Capítulo 22 - A Motivação de Johnny

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Ainda naquela noite, Thom pediu permissão para sair e ir treinar no alto do prédio que havia ali perto da casa de Michael. O prédio estava abandonado e estava em mau estado. Parte do teto faltava, deixando a construção com um enorme buraco no alto, o que era fácil para a chuva cair ali dentro.

O garoto corre e dá um salto sobre humano, chegando assim no alto daquela construção que parecia ter uns 13 metros de altura — que poderia causar a morte instantânea de uma pessoa comum.

— Aqui está bom — disse Thom, após analisar o local.

Ele se senta em posição de lótus no teto do local e fecha os olhos, buscando concentração para poder treinar sua mente.

Um ser idêntico ao de Thom foi criado ao seu lado, na mesma posição que ele, e depois mais outro. Assim ele conseguiria treinar a técnica que ele tanto quer aperfeiçoar.

Uma hora depois, Thom já estava se sentindo esgotado. Ele estava suando e respirava ofegante, como se estivesse chegado ao seu limite.

— Mais tarde eu continuo — ele disse, pulando do prédio com cautela. Ele cria um gancho em cada mão e os grudou na parede, usando-os para descer com segurança.

Antes de entrar para a casa, ele olha para o prédio e vê a lua brilhando lá no alto.

— Eu vou te salvar, Keyla — ele promete, ainda encarando a lua.

...

Quando ele acorda, já eram 11:24. Se levanta e abre a porta com cuidado para não acordar seu amigo, que certamente havia treinado um pouco antes de ir dormir. Ele não queria ficar para trás, e certamente estava treinando para poder alcançar Thom, que parecia estar distante em poder.

— Bom dia! — Claudia exclama quando o vê. Ela pega um prato que continha torradas, e passa para ele o pote de manteiga e a garrafa térmica de chá. — Aposto que está com fome.

— Obrigado — ele agradece, perguntando sobre Kyle e o pai da moça.

Ela responde que os dois estavam limpando atrás da casa, e que os dois estavam começando a se dar bem.

— Eu até acho que ele seria um ótimo marido para nosso filho — ela diz, e ele acaba engasgando com a torrada na boca. Claudia ri, e dá uma ajuda ao garoto, dando tapinhas nas costas dele. — Desculpe. Estou brincando.

— Você já está pensando em ter filhos, Claudia? — Ele perguntou e a moça o encara coma sobrancelha franzida.

— Por que? Não posso pensar no futuro? — Ela responde, os braços cruzados.

Vendo que havia dito uma besteira, Thom se desculpa com ela e fica escutando sobre o futuro dela, o que ela deseja para o futuro...

— Sabe, se der certo eu quero sair desse universo — ela comenta, olhando para a mesa. De maneira distraída, ela começa fazer desenhos na mesa com seu dedo indicador. — Aqui nessa região não temos como sobreviver, e precisamos viajar até a outra cidade para comprar mantimentos... para comprar o que precisamos.

Ouvindo essa história, Thom entendeu o que acontecia. Aquela cidade onde eles estavam não era uma cidade rica, assim como as outras.

— Sua vida irá melhorar, eu garanto — ele diz, terminando seu café. — Se me dá licença, eu vou ir treinar.

Ela se levanta e o abraça.

— Obrigado por me ouvir, Thom — ela agradece, dando um beijo na testa dele.

— De nada! — Ele diz, ficando um pouco vermelho com o gesto da moça.

— Vamos lá. — Ele suspira e faz o mesmo que nessa noite.

O Mago das Sombras: SurgimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora