Em Busca de Novas Alianças

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- Festejem homens! Nassau à vista! – gritou o operador de canhões italiano e novo na tripulação, Manicardi. Neste momento, nos quatro navios, homens mulheres e crianças – dos poucos tripulantes que tinham família – começaram a festejar. O capitão Harrison estava se mudando definitivamente para Nassau junto com sua tripulação e suas famílias e isso causaria conflitos claramente.

Uma Nassau que abrigava Charles Vane, Anne Bonny, o Calico Jack Rackham, Benjamin Hornigold dentre outros piratas. Ao verem o acrólito do qual formava o busto do capitão Eddie, as velas negras e a bandeira beirarem a praia junta de mais 3 navios de guerra espanhóis, muitos já correram para as tavernas anunciando a chegada do Fantasma dos Navegadores. Em uma das tavernas, um jovem garoto chamado, Nilsen chegou gritando para que a dona do estabelecimento ouvisse e todos que estivessem ali também:

- Trago notícias! Trago notícias! – todos param de conversar e prestaram atenção – O temido Fantasma dos Navegadores acaba de ancorar na praia de Nassau com mais três navios de guerra espanhóis, todos portando a bandeira do capitão Harrison Allen! – Charles Vane que estava sentado numa mesa bebendo rum, ao ouvir a notícia, cuspiu sua bebida na cara de Jack Rackham que estava sentado à sua frente. Outros também se engasgaram com a notícia, julgaram ser mentira do garoto que disse a um dos que o acusaram de ser mentiroso:

- Seus próprios olhos verão, senhor. As mesmas mãos que conseguiram saquear navios de guerra espanhóis, serão as mesmas que irão lhe tirar a paz. – neste momento, Elena Jensen, a linda loira dona da taverna desceu as escadas e disse:

- Se estiveres mentindo garoto, eu mesma o dissecarei.

- Não estou mentindo, Madame Jensen. Jamais mentiria para a senhorita. Venham todos à praia e vejam com seus próprios olhos. – Elena olhou para Vane com espanto e receio do que poderia acontecer. Então todos – todos significa: todos os que ainda estavam sóbrios e não bêbados – foram à praia para ver se era verdade.

Sob o sol forte da manhã, o vento agitado e quente vindo do mar balançava as palmeiras em movimentos dessincronizados, o cheiro de água do mar e alcatrão e o clima amistoso que Nassau oferecia eram convidativos para que qualquer um quisesse tabernas e rum abundantemente. A fortaleza de Benjamin Hornigold, no penhasco, destacava-se e diferenciava-se das palhoças, choças e varandas, todas feitas em madeiras que jaziam castigadas pelo calor e pela salgada brisa marítima. O penhasco por sua vez cercava por um lado a praia de areias claras e águas rasas. Nassau era um paraíso para piratas.

Todos que estavam na praia viram os botes carregados de homens – alguns com mulheres e crianças – vindo para a praia sob a bandeira do capitão Harrison, o crânio sobre a espada e o machado. Então no primeiro bote, a primeira pessoa a descer, com seu sobretudo de couro, cabelos ruivos soltos ao vento e jeito simples de andar – diferente dos piratas arrogantes que haviam em Nassau, que andavam com o nariz empinado sem terem ao menos uma chalupa para velejarem –, veio até a direção de Charles Vane e Elena Jensen, o capitão Harrison. Ele parou diante dos dois, olhou para a face arrogante e prepotente de Charles Vane, olhou nos olhos azuis da bela e cativante Elena, estendeu a mão direita para ela e a esquerda para Vane, ambos os punhos estavam fechados. Harrison então disse:

- Suas mãos. – eles as estenderam e Harrison soltou de cada uma de suas mãos um dobrão espanhol que o Urca de Lima carregava. Charles Vane quando viu o que era, estreitou os olhos olhando para Harrison, e Elena ficou sem reação, boquiaberta e exibindo seus lábios rosados. Harrison então disse:

- Nassau está pronta para receber novos moradores e ser livre de fato? – Elena respirou fundo e disse olhando no fundo dos olhos verdes de Harrison:

o Fantasma dos NavegadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora