Capítulo 15.

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Dominique fixava seu olhar a tela de seu computador. Depois da conversa rápida com Maya ela decidiu ajudá-la a descobrir sobre o passado de Ana. Era uma tarefa complicada afinal pouco soube da menina, Maya fez o favor de dizer-lhe o nome completo de Ana e isso ajudou um pouco. Ao lançar o nome na Internet o nome de Ana levava a manchetes jornalísticas de um incêndio. Por mais que Dominique tomasse seu café preto e controlasse seu impulso de chorar era uma tarefa difícil, acabou se ocupando com a investigação sobre Ana.
Maya encarava as páginas de seu livro de Biologia, folheava vez ou outra, lendo as linha e observando algums desenhos e imagens.
Helena ficará distante de sua amiga desde que ela assim preferiu, seu olhar concetrava-se na matéria, mesmo quando saiu da sala sem a presença de Maya não pode deixar de se sentir triste, sua expressão demonstrava isto.
Quando esbarraram com ela no corredor por conta de seus pensamentos e está distante, pediu desculpas e tentou seguir seu caminho mas a impediram segurando em seu braço o grupo de cinco alunos tinham sorrisos perversos no rosto, com puxares nas mangas de sua camisa os pulsos de Helena então foram puxados bruscamente chamando a atenção de alguns alunos mas nada fizeram a não ser ignorar e seguir seus caminhos. As marcas dos pulsos de Helena foram expostas e seu olhar fixou-se contra o garoto que lhe segurava, uma garota puxou-lhe o cabelo fazendo-a soltar um grito, não demorou para que sua boca fosse tapada e obrigada a segui-los com puxões e risos.
Helena fora jogado no meio de uma sala vazia, quando tentou se levantar fora jogada novamente com um empurrão e até mesmo a chutaram para que permanecesse ali. Os olhos de Helena buscavam rotas de fuga mas seu corpo tremia de pavor enquanto chorava, sua expressão assustada fora filmada de perto por uma câmera, ela tentou acertar a câmera mais isso a fez ser chutada novamente.
__Não achou que Maya manteria a gente longe de você não é Helena?__A garota sorria ao segurar os cabelos de Helena, a sala de auditório era um lugar amplo e quase vazio, ela olhava ao redor tendo quase certeza de que estava naquela sala. Sua expressão era um misto de pavor e dor__Ah não adianta tentar fugir. Se fazer isso vou ser obrigada a deixar os meninos brincarem com você.
O olhar de Helena demonstrava medo enquanto balançava a cabeça em negativa. Não queria ser usada, ela tinha pavor só de ouvir, não pode impedir de chorar, os risos foram auditivos e ecoavam pelo recinto quando os cabelos de Helena foram enrolados a mão da garota.
__Graças a sua amiguinha temos atrasos na nossa brincadeira__a garota puxava os cabelos de Helena antes de soltá-la__Sabe que por culpa do seu tio passa por isso. Se quer culpa alguém, culpe a ele.
__Estamos pronto__As mãos do homem estava enluvada quando olhou para Helena estirada ao chão com uma tristeza disfarçada, era seu trabalho e não poderia ir contra sua chefe, por mais pena que tivesse da garota.
__Onde vamos fazer dessa vez?__O olhar da garota tinha um brilho de diversão doentia, em seus lábios um sorriso cruel e perverso__Nas costas, Pernas, Braços, Barriga, Seios...?
O olhar da garota foi para seu grupo que assobio na última opção. Helena chorava ruidosamente ao olhar para o ferro de ponta afiada, sabia que seria ferida novamente por conta dos vícios do tio, ela queria poder fugir mas sabia que seria pior.
__Vamos fazer votação?
O olhar de Maya nunca procurou em tantos rosto como naquele momento, queria falar com Helena mas ela tinha sumido desde a aula de Biologia. Os passos dela a levaram em muitos lugares então presumiu que tinha ido pra casa. Os comentários sobre barulho no Auditório por outro lado chamou a atenção de muitas pessoas, os dizeres gritos, choro e risadas a fizeram ficar curiosa e correr até a sala do auditório.
Os gritos que que vinham lá de dentro era algo doloroso de se ouvir, pela primeira vez Maya hesitava mas a surpresa e choque a atingiram quando visualizou um grupo de pessoas que nunca vira cortando de maneira errante a área das costas de Helena. Sangue jorrava e Helena se debatia enquanto um metal pontiagudo lhe rasgavam a pele, seus gritos eram de pura dor, Maya corria fazendo os agressores se assustarem e largar tudo entrando em fuga, as gargalhadas femininas fizeram o sangue de Maya ferve, ela pretendia segui-los mais o estado lamentável de sua amiga lhe impediu, ela chorava encolhida no chão ensanguentado.
Maya pegou o celular da bolsa e entre seu nervosismo ligou para a ambulância pedindo socorro entre gritos, ela tremia enquanto olhava para tanto sangue sem saber o que fazer. Sabia que tinha de estancar o sangue do corte mas também tinha de ligar para a polícia, respirou fundo e encarou a amiga, discou o número da polícia local e contou o que viu, disse que chamará socorro e desligou, não podia mexer em nada ali então tirou a jaqueta jogou no chão e logo retirou a blusa branca, fez pedidos de desculpas e alertou Helena que o faria iria doer e quando tocou a ferida com a blusa seu grito foi mais alto.
Depois de minutos a blusa estava encharcada de sangue e o auditório aglomerado de alunos curiosos cujos dedos e cochichos acusavam Maya do que acontecerá. Os paramédicos chegaram depois de um tempo, tiveram de imobilizar Helena e a colocarem em uma maca de barriga para baixo, Maya os seguiram com a jaqueta em mãos e pode ver além do carro de ambulância, algumas viaturas que a encheram de perguntas que foram respondidas rapidamente entre passos rápidos. Maya queria seguir junto de sua amiga mas foi impedida, seu olhar e expressão demonstrava preocupação e até mesmo raiva, respondeu novamente as perguntas porém com grosseria e levou os policiais ao auditório, todos foram afastados enquanto os policiais falavam em rádios sem tocar em nada, isolaram todas as saídas e manteram Maya junto a eles, fazendo mais perguntas enquanto escultavan com o semblante sério.
Demorou horas para que Maya saísse da guarda da polícia, seu pai teve de lhe buscar e a pedido da filha a levou ao hospital. Leo fitava vez ou outra a filha que pela primeira vez demonstrava algo que não fosse a frieza, suas mãos tremiam e o olhar era distante mas a expressão tinha uma profunda tristeza. Ele nada disse quando chegaram na casa e Maya ignorou a madrasta, ele entendia que sua filha passava por um momento delicado e chegou a repreender Laura por isso. Os gêmeos fitavam a porta do quarto de sua irmã a quase uma hora, eles ouviram quando a irmã gritou e ouviram o barulhos de várias coisas se quebrando, isto foi o motivo de permanecerem ali, eles nunca haviam visto sua daquela forma. Se encolhiam a cada barulho e sentiam-se tristes quando ouviram o choro da irmã após seu ataque cessar. Nícolas foi o primeiro a entrar no quarto, eĺe abraçou a irmã com calma e Mike repitiu o gesto, Maya chorava fortemente no consolo dos dois irmãos.
Ana olhava para a cena dos irmãos e sentiu-se triste também, não tinha nada contra eles afinal e o que escutou de Leo na sala a fez subir e olhar com o coração apertado, timidamente aproximou-se de Maya e limpou uma lágrima, o olhar da primogênita fixou na garota por um instante e logo seus olhos se fecharam. Ana achou que séria chutada a ponta pés dali mais a mão de Maya segurou em pulso e Mike a puxou para o abraço a contragosto de Nick mas ele mesmo nada disse, permitiu-se ficar ali, apoiando sua irmã, juntos.

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