Capítulo 17.

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Alice Bonnie, uma das investigadoras mais nova em seu ramo, com um pirulito na boca ela tinha um sorriso no rosto, não importava quantas vezes olhava para o arquivo a sua frente, nada tirava o belo sorriso do rosto.
Bonnie olhava para o telefone vez ou outra se perguntando quanto tempo demoraria para seu telefone tocar e a voz que queria ouvir soasse, ela fez o que fez para provocar sua cordeirinha, ela tinha isso em mente e por este motivo seu sorriso era incrivelmente humorado.
Sebastião encarava a chefe com cautela, os gritos e sangue ainda estavam presentes em sua mente, ele se pergutava como ela conseguia dormir a noite depois do que viu e ordenou fazer. Ele queimaria no inferno, tinha ciência disto mas não podia negar que sentia repulsa pelo que fez mas "quem tem pena do coitado, se coloca no lugar dele". Ele suspirou e quando fitou sua chefe ela lhe encarava com um sorriso diabólico, ele abaixou a cabeça no mesmo instante e logo volto ao trabalho.
Maya tentou extrair cada informação sobre o que acontecerá a Helena porém ela recusou-se a lhe dizer e quando percebeu que sua amiga não pararia de tentar Helena gritou para que Maya fosse afastada do quarto, ela saiu sem ser forçada mas o olhar frio que recebeu a fez chorar, ela sabia o que Maya pretendia fazer mas não iria permitir, aquela mulher era a reencarnação do mal e temia pela sua amiga.
Maya estava com uma expressão irritada quando passava pelos corredores do hospital com a escolta de segurança a sua cola, ela até mesmo revirou os olhos e com isso trombou com nada menos que o tio de Helena, seu olhar fixou-se ao do homem e ele se encolheu. Ela enlaçou seu braço e sorriu antes de guia-lo até o elevador, se virou e logo deu Tchau aos seguranças que sumiram quando as portas se fecharam.
__Você sabe quem machucou a Helena? __Ele se afastou o suficiente da primogênita e suas costas tocavam a parede espelhada do elevador.
__Não sei__Ele desviou o olhar e seu saiu baixo
__Eu só quero ajudar minha amiga. Ela não quis me conta mas eu vou descobrir__Tio de Helena encarou a garota a sua frente, suas íris verdes emanavam determinação então suspirou, ele não pretendia mas talvez aquela garota se aquieta-se depois de saber quem era__Por favor, só um nome.
__Alice Bonnie__Sua voz mal passou de um sussurro mas o olhar da garota denunc8iava que ela tinha escutado muito bem. As portas se abriram e Maya saiu do elevador com uma expressão de pura raiva.
Ela caminhava pisando duro contra o chão, ela não queria acreditar que Bonnie tinha feito aquilo estão se afastou o suficiente até um terreno baldio, eram assim que deveriam se encontra e só de lembrar do que fez sentiu suas mãos manchadas. Ela odiava ter que voltar a ligar para Bonnie mas assim o fez, ela sabia que aquela garota pensaria que estaria novamente com uma cordeirinha em mãos mas os lobos tomam isso como um disfarce perfeito.
__Criminalista, aqui é Bonnie no que posso ajudar__Bonnie atendeu no segundo toque.
__Daqui a trinta minutos me encontre no terceiro ponto de encontro__Maya ouviu gargalhadas e teve de reprimir insultos.
__Não gosto que marquem encontros comigo sem um "por favor". Qual é cordeirinha, você me conhece melhor do que isso. Sabe que detesto receber ordens__Bonnie ronronava e logo riu__Farei uma ótima exceção hoje, algo me diz que será divertido barganhar com você.
Maya nada disso, apenas finalizou a chamada e andava de um lado ao outro. Um carro preto apareceu na entrada do beco meia hora depois, Maya sabia que Bonnie era pontual então suspirou, ela caminhava com lentidão, suas roupas em nada lhe denunciavam de seu cargo e notando a avaliação de sua antiga cordeirinha por trás dos óculos escuros deu um sorriso.
__Cordeirinha favorita__Bonnie exclamou antes de tirar os óculos escuros e por suas mãos na cintura. Maya olhou para ela com irritação, notou que logo atrás um homem saiu do carro parando ao lado de Bonnie e ele mantinha a pose de soldado__Não me olhe assim, eu não disse que viria sozinha.
__Helena Morgan. O que ela tem haver com vocês? __Maya cruzou os braços com o semblante sério e Bonnie sorria com um tom perverso.
__Ela é minha garantia de diversão e de manter seu titiozinho a salvo. Como ela é fofa não acha?__Maya vacilou em sua expressão e isso fez a mulher gargalhar__Você não aprendeu nada do que te ensinei Maya? Qual é a nossa regra principal?
As sobrancelhas de Bonnie estavam arqueadas enquanto fitava Maya, ela notava o desconforto da primogênita mas logo ergueu o indicador e girou no ar para seu empregado e ele estufou o peito.
__Não devemos nos envolve nos assuntos da senhora Bonnie. Se sangue for derramado, será para um bem maior que a verdadeira missão__Bonnie encarava Maya ao fechar a mão, andou mais alguns passos e parou na frente da primogênita que a fitava sem medo.
__Helena era a pedrinha no meu caminho. Meu alvo era Roberto mas ela foi tão convincente ao se oferecer como a garantia de minha diversão__Bonnie sussurrou ao ouvido de Maya, ela sabia que apesar das mãos fechadas em punho nada ela faria__Mas ela foi espertinha ao ficar sua amiguinha Maya. Eu não chegaria perto dos seus 'domínios', se é que posso chamar aquela merda de domínio, academia pública é um saco, você poderia estar em uma coisinha melhor mas me rejeitou
__Não mude de assunto Bonnie. Quanto é? __Bonnie abriu um sorriso diabólico antes de segurar o rosto da primogênita.
__É um dinheiro que você não tem e nem vai conseguir em menos de um ano minha querida__Maya teve de reprimir qualquer pergunta ou resposta, ela sabia que tinha um "mas" então fixou o olhar nas íris negras__Mas sabe que posso fazer um acordo com você. Sabe que prezo seus serviços de interrogatório e convencimento. Tenho alguns casos por fora que quero muito ganhar e como você sabe é um dinheiro que vai ser rápido e fácil além de ser divertido.

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