Capitulo 6 - Lembranças parte dois

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Bato três vezes no portão daquela casa escondida no bairro, um terreno muito simples, talvez herança dos pais que a deixou. A porta se abre, e Laura me atende.

-- Que honra sua presença  por aqui doutor.

--- Posso entrar? --- Pergunto com um sorriso discreto.

-- Claro, fique a vontade.

Entrei naquela humilde casa e me acomodei na sala, me assentei em uma poltrona pouco empoeirada.

--  Como tem sobrevivido? -- Pergunto curioso.

-- Nada fácil, o hospital não me informou onde está o resto da criança dentro da minha irmã. -- Disse furiosa.

-- Você iria enterra-la?

-- Não, iria ver quantos pedaço foi cortada por matar minha irmã. ---  Falou friamente sem remorso.

-- A criança está viva, e está comigo. Eu sei que não se conforma, mas te prometo que não verá essa criança nunca mais, só preciso de uma assinatura sua, pois quero adota-la.

-- Você sequestra a minha sobrinha... --- Me olha surpreendida. --- Ah... agora estou entendendo, você preferiu deixar a criança viva invés de Lara, isso não vai ficar barato!!

-- Não deixarei fazer nada com ela, senão eu... -- Digo ameaçando.

-- Está me ameaçando doutor? Posso muito bem ter a guarda dessa criança e te processar por sequestro, mas vou fazer muito pior. --- Falou bem determinada.

-- Olha, desculpe, mas pense bem... É muito jovem, tem a vida toda pela frente, a criança não tem culpa dos remédios que sua irmã tomava que causou mal a si mesma.

-- Minha irmã não merecia morrer, essa criança tem culpa sim, e vai pagar caro quando estiver em meus braços!!

-- SUA IRMÃ ERA UMA PROSTITUTA, VAGABUMDA!! IRRESPONSÁVEL, NÃO ASSUMIU SEUS ATOS E QUIS MATAR TOMANDO REMÉDIOS, EU SALVARIA MIL VEZES UMA CRIANÇA INOCENTE DE VEZ DESSAS MÃES QUE FOGEM DE RESPONSABILIDADE PROCURANDO ABORTO, SUA IRMÃ TEVE O QUE MERECIA!!!

-- Saia da minha casa!! -- Gritou brava, acho que exagerei na dose. Sabia que Laura estava determinada a fazer algo, pois estava com sede de vingança, e a lei infelizmente beneficia a família, e ainda mais quando é mulher.

Cheguei em casa para contar o ocorrido a Penny, mas percebi um sorriso em seus lábios muito contente.

-- Querido... Acho que Sara terá uma companhia...

-- Agora não querida, fui falar com a tia da Sara. --- Falei a interrompendo.

-- Jackie, você é louco? Iremos perder a guarda dessa criança. -- Disse aos desespero e chorando muito.

-- Calma Penny, eu vou provar que ela quer machucar a criança por vingança

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-- Calma Penny, eu vou provar que ela quer machucar a criança por vingança. -- Disse a consolando muito.

-- Querido, vamos fugir com ela, não quero perde-la. Porque me fez ama lá tanto?

A Jornada de Uma garota cristã [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora