Sonhos Inquietos

Capítulo 5.

Eu caía em um lugar que parecia não ter fim e logo antes de chegar ao chão acordo em meu quarto,mas para minha surpresa tudo estava com aspecto sombrio. Eu não sabia se aquilo se tratava de um sonho,olho as horas pelo despertador e vejo que são 6:00 em ponto,levanto da cama e dou uma observada pela janela.

A rua completamente vazia,o céu cinza e o sol não passava de uma bola amarela sem brilho,saio do quarto,procuro meus pais mas não os encontrei,a casa estava vazia. O relógio ainda marcava 6:00 horas e os ponteiros permaneciam parados no mesmo lugar,um barulho vindo do lado de fora me chama a atenção e resolvo verificar.

Visto um casaco e saio de casa,no meio da rua vejo uma pessoa com o corpo completamente torto,dou um passo para trás até pisar em um graveto. A estranha pessoa começa a vir em minha direção,saio correndo dali o mais depressa possível,corro tanto que tropeço em algo e fico no chão completamente sem saber o que fazer.

— Você está bem?. — Perguntou uma mulher estendendo a mão.

— Mais ou menos. — Falei enquanto ela me ajudava a levantar.

— Precisamos sair daqui. — Disse ela.

— Pode me dizer o que está acontecendo,cadê todo mundo?. — Perguntei.

A mulher respira fundo e abre um sorriso.

— Acho que tenho muita coisa para explicar,a proposito meu nome é Susan.

— Sou Tina...

...

Susan me levava a algum lugar,no caminho a gente ia conversando sobre tudo que estava acontecendo.

— Este lugar é onde pessoas que entram em estado de coma ficam por tempo indeterminado,seu espírito fica preso aqui enquanto seu corpo fica inconsciente no mundo real. — Disse ela.

— Estado de coma?...eu não estou em coma isso é apenas um sonho muito estranho,me lembro bem de ir dormir antes de chegar aqui. — Falei assustada.

— Isso é sério?. — Perguntou ela.

— Sim...apesar de não ter como provar. — Falei.

— Então você é a primeira a entrar nesse submundo sem precisar estar em coma,talvez as coisas não fossem como eu pensei.

— Pode por favor me dizer a onde estamos indo?. — Perguntei impaciente.

— Ali... — Susan apontava para uma casa.

Fomos até a simples casa,entramos e Susan começou a me explicar como as coisas funcionam por aqui.

— Está vendo aquela criatura do lado de fora?...existem milhares com diferentes formas por ai,se alguma delas te matar além de você morrer aqui também morre no mundo real,ou se seu corpo físico sofrer complicações enquanto estiver em estado de coma e morrer você fica preso aqui para sempre. No meu caso os médicos foram negligentes e desligaram os aparelhos que mantiam meu corpo vivo,agora estou presa aqui,isso também pode acontecer.

— Nossa,eu sinto muito,mas tudo é ainda muito confuso,essa coisa de mundo real,corpo físico,até parece que somos...

Fiquei sem palavras naquela hora,essa é uma realidade que ninguém te ensina.

— Somos meros espíritos presos em um submundo,por isso falamos "corpo físico". — Disse Susan olhando com a expressão triste.

— A quanto tempo está aqui?. — Perguntei.

— O tempo não passa,não envelhecemos,acho que estou aqui a muito tempo. — Respondeu ela.

Nessa hora começo a lembrar de algumas coisas que ela me disse no início.

— Talvez meu amigo esteja por aqui,ele também está em coma,é uma longa história. — Falei.

— Então temos que acha-lo antes que anoiteça...

De repente minha visão começa a ficar embaçada,tenho tontura e logo vou ao chão entrando em um sono profundo.

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(Até O Próximo Capitulo)