Narrador
Ester estava grávida.
Negan estava feliz, mais do que um dia imaginou que poderia ficar por causa de alguém. Ele queria poder sair gritando para o mundo ouvir, queria poder soltar fogos e comemorar aquela coisa maravilhosa que estava acontecendo em sua vida.
Ele queria fazer o certo com ela e com a família que estava apenas começando, e por isso já havia pensado em adiantar o pedido de casamento e em juntar as comunidades em uma feira de trocas, para que todos saiam ganhando. Estava tudo em seu caderno, tudo pronto para ele poder mostrar para os outros.
- Amor? - ele chama a mulher. - Amor?
Ester estava no banho e por essa razão não tinha ouvido Negan a chamar.
Negan por sua vez encarou as coisas ao seu redor e encontrou a roupa de Ester sobre a cama, e então caminhou seguiu até lá e deixou a caixinha com a aliança sobre as roupas. O bilhete escrito de forma apressada ficou amassado e ele o colocou sobre a roupa e sorriu.
Quando a porta do banheiro se abriu e Ester deixou o mesmo com a toalha envolta de seu corpo, Negan, que estava na cozinha perto da porta contraiu os lábios em um sorriso ao ver ela pegar o papel e caixinha com a aliança.
- Negan? Você está brincando né? - ela o chama sabendo que ele estava no quarto. - Amor?
- Não, eu não estou brincando. Na verdade eu ia te pedir daqui algumas semanas, mas como você está grávida, eu resolvi fazer tudo de uma vez. - ele diz saindo da cozinha e parando de frente à mulher - Então...você aceita se casar comigo?
Ela concordou várias e várias vezes antes de correr até Negan e o beijar. Ela o amava, era mais claro que a própria água, o que ela sentia.
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Ana estava parada na porta da mini cozinha de seu quarto, observando Carl colocar as coisas sobre a mesa para eles poderem comer. Ela o obervava sem piscar, encarando cada movimento que ele fazia. Observando seus músculos se marcando sobre a camisa xadrez e a forma que seus lábios se abriram.
Ela caminhou até ele e segurou sua mão, o vendo parar de arrumar a mesa para a encarar. Seus lábios se colaram nos dele e segundos depois Carl estava caído sobre o colchão com o corpo da garota sobre o dele e com os lábios colados em um beijo feroz mais uma vez.
- Ana, para! Ana...merda - ele exclama sentindo ela rebolar sobre seu colo - Ana não acho uma boa ideia!
- Você não quer transar comigo? - ela sussurra contra o rosto de Carl.
- Eu quero mas...droga Ana, para!
Carl conseguiu inverter a situação, ficando por cima da garota e ela sorriu maliciosamente para ele antes de tentar o beijar. Carl se afastou e parou ao lado da mesa com as mãos sobre os cabelos e suspirou pesado.
- Olha, eu amo você e isso você sabe, só que não quero transar com você, não agora...Porra Ana, se fizermos isso você pode nem se lembrar depois e eu quero se seja especial pra você.
Ana se sentou na cama e encarou as mãos.
- Eu sei que eu perdi parte da minha memória, mas eu quero transar com você, eu não estou caduca. - ela exclama - Quero saber a sensação, quero conhecer essa parte do mundo e...quer saber, deixa quieto.
Ana deixou o quarto batendo a porta, ela não sabia para onde ir, então só seguiu pelos corredores escuros e gélidos da fábrica. Carl tentou a encontrar minutos depois, mas já era tarde, ela já tinha decido um dos lances de escada e se enfiado dentro dos corredores.
Ele queria ficar com ela daquela forma íntima, tanto que já havia tentado, mas ela - a Ana de antes - não estava pronta, então ele preferia esperar ela voltar a ser quem era, do que fazer algo que podia além de se arrepender, ela nem se lembrar.
Ana caminhou pelos corredores trombando nos homens de Negan e entrou em um corredor mais escuro que os outros, ficando com um certo receio, até encontrar uma porta e a abrir.
- Puta merda! - ela exclama vendo os mortos virem para cima dela logo depois de fechar a porta atrás de si. - Abre! Abre!
Os mortos que guardavam os arredores do Santuário estavam caminhando para perto dela, e mais uma vez o medo correu por seu corpo. Um flash passou em sua mente e ela sentiu as mordidas em sua pele. Lembranças dos dias que havia sofrido na prisão.
- Alguém me ajuda! Tem alguém ai? Por favor! - um grito cortou sua garganta e chutou o zumbi para longe.
Um dos homens de Negan, Alden, correu pelos corredores ao ouvir os gritos e abriu a porta, matando três dos mortos e puxando Ana para dentro. A porta se fechou atrás deles e seus corpos caíram abraçados sob o chão gelado.
- O que você tem na cabeça garota? - ele questiona.
- Não sabia o que tinha atrás da porta. Obrigada! - ela o abraça e no exato momento Carl aparece virando o corredor junto de Negan e mais alguns homens.
- Ana?
Ela se separa do abraço e encara o garoto poucos metros. Merda.
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- Eu estou bem, me deixem em paz! - Ana grita entrando no quarto e logo depois no banheiro.
Negan estava logo atrás de Carl e havia ouvido os gritos da filha antes de encontrar com o garoto nos corredores enquanto ele corria.
O pé de Carl conseguiu impedir que a porta se fechasse por completo e com isso ele entrou no banheiro e viu Negan fechar a porta.
- Sai daqui. - ela pede se sentando no chão. - Me deixa em paz.
- Ana, eu sei que está tudo confuso pra você, só que eu preciso que você entenda. Eu amo você. Eu quero transar com você, só que não agora, quero que tudo se ajeite primeiro, que você se recupere e que esteja como antes, boa e pronta de verdade pra isso. - Carl puxou Ana para perto e a abraçou beijando seus cabelos. - Agora quem te pede para esperar sou eu. Tudo bem pra você?
- Fazer o que né?
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𝐿𝑜𝑣𝑒 𝐼𝑛 𝑇ℎ𝑒 𝐴𝑝𝑜𝑐𝑎𝑙𝑦𝑝𝑠𝑒 ᶜᵃʳˡ ᵍʳⁱᵐᵉˢ
Teen Fiction➸ "Apocalipse" significa fim dos tempos, para muitos aquilo era a furia se Deus sobre os homens que eram tão pecadores, o tão conhecido Armagedom. Para outros apenas a consequência do uso indevido de produtos e vírus em laboratórios. Tem origem no t...