O Elmo de Jade

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A bombordo as praias da França eram notáveis. A brisa fria dava o ar sombrio do dia nublado acompanhado do mar agitado. As gaivotas voavam alto acima do navio, sentindo o cheiro do suor dos mandriões e desejando que algum deles se rendesse ao cansaço e ao sono para que elas fizessem seu banquete. O Fantasma dos Navegadores cortava ferozmente as ondas que vinham contra seu casco que rangia a cada onda mesmo tendo sido reformado a pouco tempo, com madeiras novas e uma boa calafetagem com alcatrão.

O Capitão Harrison havia dito o porquê de estarem indo para a França. Eles estavam atrás de um artefato muito valioso, um elmo feito de jade, pertencente a uma antiga ordem de cavaleiros muito rica e poderosa na França.

O castelo dos cavaleiros ficava num penhasco não muito alto à beira-mar, donde podia ser visto de longe com suas enormes pedras cinzentas. Grande e exuberante, o castelo ostentava seus estandartes de linho fino na cor escarlate que balançavam para onde o vento mandava.

Enquanto olhavam os estandartes balançando ao vento, Owen – contramestre de Harrison – disse para seu amigo:

- Será mesmo que está lá?

- Creio que sim. – respondeu, Olaf.

- Espero que esteja. – respondeu Owen com tom de impaciência. Ele sentiu o vento bater em seus cabelos e gritou "Vento ao continente!" –. Neste momento o navio estava passando com seu lado esquerdo de frente para o castelo. Então, o capitão Harrison que estava sentado próximo ao timão se levantou rapidamente, saltou sobre a amurada do castelo de popa, segurou-se no cordame e começou gritar "Homens! Carreguem os canhões e preparem suas armas e espadas! O vento está ao nosso favor!". O vento balançava seus cabelos e lhe dava um tom heroico. Os homens preparam os canhões, os mosquetes, pistolas e ficaram esperando o comando. Então, Harrison ordenou que os homens gritassem. Os tripulantes gritaram com todas as suas forças e o mais alto que podiam. Neste momento, uma mulher saiu numa das janelas do castelo e ao ver o galeão de guerra, Ghost Of The Navigators se aproximando, começou a tocar um sino pequeno que havia na janela, a fim de alertar os moradores do castelo. Harrison gritou "Abram fogo!" e os cinquenta canhões à esquerda foram acesos e trovejaram ruidosamente. Os tiros acertaram a parte de trás da fortaleza que começou desmoronar penhasco abaixo. Um grande rombo ficou na construção, mostrando seu interior todo marrom. Os botes com homens foram lançados e estavam a caminho da praia em um deles ia o capitão Harrison, ansioso pela batalha e pelo prêmio.

Ao chegarem na praia, os homens desceram dos botes e foram correndo por cima dos destroços que formaram uma espécie de "escada" para que chegassem à fortaleza. Quando chegaram, os piratas entraram e foram vasculhando tudo, derrubando cadeiras, prendendo as mulheres e crianças que estavam lá. Harrison foi andando pelo corredor da fortaleza, à sua volta havia uma grande correria, então ele gritou no meio da confusão "Murieau, eu vim buscar algo de você!". Ele foi andando com seus outros homens e chegou a um salão grande onde haviam alguns quadros e nada mais. Ele andou até uma porta grande que havia a frente, ela estava com um grande furo na parte de cima por causa de um tiro de canhão. Harrison chutou-a o que fez com que ela cedesse. A porta dava para um jardim, um lindo jardim onde os botões de flores estavam abertos, as cores enchiam os olhos, e no centro do jardim sete homens esperavam os piratas com escudos, espadas e trajados de armaduras de guerra. Harrison sorriu e disse:

- Covarde como sempre, Murieau.

- Covarde não – o velho mexeu sua espada –, protegido!

- Então venha me enfrentar como um homem honrado! – disse, Harrison ao mesmo tempo que desembainhou sua espada.

- Vejamos quem está falando de honra, o pirata que saqueia sem dó nem piedade. – replicou, Murieau sem se mover diante do pedido de Harrison.

- Pelo menos, eu não violento a minha filha com o consentimento de meus malditos parentes! – respondeu, Harrison. Movido pela raiva, Murieau saiu da formação de guarda em que estava com seus homens e gritou:

o Fantasma dos NavegadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora