Capítulo 23.

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O nome Maya Voltaire ainda ecoava na mente nublada de Dominique. Ela recebeu aquele nome como um baque, estava em choque desde que ouvirá aquele nome e saiu da lanchonete com o olhar e mente distante o dia que conheceu a garota no orfanato, ela poderia ter apertado a mão da assassina de sua filha.
Seu comportamento foi algo que fez Clare lhe seguir naquele dia, Dominique lhe parecia em choque então presumiu que ela já teria ouvido falar de Maya, lhe guiou até a casa após ela quase ter sofrido um acidente ao atravessar a rua sem olhar para o tráfego. Clare se sentiu sensibilizada pela mãe de sua antiga amiga, sabia que muitos não tinham mais esperanças de encontrá-la com vida afinal haviam se passado duas semanas desde seu desaparecimento e no fim de tudo, Clare se sentia culpada por somente naquele instante ter tomado coragem para falar com Dominique Frayson, esperou que ela dormisse e quando a mulher o fez se foi deixando um breve recado.

***
Alessa Vandreans olhava para seu grupo de colegas da janela de seu "escritório", ela era considerada uma alfa no meio dos cães, como eram conhecidos o pessoal, de Bonnie. Não importava o quanto visse o vídeo de sua obra de arte ele nunca ficará entediante. Os cães de Bonnie nada mais eram que a Elite reserva e de apoio, se Bonnie dissesse mate o presidente eles o fariam sem hesitar um instante, a maioria do grupo não tinha nada a não ser uns aos outros e pelo desfecho que seguia uma das queridinhas de Bonnie sabia Alessa que logo entrariam em ação.
__Alessa__Chamou Dam ao  batente da porta e Alessa ergueu o olhar__A senhora quer falar com você.
__Claro que quer__Alessa disse com um tom contido ao pegar o celular de Dam, levando-o a orelha__Senhora?
__Senhora é a puta da sua mãe__Bonnie disse com raiva mal contida__Tenho um trabalhinho sujo para vocês.
__O que seria vossa senhoria?__Alessa cruzou as pernas e sua saia se recolheu deixando a ligação da cinta liga a mostra.
__Não estou pra brincadeira minha querida__Bonnie disse em um tom que Alessa podia jurar que estreitava o olhar então suspirou esperando__Agora o serviço... Quero meus cães prontos para retirarem um corpo da casa da Cordeirinha.
__Maya matou alguém?__Alessa disse em um tom surpreso__O mundo ta fudido.
__Quem diria, não acha meu amor?__Suspirou Bonnie ao encarar um homem que acabará de entra no Pub__Quero todos prontos para o serviço, usem fantasias. Vai ser mais divertido!
__Você e suas maluquices__Alessa disse em um resmungo__Vou falar com os meninos.
__Ótimo__Disse Bonnie antes de desligar.
Alessa não replicou afinal sairiam daquele buraco, olhou para Dam que fixou o olhar na fita de sua cinta liga, queria ela não sorrir igual o gato de Alice no País das maravilhas mas foi quase impossível, mordeu o lábio por fim e trocou de posição fazendo Dam lhe olhar nos olhos e exibir um sorriso perverso, aquele era o mundo que ela não poderia negar que gostava, mesmo quando o homem que aprendeu a conviver com jogatinas fechou a porta e lhe direcionou um olhar de muitos significados não se viu acanhada, sorriu ainda mais quando este lhe rondou tomando as madeixas ruivas sobre a mão enquanto puxou-lhe o cabelo em um ato de dominação que a fez estremecer.
__Não deveria dar sorrisos tão sacanas Alessa__Disse entre um sussurro ao ouvido de Alessa, observando quando sua pele se arrepiou, provoca aquela mulher vez ou outra o deixava louco.
__Sou sua senhora seu filho da puta__Alessa disse ao lhe lança um olhar afiado e cheio de divertimento. Dam sorriu de lado ao fixar o olhar nas íris negras.
__Ora, não sabia disso__Dam falou ao lhe mordiscar o pescoço, a pele de Alessa reagiu com arrepios que a fizerá estremecer e morder o lábio.
Dam tinha casos rápidos com sua chefe, não tinha descrição,  todos os que eram seus companheiros sabiam do envolvimento dos dois, quando a sala de Alessa estava de porta fechada um único ou mísero cão de Bonnie adentrava aquela sala, o fato das brincadeiras sadistas e sensuais dos dois era algo que mantinham-nos distante daquela sala e mesmo quando gemidos romperam o silêncio do local esquecido ninguém se incomodou, rolaram os olhos e aumentam o som de seus fones de ouvido esperando as novas ordens de Bonnie.

***
Maya encarava a casa de seu pai outra vez, suspirou ao apertar a alça de sua mochila e no meio da madrugada ela se viu adentrando a casa que de alguma forma era sua, teve cuidado ao fechar a porta e subir as escadas. Ela estava quase dois dias separada do irmão e isso a desgastou, terminou o serviço de persuasão em um dia e meio e graças a isso pode voltar para casa mais cedo mandou uma mensagem para o padrasto dizendo que voltou mais cedo do que o previsto e lhe agradeceu com breves palavras, quando entrou no quarto observou o emaranhado de cobertores e cabelos dourados de uma única pessoa que a fez sentir os músculos relaxarem. Contornou a cama e notpu que a bagunça havia desaparecido do quarto, sentou sobre a cama e observou o irmão se remexer.
__Aya?__Nícolas disse rouco e meio grogue pelo sono. Maya segurou a respiração, voltando a atenção ao irmão que lhe olhava com o rosto sonolento.
__Meu anjinho__Sussurrou e Nícolas se aproximou abraçando-a com força, tanta força que chegava a doer mas ela não se importou, o irmão não sabia medir sua força por conta de ser quebrado ela sabia e retribuiu o abraço inspirando o cheiro reconfortante do irmão, sorriu ao notar o seu junto ao dele__Você tem que dormir meu anjinho.
__Quero ficar com a Aya assim__Nícolas pediu e Maya assentiu, lembrou da vez que havia pedido ao irmão aquilo e suspirou ao se deitar e cobrir aos dois.
Maya se tornou protetora do irmão quando descobriu como ele era, o amou desde então e o mimou. Ela acariciava o rosto de seu irmão sonolento, acariciou as madeixas longa como fazia e entoou um cântico que Nícolas conhecia, ele se aconchegou ao calor da irmã e fechou os olhos suspirando satisfeito com sua presença ao cair no sono.

***
Guilherme acordou de mal humor, haveria de passar mais um dia Aturando o primo então pouco se admiro no espelho, tomou um banho rápido e se vestiu descendo as escadas com rapidez e a expressão dura.
Emilly estava preparado o café da manhã com ajuda de Laura que pouco falava ou parecia ter vontade de estar na cozinha. Emilly viu quando o filho apareceu e apesar da expressão dura do filho se viu sorrindo para ele como sempre fazia.
__Guilherme, poderia ir chamar sua irmã e seus primos para o café?__Emilly perguntou em um tom educado.
__Claro__Guilherme deu de ombros e quando atravessou a cozinha para a sala outra vez, na escada viu Mike e Ana com a expressão sonolenta.
Guilherme os comprimentou com sorrisos e quando estava prestes a subir viu uma garota. Os cabelos negros, olhos verdes frios, pele clara e as roupas largas de cores claras não deixavam as curvas a mostra, Guilherme admitia que ficará parecendo um idiota ao ficar em choque com a nova versão da garotinha que havia roubado o primeiro beijo na infância. Nícolas não era de acordar cedo porém naquela manhã, quando sua irmã tentou se afastar se viu acordando e agradeceu de alguma forma por isso, observando a forma que o primo encarava sua irmã ele desceu as escadas com rapidez porém o primo sequer notou sua presença e quando chegou a ficar a frente do primo ele lhe pisou o pé com força quando saltou do último degrau, fez o primo finalmente lhe notar e lança um olhar irritado.
__Ora seu..._Começou e Maya lhe cortou.
__Se você insultar meu irmão chuto você dai até a porta de saída__Maya o olhou com as íris glaciais. Guilherme apenas lhe fixou o olhar outra vez, sem acreditar.
__Se olha para minha irmã assim de novo, eu vou acertar você__Nícolas falou em um tom ameaçador mas que para Maya fora fofo
__Maravilha__Resmungou Guilherme quando Maya parou a sua frente e segurou a mão de Nícolas lhe lançando olhares irritadiços.
Maya parecia outra pessoa para Guilherme, mas não deixou que lhe falasse mais uma única palavra, voltou-se para as escadas e as subiu para chamar Marisa e talvez o pai.

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