Chegamos ao sitio como aquele que a Rachel indica que vive, e fico perplexa com o aspeto, mas acabo por não falar e opto por ter outro comportamento.
-Acha que posso subir consigo, só para me certificar que fica bem?- eu pergunto torcendo para que esta deixe.
-Pode. –ela diz abrindo a porta do prédio.
Vejo que ela sobe umas escadas em curva e sigo-a. Isto nem sequer tem elevador! Eu sei que sempre foi habituado a ter coisas de qualidade, mas também nunca tive do bom e do melhor, a minha mãe ensinou-me tanto a mim e a Gemma que não podemos ter tudo o que queremos e que as coisas se adquirem com esforço, nunca me faltou nada é verdade mas nem sempre tive do bom e do melhor. Ma este sitio...este sito é demasiado maeu ainda por cima no estado que ela se encontra.
Depois de entramos no seu apartamento, fico chocada com o aspeto.
- Então Harry não foi aquilo que esperava?- ela diz.
- Rachel isto não é sitio para ti.
-Harry não comeces, lá porque foste habituado a tudo, não quer dizer que todos fomos.- ela atira.
-Rachel não é isso...- eu tento falar mas ela interrompe-me.
-Eu sei o que foi Harry. Isto não é o seu reino encantado pois não, não vivem aqui pessoas da grande sociedade, nem tem uma sala grande com tudo nem muito menos uma pintura brilhante, não é. Sei que não tenho dinheiro mas não precisa de estar sempre a criticar tudo o que tenho.- ela diz chateada e alto.
- Rachel, sabe esta ser má! Eu nunca tive o que queria e sei ver as pessoas que tem dificuldades sem julgar, não sou fútil como estas a pensar. Mas pense na condição que estas achas que este è o sitio indicado, achas?- digo-lhe no mesmo tom.
- É o que tenho Harry, se não gosta pode sair e voltar para o seu palácio.- ela diz virando me costas.
Penso melhor e sei que ela esta nervosa com isto tudo, que ela esta agitada, mas que não se pode enervar.
-Babe só quero o melhor para ti! Além disso pensei que me conhecesse melhor.- digo mas agora mais calmo, colocando me atras de si, pousando a minha mão seu ombro.
- Desculpa Harry! Não quis ser indelicada. -ela diz virando-se para mim, dando me uma visão privilegiada para os seus olhos.
- Deixa-me ajudar-te Rachel!- peço-lhe-
-Harry eu admiro a sua bondade, tem me ajudando imenso. Era por isso que eu não queria que viesses cá, eu não me orgulho do que tenho, não me orgulho de serem estas as condições que vou dar a este bebe, eu nem de mim me orgulho.- ela diz já chorosa. Ela esta frágil!
-Só tem que se orgulhar babe. Olhe só conseguiu o emprego que queria, já fez amigos novos, e tem o seu bebe consigo.- eu digo tentando motiva-la.
-Só tu para me fazeres positivo.- ela diz sorrindo,e eu passo a minha mão pela sua cara.
-Venha comigo babe, deixe este sitio e venha comigo, assim eu puderei estar de olho em ti e não te sentiras sozinha. Vamos para casa da minha mãe assim, estará acompanhada por mais tempo e terá a Gemma maluca para te fazer companhia- eu digo fazendo a rir mas o seu sorriso desvanece.
-Eu não posso aceitar Harry, já fez tanto por mim. Além disso o que diria a tua mãe? Ter uma funcionaria dela a viver debaixo do mesmo teto. Não pode ser Harry.
- Rachel a minha mãe gosta de ti, ela sabe da tua situação, ela esta sempre a elogiar o teu trabalho, ela não se vai importar eu garanto-te.
- Eu não sei.- ela diz pensando no assunto.
- Ficamos la por um tempo só ate estabilizar, e depois logo podemos ir para minha casa lá estará mais à vontade ate ao fim da gravidez e depois logo decide o que fazer nessa altura já terá mais estabilidade na tua vida.
-Tudo bem. -ela cede.- Harry eu não sei o que seria de mim sem ti, eu não sei como irei retribuir tudo isto mas eu vou.
-Seja feliz babe, isso chega-me.- ele diz beijando-me a testa e levando-me para um abraço apertado
Mas logo somos obrigados a separar-nos, quando ambos sentimos algo.
- Tu sentiste? - ela pergunta com um sorriso.
-Senti, oh deus foi maravilhoso. - eu digo.
- Ele ou ela deu um pontapé Harry. - ela diz abraçando-me.
- Vê esta tudo bem com o seu bebe. - eu digo levantando-a do chão.
-Isto foi tão fantástico, das melhores sensações de sempre.- ela diz e eu olho para ela como permissão para colocar a minha mão na sua barriga.
Contudo ela toma a iniciativa, pegando na minha mão e colocando-a por cima da sua barriga.
- Esta bem aqui, consegues sentir?- ela pergunta e mais um pontapé é sentido.
- Eu nunca tinha sentido um.- eu afirmo, sensível com toda a situação e quando olho para ela reparo que esta chorar , mas qual é o meu espanto quando ela leva as sua pequenas mão à minha cara limpando as lagrimas que nem sabiam que escorriam.
- Oh o meu grandalhão emocionou-se .-ela diz fazendo me rir.
- Obrigado por me ter deixado experienciar este momento.- eu agradeço.
- Quem tem que agradecer sou eu por estar aqui num momento tão importante.- ela diz.
- Vamos Rachel pegue nas suas coisas, uma nova vida a espera.- eu digo-lhe pegando-lhe na mão e encaminhando-a para o carro.
Eu iria certificar-me que ela iria ser tratada como merece. Oh se ia!
