O Mago das Sombras: Surgimento

Capítulo 14 - O Último Sopro do Vento

Lídia estava atrás dos garotos, observando aqueles homens vestidos de negro encarando aqueles três jovens que arriscaram suas vidas para chegar até ali.

Ela caminha para a frente deles.

— O que vocês querem? — Ela indaga, na frente dos garotos.

— Dona Lídia — Thom a chamou, mas ela não se vira para olhá-lo. — Deixe que nós...

— Thom, deixe eles para mim — ela pede, criando ventos com suas mãos abertas.

— Mas a senhora pode se machucar — gritou Kyle, que recebeu um olhar de reprovação da mulher.

Ela o empurra para trás com seus ventos, e com rápida velocidade, Johnny consegue impedir que seu parceiro batesse em um dos móveis da cozinha.

— Ainda bem que eu te salvei — ele diz, sorrindo para o companheiro de equipe, que fez sinal de positivo como agradecimento.

Thom pede para que Lídia permitisse que ele desse uma ajuda para ela, mas a moça não aceita sua ajuda.

Ela tenta lançar Thom contra a parede do lado de fora da cabana, mas uma barreira é criada na frente do garoto. Ela olha para Johnny, que estava agachado, os braços esticados com as mãos abertas, apontadas para a frente.

— Por que estão se metendo, meninos? — Ela pergunta, mas não teve tempo para ouvir alguma resposta.

Dois dos cinco homens avançaram e pularam para cima da mulher que estava distraída. Ela não teve tempo de se defender, então Thom foi mais rápido, criando um escudo de magia para poder proteger Lídia, que havia ficado sem reação.

— De nada — diz o garoto, olhando para ela.

Thom dá um soco na barriga de um dos homens, e logo em seguida desvia do ataque de outro, que possuía uma lâmina de energia.

— Não importa se não quer nossa ajuda — ele fala, olhando para a frente, seu poder ocular ativo. — Se nos ajudou, iremos retribuir.

Ela fica emocionada com as palavras de Thom, e se sente culpada por ter tentado atacar os garotos.

— Ele está certo — diz Kyle, a mão direita no ombro esquerdo, como se ele próprio se massageasse. — Não deixaremos que ninguém machuque algum inocente.

Johnny ficou ao lado de Thom, e Kyle sacou sua adaga, pronto para lutar.

Lídia não consegue segurar e deixa as lágrimas rolarem, mostrando estar emocionalmente instável. Ela se ajoelha, as mãos no rosto, não querendo que os garotos vissem essa cena que ela considerava constrangedora.

— Desculpem-me, garotos — ela pede, e começa a se acalmar. — Vamos lutar juntos.

Ela se levanta e fica à frente dos três amigos, tomando a linha de frente.

Os quatro decidem atacar aqueles dois homens, que avançam para cima do grupo. Os outros três homens que assistiam a tudo aquilo, decidiram partir para cima do grupo, junto de seus aliados.

Eles começaram a lutar, até que um deles consegue pegar o pescoço de Kyle, arremessando o mesmo para longe, fazendo o mesmo bater na parede de madeira, cuspindo sangue.

— Kyle! — Grita Johnny, que se distraiu por algum tempo, mas teve a ajuda de seu amigo Thom, defendendo sua retaguarda. — Valeu, cara.

Thom estava preocupado com seus dois amigos — e com ele próprio. Os três tinham de proteger Lídia e também se proteger dos ataques inimigos, e era algo bem trabalhoso.

— Kyle, me dá cobertura — o garoto pede, mas percebe que seu amigo não havia respondido. Ele parecia estar tonto, mas se levantou para ir ajudar.