Me Apaixonei Por Você (REVISANDO)

Capítulo 28

Rafael narrando...

Hoje é sábado. Dia de encontrar a Sabrina e o caras. Vou ajudá-los a mover os pacotes, porque aqui as coisas são pesadas. Fez uma coisa errada, que não te mandaram, mesmo que seja a menor que seja. Acabo pra você.

Levanto da cama, e vou para o banheiro. Tomo um banho rápido, visto uma calça jeans preta, uma camiseta branca, e tênis da Adidas. Escovo os dentes e desço.

Caminho até a sala de estar, para pegar as chaves do carro, e saio. Entro no mesmo e dou partida. Demoro um pouco para chegar no ponto de encontro, por causa do trânsito.

Quando abro a porta do carro, vejo direito todos apoiados em uma mesa grande e encima, cheio de saquinhos pequenos.

- Olha aí rapaziada, quem resolveu dar o da graça.- o Sérgio fala se levantando de sua cadeira.

Ele é o chefão de tudo isso. E eu sou seu braço direito, vamos dizer assim. Depois que comecei a ficar sério com a Sabrina, que é prima dele. Sempre que tem alguma coisa de errado, ele me chama para resolver, mas arrumo uma desculpa e não venho. Não quero me envolver nisso, mas acho que é tarde demais.

- Eai mano, atrasei pelo trânsito.- explico fazendo um toque com o mesmo.

- Tranquilo, mas agora precisamos resolver uma daquelas paradas.- fala passando o braço envolta do meu pescoço. - E dessa vez não vai ter desculpa.

- Sérgio, sabe muito bem que não faço esse tipo de coisa. - me afasto.- mando um dos seus caras fazerem. - Aponto para eles que estão nos encarando com um sorrisinho.

- Rafa, meu brother, essa é a sua chance de mostrar que está do meu lado. - Se aproxima de mim.- E não vai querer que eu mate a minha própria prima né? - Sussurra perto do meu ouvido.

Congelo na hora. Ele quer que eu mate a Sabrina? A garota que estou ficando? Sua própria prima? Não ter um pingo de amor por ela?
Essas perguntam ficam martelando na minha cabeça, mas tento parecer calmo.

- É brincadeira né? - o encaro sorrindo forçado.

- Não brinco em serviço Rafael.- bate nas minhas costas.- A sensação é muito boa, vai ver.- se afasta e senta novamente.

Fico o observado por alguns minutos. Não dá para acreditar que isso está acontecendo. É um parente dele, velho!

Me aproximo da mesa, ainda o olhando. Desvio o olhar para o seu lado esquerdo, e a vejo. Ela está com a cabeça abaixada, e brincando com as mãos. Será que já sabe, que vai ser eu em que vou tirar sua vida? Não consigo imaginar seu olhar sobre mim, e a arma na sua cabeça. Meu coração se aperta.

- Vamos logo com isso, não tenho todo o tempo do mundo! - Sérgio ordena me dando a arma.- Vá para trás do galpão com a Sabrina.

- Só nós dois ou um desses caras, d também? - pergunto sério.

- O Carlão vai junto, para ter certeza. - responde.

Pego na mão da mesma, que leva um pequeno susto. E a puxo para os fundos. Não posso fazer isso, tenho que pensar em algo, e rápido.

- Para ai playboyzinho de merda.- o tal Carlão fala. - Agora atira nessa vaca.- aponta para a Sabrina.

- Não faz isso Rafa, por favor.- ela sussurra, segurando o choro.

- Vai ser rápido, eu prometo.- falo e aponto a arma para a sua cabeça. - 1...2...3 - aperto o gatilho.

Rapidamente o grandalhão cai no chão, e ela me olha confusa.

- Não podia fazer isso contigo.- a pego pela mão.- Agora vamos sair daqui, antes que desconfiem.- a mesma assenti.

- Como vamos chegar até o seu carro? - pergunta.