Capítulo 47

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Mayara Narrando...

Acordo com uma conversa agitada entre  o Max e outro homem, mas não consigo entender muito bem, ainda estou sonolenta demais para isso.

- Que porra, leva ela pro carro, AGORA! - Max grita a última palavra empurrando o homem.

Fico de olhos fechados ainda, para ver se algum deles falam mais alguma coisa, mas sinto dois braços grandes me pegando no colo.

- Vá pelos fundos, não quero que o irmão dela a veja. - Escuto o barulho da porta sendo aberta.

Devo ter escutado errado, o Rafael não pode ter vindo aqui, como conseguiu? Porque fez isso? Porque não seguiu pelo menos, uma vez oque pedi!

Quero sair correndo para procurá-lo, mas o homem que está me segurando aperta mais o meu corpo, e tem as amarras em meus pulsos e pernas.

Assim que saímos, o barulho de tiros e gritos me atinge logo de imediato, me fazendo abrir os olhos.

Vejo várias homens indo para fora, com rifles, pistolas, vários com metralhadoras Uzi e outras que não tive tempo de ver direito.
Sou levada para a cozinha, que imagino que leve para os fundos da fazenda.

- Me solta agora! - Me mexo e tento lhe bater o máximo que consigo.

- Cala a boca, se não, eu te mato mesmo sabendo que vou morrer depois! - O homem tem um tom de voz, que me fez estremecer de medo.

Mesmo com esse sentimento, me mexo mais e mais, até que sou jogada no chão. Minhas costas e cabeça batem no chão com força, oque me faz soltar um gemido de dor.

Tudo acontece muito rápido, ele vem até mim e me dá um tapa forte no rosto. Me coloca encima do ombro e pega uma metralhadora, que lhe foi dada por outro homem que nos viu ali.

Minha cabeça está girando, e os barulhos de tiros estão parecendo zumbidos altos. Olho para trás e vejo um homem caindo, com o peito com três buracos, seu olhar vai perdendo a vida aos poucos, até que se vai por completo.

- Solte ela. - A pessoa fala, e percebo ser o meu "avô". - Eu cuido dela daqui em diante, vá dar um fim na outra. - Fala e o homem desaparece dentro da fazenda.

Sou colocando em pé, me encostando em um carro. Meu "avô" vem até mim, e faz um carinho no meu cabelo. Meu corpo está sentindo tanta dor, que não tenho forças para me afastar.

- Será eu e você para sempre, princesa. - Deposita um beijo na minha testa. - Eles não merecem viver por causar esse transtorno.

- Não, por favor... - Sussurro. - Me machuque o quanto quiser, mas deixem eles irem. - Agarro sua camisa polo.

- Shiu, shiu, você não sabe oque está dizendo. - Coloca um dedo na minha boca. - Temos que ir agora. - Agarra meu braço.

- Tire as mãos dela, agora! - Mesmo um pouco tonta, consigo identificar a voz.

Estamos de costas para ele, mas assim que nosso "avô" se vira, a expressão no rosto da Rafa muda.

- Olha se não é o garoto que fez minha felicidade ir embora quando o vi nascer. - Fala e aperta o meu braço com mais força. - Abaixe essa arma, sabemos que não tem coragem de usar.

- Como é possível? Você morreu no hospital! - Grita e olha para mim. - Mah... - Sussurra.

- Garoto, tive que fingir minha morte, para ficar com a minha preciosa filha. - Alisa meus cabelos. - Meu Deus, como pude esquecer, você não sabe disso. - Ri com sua pequena "confusão".

- Pare de falar, isso não pode ser verdade! Você não poderia ter coragem de fazer isso com a nossa mãe, sua própria filha! - Grita mais alto, se aproximando de nós. - Solte a Mayara agora mesmo.

Me Apaixonei Por Você (REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora