Duas Metades {HS}

|48| risky plan

( ANTES de lerem o capítulo, gostava que quem lê este livro, deixasse aqui o seu comentário. Metade de vocês são leitoras fantasma e não faço a mínima de quem sejam. Já agora, estão a gostar da fanfic? Kisses. )

Harry ( P.O.V )

A noite estava tenebrosa; olhava para ela através de uma janela que abrangia tudo; o fumo que saia da minha boca graças ao cigarro, era fruto dos meus pensamentos; sucumbia-se no ar e preenchia a minha alma de escuridão; entretanto começou a chover. A noite iria tornar-se numa ruína cheia de imprevistos e relevos pelo céu. Enquanto isso, ouvia-se a algazarra no meio da rua; transbordava um pouco para o sítio de onde eu a observava. Eu era a própria algazarra; tudo se inquietava dentro de mim.

A campainha resoou pela minha casa e eu sabia quem era; dirigi-me até à porta principal e abri-a sem pensar duas vezes; Niall. Vinha com a sua habitual pasta com os ficheiros que poderiam levar uma pessoa inocente à morte. Atrás dele, assemelhou-se o Liam. Não parecia muito certo de si mesmo; o seu olhar aniquilava qualquer luz que adentrasse neles; vinham escuros, vazios. Normalmente, o Liam é a pessoa mais maluca e não dá azo ao mau humor, mas desta vez algumas coisas pareciam modificadas. Fechei a porta e segui-os até à mesa grande da sala.

- O George Stevens está muito irritado, Styles. - Niall sentou-se e parecia frustado. - As novidades são desgradáveis.

Retirou da sua pasta um ficheiro, o qual se parecia mais como um aviso; constava numa promessa dos seus homens. Quem, por algum acaso da vida não fosse leal ao seu chefe, não prometesse honestidade ao seu supremo, estaria condenado à morte. Reli aquilo com atenção sem temer a morte. George Stevens soubera que eu não tinha cumprido a minha missão, aquilo que por norma, eu sempre cumpri. Este artigo, definido como 13, estava a transparecer um pouco a minha morte. Niall estava a avisar-me.

- Treta. George está em sarilhos, Niall. Quase todos os seus homens estão a virar-se contra ele. O seu grande negócio está a ruir. - Disse-o, afastando aquele papel de mim.

- Ele não deixa de ser poderoso só porque o seu negócio está a cair. - Advertiu Liam. - É só uma fase e podes ter a certeza que ele virá atrás de ti depois disto.

- Não se nós o denunciarmos e contármos à polícia o seu negócio tóxico. - Disse Niall. - Isso podia tirar grande desvantagem dele. Era aí que nós podiamos avançar.

- Estás insano, Niall? - Adverti. - A polícia está relacionada com ele, fazem todos parte daquele mundo. São mafiosos, e isso só o irritaria mais. Temos de agir discretamente.

- Toda esta merda é culpa tua, Harry. - Liam suspirou. - George quere-a morta e não vai descansar até conseguir ter o seu sangue nas suas mãos sujas. Ela é algo que pode prejudicar o seu negócio e tu sabes.

O tema de conversa resumia-se a ela, à rapariga que se tornou um pouco de mim; lembrava-me dos seus cabelos loiros ao vento, o seu semblante calmo e duvidoso a observar tudo. E naquela visão, ela olhou para mim. E aqueles olhos, a tintura deles, a intensidade deles, eram como uma lâmina afiada no meu coração. No fundo de tudo isto, estava a viver a merda de uma ilusão. Ela odiava-me, consegui fazê-la odiar-me. Mas não me podia esquecer dela; nem de me lembrar. Tinha de ser o mais eficaz possível e ela fazia-me ficar vulnerável.

- Ela não vai morrer, isso seria injusto. Vocês sabem que neste negócio nós só matamos as pessoas que merecem ser mortas. - Disse-o, dando um trago no cigarro.

- Tu não queres que ela morra porque a amas. Sempre foste eficaz no teu trabalho e eu sei que se fosse outra pessoa, tu matá-la-ias. Mas não te julgo. - Terminou Niall.

- A questão em causa é que o George é perigoso, é ele quem comanda todo o tipo de negócios na porra deste mundo. Nós estamos no teu lado mano, mas a única saída para o deixar fraco, é usar a Skylar a nosso favor. - Terminou Liam.

- E como faríamos isso? - Interrompi eu, colocando o cigarro no cinzeiro. Não quero que a Sky corra qualquer tipo de riscos. - Terminei.

- Fácil. A filha dele podia ir falar em tribunal a prol da sua vantagem enquanto cidadã. Ele deixou-a quando ela ainda era pequena, estou correto? Seria uma boa vingança e estaríamos muito próximos do decréscimo desta empresa. - Disse Liam.

- E ainda tínhamos testemunhas que podiam falar acerca disso. A mãe da Sky, a Alison e talvez a Jasmine. George ficaria enfraquecido e com uma grande denúncia: tinha direito a uma pena de prisão perpétua. - Retorquiu Niall, pensativo.

- Manos, vocês não estão a pensar com clareza. George é muito poderoso neste mundo, tem contratos em todos os lugares. Qual seria a garantia de ele não pagar ao tribunal para eliminar o caso proposto? - Disse, pensando seriamente.

- Conheço um juíz muito meu amigo e bons advogados que moram neste estado. Podíamos ganhar o caso, Styles. - Liam advertiu.

- E as consequências? Quem prescendia da segurança de Skylar? George tem muitos homens. - Disse eu, com confusão estampada no semblante.

- Todos nós que estamos do teu lado, somos muitos mais que eles. E melhores. - Advertiu Niall, confiante.

- Podemos contratar seguranças. - Disse Liam. - Somos mais poderosos que George Stevens e a sua filha vai desmascará-lo.

- O problema é que neste momento estou indisponível para a Skylar. Começamos a tratar disto daqui uma semana quando tudo estiver mais calmo. Quero matar aquele bastardo com as minhas próprias mãos. - Disse, enfurecido.

- Nada de mortes, ele vai ter o que merece. Tudo a seu tempo. - Liam disse, levantando-se. - Vejo que está tudo tratado e o meu tempo está a esgotar-se. Vejo-te por ai, Styles.

- Tudo bem, Payne. Trata de falar com os juíz e reunir o advogado. Quero pessoas boas para desempenhar este cargo. - Disse-o honestamente.

Ele assentiu e abriu a minha porta, saindo pela mesma; Niall ainda ficava um pouco comigo. Éramos demasiado próximos e eu sabia que os seus olhos azuis demonstravam um pouco de compaixão para comigo; via-se que ele queria encher-me de perguntas, ajudar-me com a minha dor, mas ninguém o poderia fazer, só a pessoa que a fez.

- Como te tens aguentado? - Perguntou-me diretamente.

- Bem. - Encolhi os ombros.

- Posso não perceber muito bem dessa treta de amor, mas nunca te vi tão apanhadinho. A flexa caiu-te em cheio no coração. - Riu-se e eu revirei os olhos.

- Vais ficar para me chatear? - Disse e ele começou a rir-se. - Seu merdas.

- Não, estou de saída. Tens grande obsessão por ela, huh? Devias de ter instalado um chip nela. - Disse a rir-se e eu queria matá-lo.

- Já tenho câmaras: elas são eficazes. - Retorquiu e ele riu-se.

- Harry a ser um completo Harry. - Disse, abrindo a porta. - Estou aqui na terça. Até lá, recompõe-te.

Fechou a porta e eu suspirei fundo; encontrava-me novamente sozinho nesta grande casa. Sentei-me na mesa e comecei a mexer no meu computador; quando olhei com mais atenção, tinha uma mensagem no Skype. Achei um pouco estranho ou improvável, porém tentei abri-la; à primeira vez, não consegui ter acesso a ela, nem à segunda. Era como se houvesse um vírus na vida real que me estivesse a proteger daquilo; e foi quando a abri que me arrependi de tudo.

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Hello, hello! Como estão? Juro adorei escrever o lado do Harry. Eu adoro-o tanto seriously.

Gostaram da intervenção de Niall e Liam?

Já agora, o que acham que estava na mensagem do Skype enviada a Harry? Fiz um pouco de suspense!

Xx, Kate.