

Minha tarde com Ana havia sido agradável, por mais que a culpa ainda reinasse dentro de mim. Ela tinha um pequeno brilho no olhar e parecia bem mesmo depois de tudo que havia passado.

Meus homens haviam me contado sobre Gale, ele estava preso. Sua mulher e filha estavam no meu escritório, me esperando para podermos conversar. Beijei a testa de Ana e me despedi, fechando a porta e colocando Dwight de vigia. Nele eu podia confiar.

As escadas para chegar ao meu escritório pareciam infinitas, não havia nada mais insuportável que subir três lances de escada. Quando abri a porta do meu escritório encontrei a Charlie e a pequena Jo sentadas em frente a minha mesa.

— Por favor apenas nos deixe ir embora! — ela pede. — Meu marido... sei que erramos em fugir..

— Você sabe o que ele fez ou apenas fugiu com ele sem querer saber o motivo? — mantinha minha calma, afinal elas não tinham culpa do que Gale havia feito. Iria cumprir minha promessa que havia feito a Ana.

— Eu só fui. Ele disse que iríamos sair daqui, tentar uma vida melhor e...

— Ele estuprou e espancou a Ana, a garota de Alexandria que veio morar no Santuário. Posso te mostrar o estado dela na enfermaria.

— Não foi ele.

— Tenho provas, muitas em exclusive. Ana também me contou como as coisas aconteceram, me disse como ele agiu de forma vingativa. Você sabe que eu não tolero esse tipo de coisa, não é?

— Eu não sabia que ele era assim, sempre foi tão carinhoso com nossa filha, sempre... — seus olhos se tornaram negros e ela engoliu seco — Matem - o! Peço a você que o mate.

A surpresa tomou conta do meu corpo e a questionei a razão do pedido. Diferente do que eu pensava ela me contou, disse que a filha de 5 anos estava com dores nas partes íntimas e que havia se tornado ainda mas fechada depois que contou sobre as dores.

— Você acha que ele...

— Depois do que você me contou, tenho certeza. Quero que você o mate!

— Eu já vou fazer isso. — digo me levantando e pegando um dos ursinhos de pelúcia do quatro de Ana. — Pra você querida.

As mãos pequenas e gordas de Jo seguraram o bichinho e ela o abraçou. Deixei um sorriso fraco escapar e encarei a mulher em minha frente que também sorria.

— Vou mandar você e sua filha para Alexandria. Lá vocês vão poder viver a vida que quiserem, ela vai poder estudar e vocês vão ser livres. Não quero mais esposas, não quero aprisionar quem quiser sair. Faça suas malas, vou pedir para Simon levar vocês duas. — falo me distanciando da mesa. — Ou vocês querem ir para outro lugar?

— Não vamos ser obrigadas a ficar?

— Não, vocês estão livres. Estou devolvendo o direito de você ir e vir.

As lágrimas escorreram por sua bochecha e ela abraçou a filha, se levantando logo depois e caminhando em minha direção, onde me abraçou em agradeceu várias e várias vezes.

— Façam suas malas. Vou deixar o carro pronto.

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BEIJOS  E FUIII

𝐿𝑜𝑣𝑒 𝐼𝑛 𝑇ℎ𝑒 𝐴𝑝𝑜𝑐𝑎𝑙𝑦𝑝𝑠𝑒  ᶜᵃʳˡ ᵍʳⁱᵐᵉˢOnde histórias criam vida. Descubra agora