Capítulo 11.

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Joseph ainda olhava para o vazio totalmente sem esperanças.

— Eu fui fraco e me deixei levar pela pressão,talvez se tivesse te contado antes você não passaria por essa situação. — Disse ele.

— A culpa não é sua,só me diga o que levou você a ter feito aquilo.

Ele fica em silêncio por alguns instantes,respira fundo e fala.

— Por um momento tudo que eu fazia não me dava alegria como antes,as coisas eram feitas de modo automático,a rotina se tornou cansativa e frustante. Algo faltava,eu não sabia o que era ou tinha medo de descobrir,sempre senti um vazio e num momento de desespero tentei...você sabe. — Disse ele baixando a cabeça.

— Tudo bem agora,eu estou aqui para ajudar você a encontrar a felicidade,mas primeiro precisamos sair daqui. — Falei sorrindo.

— Sempre gostei do seu otimismo Tina.

— Eu aprendi com a Madison...

...

Juntos saímos daquele lugar e fomos caminhando,reparei que Joseph olhava insistentemente para a vitrine da loja.

— O que foi?. — Perguntei.

— É impressão minha ou esses manequins se mexeram?. — Disse ele.

Olhei em direção as vitrines e realmente aqueles manequins sem braços se mexiam lentamente.

— Acho melhor a gente começar correr daqui. — Falei.

Aquelas criaturas quebraram o vidro das vitrines e começaram correr em nossa direção,Joseph segura em minha mãe e me puxa.

— O plano agora é correr. — Disse ele.

— Você sabe para onde estamos indo?. — Perguntei.

— Não exatamente,mas sempre fiz isso quando um desses monstros bizarros me perseguiam. — Respondeu ele.

Corremos tanto que acabamos despistando aqueles manequins,quando a gente percebeu que elas não nos seguiam paramos para tomar um fôlego,em pleno meio da rua.

— Não gosto do jeito que ele olha para a gente. — Joseph apontava para uma criatura negra de olhos brancos que nos observava de longe.

Susan me contou que ele é uma espécie de mensageiro pois quando aparece significa que a noite também se aproxima.

— Daqui a pouco vai anoitecer,precisamos achar um lugar seguro. — Falei.

...

Quanto mais a gente ia caminhando mais escuro ficava,com a neblina quase não dava para ver nada,quando percebi que já era noite comecei a me assustar. Várias criaturas saíam de diferentes lugares e começavam a caminhar pela rua soltando gemidos de lamentação,Joseph e eu nos refugiamos em um beco.

— Não podemos ficar parados aqui Tina.

— A rua está infestada de monstros,é muito perigoso sair agora.

Mas parece que a sorte não estava do nosso lado,do outro lado do beco uma criatura sem cabeça e com um tentáculo saindo do pescoço se aproximava.

— Fico me perguntando como ele sabe que estamos aqui se nem olhos tem. — Falou Joseph.

— Discutimos isso depois.

Fomos obrigados a correr enquanto as outras criaturas que estavam na rua começaram a nos persegui. Olhei para trás e percebi que Joseph estava quase ficando sem forças para correr,segurei em sua mão e o apoiei em meu ombro.

— Tina por aqui. — Susan acenava em frente a um galpão com grandes portões ao redor.

Assim que entramos ela fecha os portões e logo fomos para dentro do galpão.

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(Até O Próximo Capítulo)

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