Ana
Depois do fim da reunião e de minutos lutando contra minha própria razão, segui até a vigia onde Carl estava e parei ao seu lado. Minhas mãos estavam suando e meu coração estava disparado. Eu estava com vergonha de olhar para ele de forma direta.
Tinha batido em seu rosto e me amaldiçoa amaldiçoava por aquilo.
Era hora de falar. Hora de pedir desculpas e tentar fazer a gente dar certo. Eu o amava, não era apenas gostar, era amor. Era verdadeiro.
- Me desculpa! - peço assim que paro ao lado dele. Ele estava sem seu chapéu e encarava as coisas do lado de fora da comunidade com o olhar sério. - Eu fiquei assustada e com medo. Seu pai apareceu horas depois de você chegar lá e...eles machucaram as crianças e meu pai. Não devia...
- Ana, está tudo bem, ok? - ele estava de frente para mim, olhando no fundo dos meus olhos enquanto segurava minha mão. Ele carinho em seu olhar. - Se fosse meu pai que estivesse sendo levado, eu também ficaria daquele jeito. Aquele tapa na cara só serviu para saber que você tem uma mão pesada.
Ele ri e encara a floresta em nossa frente.
- Eu amo você e demorei muito pra dizer o que realmente sentia de verdade. Não te chamei de namorada por impulso Ana, se você quiser, se você aceitar, a gente pode namorar.
Deixo um sorriso escapar e sinto minhas bochechas esquentarem. Ele estava me pedindo em namoro. Puta merda. Era pra ser só um pedido de desculpas e agora...
- Sim!
A arma foi colocada para trás e Carl segurou meu rosto. Me pediu permissão e quando disse sim, ele me beijou. Era o beijo mais calmo e mais significativo que já havíamos dado.
Eu o amava tanto.
- Aceita ir num lugar comigo? Enid que conhece o caminho na verdade, então... ela teria que ir com a gente. - ele diz encarando o topo das árvores e sorrindo.
- Por mim tudo bem a gente ir. É na floresta?
Ele concordou e chamou por Daryl, perguntando se ele podia ficar de vigia enquanto a gente saia pra "matar alguns zumbis". Daryl nos encarou por alguns segundos e sorriu maleficamente.
- Tomem cuidado seus trolhos. - ele exclama pegando a arma que Carl estendia. - Não saiam da zona segura, tem muitos zumbis vindo em direção a pedreira de novo e isso não é bom pra quem está lá fora.
Concordamos.
-
O lago em nossa frente ficava perto da cabana velha de um antigo caçador, talvez até um pouco fora da zona segura. A água estava gelada e nem isso nos desanimou. Não haviam zumbis dentro da água e muito menos aos arredores.
- Está tudo bem? - Enid questiona.
- Acho que a gente devia fazer menos barulho. - respondo encarando a cerca ao redor da casa. - Talvez algum zumbi...
- Está tudo bem. - Carl diz beijando meus lábios - Estamos "seguros" e perto da margem o suficiente para sairmos daqui correndo.
Concordo com um sorriso e jogo água em Enid, fazendo ela reclamar e jogar água de volta.
- Vou arrumar alguma coisa pra comer. Vocês podem ficar sozinhos, só não façam nada que eu não faria, idiotas.
Joguei água em Enid mais uma vez e a vi desaparecer atrás da cabana velha logo depois de sair da água.
- Gostou daqui?
- Muito. É lindo e...tão calmo!
- A gente pode vir aqui sempre que quiser fugir do caos das comunidades, o que acha? - ele tinha uma de suas mãos em meu rosto e um sorriso largo no rosto. - Gosto de ver você feliz.
- Eu iria adorar esquecer toda aquela bagunça de vez enquanto, só acho que devíamos arrumar um jeito de impedir os zumbis de chegarem tão perto, imagina se estamos aqui e uma horda aparece, não teríamos para onde correr e...
Seus dedos ficaram sobre meus lábios e eu me calei.
- Esquece isso só um pouco. O lugar está livre de zumbis, sempre olhamos as coisas ao nosso redor antes de ficarmos em um lugar, esqueceu?
- Tudo bem. Vou tentar relaxar.
_
Enid ainda não tinha reaparecido, me deixando um pouco nervosa pelo seu sumiço. Engulo seco e deixo o lago, parando na margem depois de sentir a mão de Carl sobre a minha.
- Espera um pouco... quero me desculpar pelo meu pai. Ele ainda não fez isso, então, me desculpe pelo o que ele fez!
- Podemos esquecer isso? Sabe, deixar eles resolverem as merdas deles, seu pai errou feio e eu ainda não o perdoei, nem sei se vou conseguir isso um dia, mas não quero ficar falando disso também.
Ele sorriu e me beijou.
- Você ouviu isso? - questiono encarando as coisas ao nosso redor. Um galho tinha se partido - Enid é você?
Os sons de passos sobre as folhas aumentou e não haviam grunhidos. Eram passadas humanas.
Dei passos a frente e recolhi minhas roupas, vestindo o vestido e pegando minha arma.
- Enid?
- Não é...- o corpo de Carl caiu em meus pés e encarei o homem em minha frente. Ele estava um galho em mãos.
- Olá Ana! É um prazer te reencontrar. - era o antigo médico do hospital em que meus pais me levavam quando era pequena. Um dos que me usavam como cobaia pros seus testes. - Tenha bons sonhos!
E a última coisa que ouço antes de desmaiar.
Xiiiii tem muita coisa vindo pela frente
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Desde de já peço perdão por não ter postado capítulo ontem.
Beijos e fuiii
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𝐿𝑜𝑣𝑒 𝐼𝑛 𝑇ℎ𝑒 𝐴𝑝𝑜𝑐𝑎𝑙𝑦𝑝𝑠𝑒 ᶜᵃʳˡ ᵍʳⁱᵐᵉˢ
Teen Fiction➸ "Apocalipse" significa fim dos tempos, para muitos aquilo era a furia se Deus sobre os homens que eram tão pecadores, o tão conhecido Armagedom. Para outros apenas a consequência do uso indevido de produtos e vírus em laboratórios. Tem origem no t...