Depois da volta de Harrison e a partida de Lowe tudo voltou ao seu lugar. A corte dos piratas estava formada governando Nassau. A Inglaterra não importunava o paraíso pirata já havia tempos.
- Não há mais piratas que possas chamar?
- Há vários, mas são gananciosos para si mesmos.
- Henry Avery?
- Oras! – Resmungou, Harrison. Laura não se manifestou. Deitados eles observavam a lua e seu reflexo trêmulo nas águas do mar. Uma brisa suave e cítrica balançava os coqueiros e entrava no quarto, balançando as cortinas da janela que rangia às vezes, deixando o ambiente fresco mediante o estupendo calor de Nassau.
- Porquê não o chama?
- Avery não é do tipo confiável, Laura. Tu sabes o quanto ele é trapaceiro.
- É verdade. Se não encontrarmos quem se ajunte a nós, faremos sozinhos. Reerguemos Nassau do pó, não precisamos de mais gente, nós mesmos damos conta de continua-la.
- Sim, entretanto, estou começando a ficar cansado, quero uma vida tranquila, longe de brigas e arruaças. – Harrison bocejou.
- Cansado? – Laura olhou para ele.
- Sim.
- Estamos em período de paz. Nassau está próspera. Não há como estar cansado.
- Pois estou. – Harrison virou-se e logo pegou no sono.
No outro dia, Harrison foi acordado por Laura. Estava desesperada.
- Harrison! A Inglaterra! A Inglaterra está em Nassau. – Harrison saltou da cama e correu para a janela. Olhando a praia viu quinze galeões de guerra ingleses, mas dentre eles um se destacava e chamou a atenção de Harrison. Seus olhos não acreditavam no que viam. As velas cinzentas haviam retornado e congelavam agora o coração do capitão pirata.
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o Fantasma dos Navegadores
Historical FictionAs aventuras de uma tripulação que pensa muito além do ouro, do rum e das mulheres. Você aguenta a salgada brisa marítima? O balanço do navio sobre as ondas? Aguenta ficar dias e até meses sem ver a terra? Então embarque nessa história cheia de con...