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Ana Luísa

Quando eu era mais nova, minha mãe dizia que eu não precisaria sofrer por amor, porque eu era uma garota "apaixonante" que todos os garotos gostariam de ter ao lado.  Ela estava errada, muito errada. Assim como em vários outros sentidos.

Estar tentando ignorar Carl, estava me matando cada dia mais. Estava sentindo toda a pressão que uma adolescente não devia sofrer, tudo por causa de uma coisa que eu não queria.

— Como perdeu a mão? - o homem de Hilltop pergunta olhando no fundo dos meus olhos.

Respiro fundo e me preparo para falar aquela mesma história pela décima vez.

— A história toda ou o resumo?

— Contar essa história deve ser ruim, então, o resumo.

— Um zumbi mordeu minha mão, meus pais cortaram e depois me abandonaram. Fim.

— Eles foram filhas da puta. - ele diz me fazendo me rir.

— Isso é  pouco. Poderiam ter morrido.

— Poderiam? Eles não morreram?

— Eles apareceram em Alexandria. Tive que ver aqueles desgraçados que um dia eu chamei de pai e mãe.

Ele não disse nada, apenas balançou a cabeça e olhou para a estrada.

— Se você quiser ficar em Hilltop, você pode.

— Posso pensar. Se der certo a troca da sua comunidade com Alexandria, e se vocês se mostrarem pessoas confiáveis, eu fico.

O trailer parou, ele parecia estar atolado no lamaçal a nossa frente.

— Isso é  uma armação de vocês? - Rick pergunta querendo apontar a arma para o homem.

— Uma forma de sabermos que tem gente chegando e deixar eles na mão até a comunidade. Não se preocupem, nós  chegamos.

Assim que desço do trailer, sinto meu pé afundar no barro. Já comecei sujando meu sapato.

— Me acompanhem.

Seguimos Paul até o grande muro de madeira onde também havia alguns guardas. Paul disse que podíamos ficar com nossas armas que confiava  em nós.

— Maggie, você fala com ele? - Rick pergunta.

— Sim.

Ela caminhou junto com Paul até o grande casarão, enquanto eu caminhei ao lado de Enid até a enfermaria.

— Olá, sou o doutor Harlan Carson. Vocês são?

— Enid e Ana. - Enid responde sorrindo e apertando a mão do homem. — Paul disse que você poderia nós examinar.

— Oh, claro. Se sintam à vontade.

Me sentei ao lado de Enid e coloquei meu braço sobre a mesa, para ele poder retirar meu sangue. Seus olhos se arregalaram e ele me encarou.

— É, eu perdi a mão. Apenas faça seu trabalho. - digo arrancando minha mão mecânica.

Já não aguentava mais as pessoas perdendo seu tempo cuidando da minha vida e querendo saber como aquilo tinha acontecido.

— Ok! Desculpe.

Sinto a agulha atravessar minha pele e fecho os olhos quando as lembranças das noites no hospital invadem minha cabeça.

— Pronto. - ele diz observando o sangue dentro da seringa. — Os resultados vão sair ao entardecer.

— Ok.

Ele fez o mesmo processo com Enid e saímos da enfermaria.

— Que merda é  aquela? - Enid pergunta parando.

Estava tendo uma briga a poucos metros de nós, e nosso grupo estava no meio. Corri até lá e puxei a mulher que estava avançando para cima de Rick, sentindo minha mão mecânica cair. Merda.

Caio no chão sujando minha roupa de barro e vejo até mulher avançar para cima de mim. Seguro sua mão que estava com a faca e tento não deixar ela me machucar, mais sem minha mão mecânica as coisas saíram do controle. A lâmina da faca passa em meu rosto e eu sinto o sangue brotar em minha bochecha.

Deixo um chute na barriga da mulher e subo encima dela distribuindo alguns socos em seu rosto.

— PAREM! - Paul grita fazendo todos pararem e olharem para ele. — Gregory precisa do Harlan, alguém por favor o chame.

A blusa de Gregory estava se manchando de sangue e ele gemia de dor enquanto levavam ele para dentro do casarão.

Me levanto limpando minha roupa e seguro minha mão mecânica enquanto a colocava. As pessoas que estavam participando da briga recuaram em direção aos trailers, deixando apenas os alexandrinos e dois mortos.

Oiiii
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Beijos e fuiii

𝐿𝑜𝑣𝑒 𝐼𝑛 𝑇ℎ𝑒 𝐴𝑝𝑜𝑐𝑎𝑙𝑦𝑝𝑠𝑒  ᶜᵃʳˡ ᵍʳⁱᵐᵉˢOnde histórias criam vida. Descubra agora