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- As lanças! - digo  jogando as lanças no chão perto de onde as pessoas estavam. Entre elas Deanna. - Elas têm a altura necessária para matar os zumbis.

Os muros estavam sendo reforçados, assim como as casas. 

- Você pode usar ela no muro se quiser! - Deanna diz.

Pego uma lança e ando em direção ao posto de vigia onde eu costumava ficar sentada, olhando o horizonte. Subo as escadas ouvindo o som dos zumbis aumentar cada vez mais.

Arrumo a lança em minha mão e me aproximo ainda mais da beira do muro. Os olhos brancos e sem vida agora me encaravam, me fazendo respirar fundo pela sensação ruim que corria meu corpo.

Comecei a mata-los, vendo seus corpos pobres caírem no chão como um saco de batata velho. Estava tudo bem, até o momento em que eu errei e acertei no peito do zumbi, ele assim como os olhos começaram por incrível que pareça a caminhar pra trás e pra frente, por um erro meu eu caí, ficando dependurada pela minha mão mecânica e sentindo a mão dos zumbis passarem por minhas pernas.

O desespero correu ainda mais em meu corpo, me fazendo querer chorar pela possibilidade de morrer sozinha e daquele jeito estúpido.

Consegui pegar lança novamente a matar os zumbis que estavam segurando minhas pernas, mas eu caí, no meio deles. Sentindo os corpos podres embaixo de mim. Usei a minha faca para matar os que se aproximavam e a lança para tentar afastar alguns.

Olhei para o chão e vi minha arma, era minha única solução, mesmo sendo a mais idiota que existia. Atirei duas vezes, uma pro ar e a outra no zumbi a minha frente.

Eu estava ficando cansada.

Carl

Estava perto dos muros das placas solares, ajudando meu pai a distribuir as lanças, bem de longe eu vi Ana sobre a plataforma. Deixei um sorriso de lado e abaixei a cabeça, no instante seguinte em que eu olhei, ela não estava mais lá.

Ela caiu.

- ANA! - gritei jogando as lanças no chão e saí correndo o mais rápido que eu pude até a plataforma.

- Carl - Ellen diz parando em minha frente - Eu preciso de você...

- Ellen agora não dá! - falo passando por ela e voltando a correr até parar de pelo som dos tiros.

Subi na plataforma e olhei para baixo vendo ela tentando afastar os zumbis que estavam a rodeando. Gritei o mais alto que pude por ajuda, e retirei minha arma, que estava com silenciador, matando os zumbis que estavam chegando mais perto dela.

Ela olhou para cima com o olhar desesperado e deixou um pequeno sorriso.

Meu pai chegou com Michonne e outros dois homens, jogando a corda para podermos puxar ela. Eu continuei gastando munição até ver Ana caída ao meu lado ofegante. A abracei e ouvi ela chorar contra meu pedido, procurei ainda abraçado a ela algum furo ou rasgo em seu roupa, não tinha nada.

- Você está bem? - pergunto segurando seu rosto entre minhas mãos, relembrando do momento em que nós beijamos.


- Sim. - ela diz olhando para seu braço. Sua mão. - Mais que droga!

Ela anda até a beira do muro e começa a procurar sua mão mecânica.

- Eu preciso descer! - ela diz se arrumando.

- NÃO! - falamos juntos.

- Você não vai descer de novo, é  perigoso, você pode se machucar, pode morrer.

- É a minha mão Carl, meu único jeito de me sentir normal.

- Você não vai descer. Pegamos ela depois, você precisa ir pra casa, tomar um banho e descansar.

Depois de muita insistência, consegui fazer com que Ana me acompanha - se até sua casa.

- Tem certeza que não foi arranhada? - ela concorda - Tome um banho, vou fazer algo para você comer.

Arrumo um pão e um copo de suco, deixando algumas frutas e levo até o quarto, esperando ela terminar seu banho.

(...)

Ela comeu apenas as frutas e bebeu o suco e logo depois caiu na cama, dormindo. Peguei uma coberta e a encobri, vendo um pequeno sorriso aparecer em seu rosto.

- Eu vou conseguir sua mão mecânica de volta. Não se preocupe. - digo deixando um beijo em sua testa e fazendo carinho em seu cabelo.

Oiiiii
Que susto em? Gostaram do capítulo? Tem muitos segredos para serem revelados pela frente.
Leiam o livro com o Henry, ele é  o primeiro da plataforma.

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Beijos e fuiii

𝐿𝑜𝑣𝑒 𝐼𝑛 𝑇ℎ𝑒 𝐴𝑝𝑜𝑐𝑎𝑙𝑦𝑝𝑠𝑒  ᶜᵃʳˡ ᵍʳⁱᵐᵉˢOnde histórias criam vida. Descubra agora