O Ataque ao Galeão Espanhol

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Repousava o Fantasma dos Navegadores próximo às Bahamas e ao Golfo da Flórida. Era uma tarde em que o vento batia forte e cítrico, algumas nuvens cobriam o sol que às vezes transpassava seus raios por entre elas.

Haviam marujos comendo, contando piadas e histórias de suas vidas, outros dormiam, uns tocavam músicas e todos estavam em comunhão. Eles haviam saqueado uma pequena vila à beira-mar na Flórida. Pegaram 30 frangos, dois porcos grandes, óleo, especiarias como pimenta, temperos, chá, além de 2 sacos cheios de ouro e quatro cheios de prata. Conseguiram também de um estabelecimento clandestino português, café, açúcar e tabaco, vindos do Brasil. O melhor butim em meses.

Olaf e Owen, marujos de confiança do capitão Harrison, estavam no tombadilho conversando enquanto observavam o horizonte.

- Sinto saudades de casa. – disse, Owen.

- Sinto saudade da Ge. – respondeu, Olaf seguindo de um riso.

- Ge ... – balbuciou, Owen – a boa Gertrud. Grandes seios tinha ela. – ele fez gestos com as mãos – Será que ela ainda vive?

- Creio que sim. – Olaf passou a mão na vasta barba grisalha – Ela era forte. Era mais quem um belo corpo, era um bom e grande coração.

- Tão grande que não lhe cabem no peito, fazem os seios serem fartos. – ambos riram da fala de Owen. Então Olaf disse:

- Será que o desejo de nosso capitão acontecerá um dia? – Neste momento Owen pegou a luneta e mirou-a para o horizonte e respondeu:

- Que desejo? – ele hesitou por um instante – Horizon Aurum?

- Sim, a Nação dos Piratas Livres. – Olaf coçou a cabeça e continuou – Se acontecer, vou levar Gertrud e me casarei com ela.

- Merda! – exclamou, Owen ao mesmo tempo que saiu correndo para o castelo de popa e gritou – Espanhóis! -. O capitão Harrison que estava na cozinha comendo, ao ouvir o grito de Owen, arregalou os olhos, levantou-se correndo e subiu para o convés. Quando se aproximou de Owen que já havia decido ao tombadilho, tomou-lhe a luneta da mão, mirou-a a bombordo e lá estava no horizonte, o Urca de Lima escoltada de mais quatro navios de guerra espanhóis – haviam ainda mais quatro mas estavam distantes, totalizando 9 navios ao todo –. O capitão mirou sua luneta para o sul – o Urca vinha do Oeste, pois havia acabado de sair do porto de Havana – e viu que uma tempestade acompanhada de densa neblina e furacões estavam se aproximando deles. Ele subiu correndo para a popa, saltou sobre a amurada, jogou a luneta para Olaf, desembainhou sua espada e gritou:

- Fantasmas, preparem-se para a batalha! O Urca de Lima está próximo de nós e os 5 milhões em moedas de ouro também! Façam pela liberdade, pelo Ghost Of The Navigators, façam por Horizon Aurum! – neste momento todos os homens gritaram, até mesmo os que estavam nas partes de baixo do navio. Então toda a tripulação começou a se preparar para a batalha.

Owen se aproximou de Harrison e disse enquanto este descia da proteção e guardava a espada:

- Estás louco!? São quatro navios de guerra e mais uma nau que é praticamente um castelo em alto mar.

- Veja – Harrison apontou a tempestade – a usaremos em nosso favor. Eles nos verão por alguns instantes apenas, depois, vamos manter a distância e bombardeá-los, aos poucos soltaremos botes e tomaremos os navios de guerra e depois o Urca. Precisaremos de navios para carregar tanto ouro com a pressa que temos. – respondeu, Harrison.

- Só pode estar louco. – disse, Owen.

- Não meu amigo, estou planejando. – respondeu, Harrison.

o Fantasma dos NavegadoresOnde histórias criam vida. Descubra agora