- Benjamin Hornigold você está sendo condenado a morte segundo os princípios que regem este navio e sua tripulação. – Sua cabeça rodou de tontura quando seus olhos se abriram e tais palavras começaram a lhe assombrar os ouvidos. – Escritos estes, feitos pelas próprias mãos do capitão mais temido dos mares em sua época, o capitão Eddie, e segundo estes princípios, por seu crime de tentativa de roubo e traição você está condenado à forca no mastro principal do Fantasma dos Navegadores, ali seu corpo servirá de alimento para os abutres e ficará exposto para sua própria vergonha e advertência dos outros que pensem em seguir seu exemplo. – Hornigold arregalou os olhos. – Assim sucederá até que a natureza entenda que sua matéria não deva mais existir e que a brisa marítima corroa os últimos vestígios dos seus ossos. Você compreende o que foi dito? – perguntou, O'neill para Hornigold.
- Sim, compreendo... – respondeu, o velho Hornigold tremendo de receio e medo. O'neill determinante então finalizou, pois Hornigold era o último a ser enforcado:
- Sendo assim, que Deus tenha piedade da sua alma, ou não. Enforquem-no! –. Um dos tripulantes de Charles Vane estava segurando a corda de Hornigold, então começou puxa-la. Hornigold que estava sentado, ficou de pé e começou ser suspenso do chão do convés. Como no enforcamento de Olaf o vento tentava Hornigold a respirar, porém não podia por que a corda no pescoço o impedia, ele se debatia enquanto era enforcado e subia até o topo do mastro, em vão, pois estava com mãos e pés amarrados. Todos assistiam a cena quietos e sem expressões no rosto. Vane mirava Harrison a uma certa distância, sua expressão era séria, ele olhava fixamente para Hornigold se debatendo no alto. Todos estavam estupefatos, exceto Harrison, o sangue em seus olhos era visível e era fácil saber que ele não deixaria que ninguém impedisse que ele completasse sua missão, seu plano.
Esses foram os momentos ocorridos após Hornigold ser capturado, após tudo isso Harrison, O'neill e Cecília velejaram o Ghost Of The Navigators de volta para Nassau, juntamente com eles estavam Laura Woodcrow no comando de sua fragata, Rosalinda e Charles Vane comandando o Range.
A viagem de volta para Nassau foi tranquila, sem distúrbios no tempo e sem confrontos em alto mar, entretanto o confronto intenso estaria mesmo em Nassau.
Quando estavam o Fantasma dos Navegadores, Rosalinda e o Range se aproximando de Nassau, O'neill que estava na proa com a luneta observou bem a bandeira do navio que estava ancorado, ao reconhece-la, voltou-se para Harrison e gritou:
- Capitão!? Navio a vista! –, Harrison passou o timão para Cecília – a jovem sabia muito bem como singrar o navio – e foi à proa ver o que se tratava. Pegou a luneta da mão de O'neill, mirou-a na direção da praia e viu a bandeira, exclamou "Merda!".
- Edward Thatch... – disse, O'neil e hesitou em dizer o apelido, mas continuou – O Barba Negra. O que está fazendo em Nassau? – perguntou retoricamente, o garoto. Harrison tirou a luneta do olho, olhou para baixo e disse:
- Ele voltou pra casa, por que soube de nós, do tesouro.
- Ele quer o tesouro.
- Sim... – Harrison mirou novamente a luneta – e sua desculpa para tomar o tesouro e o controle de Nassau de novo, será de que é para o bem de todos.
- Ele e Hornigold fundaram este lugar, ao ver o corpo de Ben no mastro, irá nos atacar. – disse, O'neill.
- Nós temos alianças, O'neill. A aliança que Thatch tinha está morta, agora, ou ele se junta a nós ou ele terá sérios problemas.
- Capitão, ele é perigoso.
- Veremos quem é pior... – Harrison passou a mão no cabo de seu alfanje – Thatch ou eu.
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o Fantasma dos Navegadores
Historical FictionAs aventuras de uma tripulação que pensa muito além do ouro, do rum e das mulheres. Você aguenta a salgada brisa marítima? O balanço do navio sobre as ondas? Aguenta ficar dias e até meses sem ver a terra? Então embarque nessa história cheia de con...