Guilherme realmente acreditava que Nícolas havia brincado quando tinha dito sobre Maya, mas ele tinha dito a verdade. Maya não estava ali e ter que ver o sorriso triunfante do menino quando sua expressão vacilou ao sabe desta notícia o fez travar o maxilar e fitar o garoto com irritação.
Nícolas tinha que admitir que ver Guilherme irritado era algo que achava patético e quando sorriu para provocá-lo foi simplesmente por lembrar dos filmes que assistia, queria ele ser melhor que os vilões estúpidos que via nos filmes clichés que o irmão gostava, Ana notou a rivalidade entre os dois e teve que ficar quieta juntamente com Mike, pelo menos fora essas as instruções dadas por Mike enquanto se escondiam da prima que os procurava mediante a sua brincadeira de pique-esconde.
Marisa tinha um sorriso no rosto enquanto procurava os primos, a menina gostava dos dois porém todas as vezes que passou por perto de Nícolas se viu encolher e paralisar quando ele sorriu pra ela e se aproximava, Guilherme também se aproximava então não pensou duas vezes antes de correr dos dois.
A pequena acabou achando os primos quando escolheu se esconder atrás do sofá, Ana acabou rindo da expressão surpresa da menina que havia procurado tanto em lugares difíceis achando que os primos haviam feito isso.
__Achei que fossem se esconder em um lugar difícil__Sussurrou Marisa.
__Eu sabia disso por isso falei para Mike que se nos escondê-se-mos aqui você não ia nos encontrar tão cedo__Ana explicou entre risos.
__Ana realmente é boa nisso__Mike disse rindo ao olhar para Marisa que assentia.
__Ainda vamos brincar?__Perguntou Marisa com um sorriso animado.
__Bom, você nós encontrou juntos não é?__Falou Ana__Não acho que seria justo dois procurar uma só.
__Eu posso contar...__Começou Mike porém não pode continuar
__Marisa?__Alexander chamou e a menina olhou para o pai__Venha. Já está na hora de fazer sua refeição.
__Mas...__Marisa falou olhando para o pai que se aproximava.
__Sem "mas", venha__Alexander disse ao lhe estender a mão.
Ana viu quando a prima aceitou a mão do homem que lhe lançou um olhar estranho antes de se afastar. Ela estava pensativa quanto aquele olhar e algo se iluminou em sua mente. Era um olhar irritado que lhe olhava de cima. Balançou a cabeça piscando algumas vezes quando o toque em seu ombro o fez lhe olhar.
__Ana?__Mike disse em um tom preocupado__Você está bem?
__Hm... Estou, eu apenas lembrei de uma coisa estranha__Ana disse em tom transtornado ao se levantar junto do irmão que lhe olhava com preocupação.***
Helena tinha levado treze pontos. O rasgo em sua pele foi grande e graças a isso ficaria para sempre, com uma marca de lembrança.
Aquilo dificultou sua locomoção diária então teve de trancar a matricula de seus estudos e ficar acamada, o tio era o único que lhe ajudava, ao menos todas as horas que passou ao lado da sobrinha estava sóbrio, não chegou mais do que um metro dela e quando ela adormecia se colocava ao lado desta pedindo desculpas pelo que fazia quando estava bêbado.
Roberto tinha vontade de vomitar só de ver uma garrafa de álcool, tinha pavor de que o demônio de olhos verdes voltasse porém também estava agradecido, não apostava ou bebia mais, usar cigarro era o único calmante e sabia ele que sua conta tinha sido quitada e encerrada por aquela garota. Ele de alguma forma ainda lembrava da expressão irritada e transtornada da garota no elevado, enquanto zelava o sono da sobrinha de longe notou que a sua sobrinha tinha enfim conseguido fazer amizade, apesar de que aquela amizade lhe traria arrepios de pavor só de pensar.***
Alice Bonnie olhava para a tela de seu computador com uma expressão concentrada, ela era uma das melhores no que fazia, um dos inúmeros motivos de nunca ter levantado suspeita de seus casos que foram tragicamente encerrados, ela era uma mulher de princípios não importando o que fazia fora de seu ambiente de trabalho.
Cada vez que lia sobre um novo caso vasculhava qualquer coisa relacionada a sua família e descartaria a possibilidade de prosseguir com ele, mas aquele em questão falava do desaparecimento de Chloe Frayson, filha de uma das mulheres importantes daquele lugar, não se perguntava o cargo dela, não tinha importância de qualquer forma.
O que importava era que as feições da garota lhe dizia que era uma garota mimada que estudava na mesma instituição que sua amada cordeirinha, queria ela ter escondido o sorriso com essa informação quando pegou o celular e discou o número de Raven já que sua querida Maya não aceitou uma única menta que ofereceu a ela, Raven atendeu no segundo toque e os gemidos de dor que circundava a linha a fez respirar fundo, absorvendo aquele som que a faria estremecer e querer ouvir mais, aquele era um dos motivos que levavam ela a grava cada sessão de "Eloquência" que tinha com seus clientes.
__Senhora?__Raven disse uma segunda vez enquanto Bonnie tomava o caminho da saída.
__Shiu meu amor. To saindo agora, fique na linha__Bonnie disse com um sorriso ao passar por um de seus colegas de trabalho.
__Aguardo senhora__Raven respondeu ao interromper Maya que soltou um resmungo.
__Eu estou muito ocupada com o senhor corajoso e você que ta admirando a paisagem quer que eu pare?__O tom de Maya saia com uma dose de sarcasmo que faz Bonnie gargalhar com gosto ao entrar em seu carro e dar a partida.
__Coloque no viva voz Raven__Bonnie disse ao passar a ponta da língua entre os lábios.
__Pronto senhora__Disse Raven quando Maya soltou um "Puxa saco" mal humorado.
__Cordeirinha querida não sabe o quanto adoraria te ver trabalhando, mas infelizmente não posso, terei de me contentar com minha imaginação__Bonnie disse com um tom frustrado.
__Isso era pra ser um alívio?__Maya disse com desdém__Sinceramente sua imaginação me preocupa muito.
__Claro que preocupa, se não preocupasse não seria a Bonnie aqui__Bonnie disse com um sorriso ao parar em um sinal__Cordeirinha conhece alguma tal de Chloe?
Maya parou por um instante e Bonnie suspirou ao olhar no espelhinho do carro, tirou o maldito elástico que prendia o cabelo em um rabo de cavalo quando voltou sua atenção a estrada, voltou a dar partida no carro e esperou Maya se pronunciar enquanto murmurrava.
__Conhecia__Falou Maya por fim.
__Ui, nem para tentar esconder de mim__Disse Bonnie__Faria questão de arrancar a resposta da sua boquinha, mas por que não me disse?
__Desde quando te devo satisfação?__Falou Maya com o tom sério.
__Direta como sempre__Bonnie disse rindo pelo nariz__Mas me deve a porra da satisfação quando uma mãe irritante ta por ai a procura de sua putinha mimada. Sabe como isso pode interferir no meu trabalho, meu bem?
__O problema não é meu__Maya disse__Duvido muito ela encontrar à, como você disse, "Putinha mimada".
__Ela está na área de sua casa não está?__Bonnie perguntou ao olhar para o reflexo do espelho e suspirou.
__Está sim...__Maya começou mas Bonnie a cortou.
__Você e sua mania de achar que sua casa é o melhor esconderijo do mundo__Bonnie disse__Sabe qual é a possibilidade de alguém já saber seu segredinho sujo?
__Três em cinco?__Maya disse em um tom irônico.
__Pra falar a verdade seus parentes estão em sua casa__Bonnie disse ao estacionar o carro próximo ao pub de seu pai__Alexander, Emilly, Marisa e Guilherme. O filha da puta que eu quero ver implorar.
__Eu esqueci disso__Maya disse em um tom distante.
__Acabei de lembrar não acha?__Bonnie disse rolando os olhos__Agora me diz, será que deveria arrancar unha por unha ou tirar pedaço por pedaço?
__Bonnie do que está falando?__Maya disse ao olhar para Raven que escutava a tudo em silêncio.
__Sobre a forma que deveria fazer para Guilherme implorar__Disse ela como se fosse algo óbvio enquanto trocava as roupas de investigadora.
__Fala sério? Tchau Bonnie__Maya disse por fim voltando a olhar a mesinha que continha os objetos de corte e para bater.
__Até mais Cordeirinha__Bonnie desligou por fim.
Alice olhava para a roupa depois de finalmente consegui trocar, bagunçou os cabelos mordendo o lábio. Ela cuidaria do problema chamado "Chloe Frayson" antes que tudo desse errado e tivesse ela de tomar medidas que odiaria.***
Dominique Frayson olhava para o relógio vez ou outra, seu nervosismo era evidente a cada vez que olhava para o relógio, ao redor ou simplesmente por tamborizar os dedos sobre o balcão da lanchonete. A mulher estava impaciente e cada vez que mordia a ponta do dedão ou enrolava uma mecha de cabelo entre os dedos aquilo era uma mania que tinha desde que era uma colegial e voltou a aparecer quando estava alguns dias sem dormir direito ou quando estava nervosa demais, o que era o caso.
__Senhora Frayson?__A voz de Clare fez Dominique se levantar com o olhar assustado mas que logo fora trocado por um afiado.
__Clare__Disse Dominique enquanto observava amiga de sua filha se acomodar ao banco ao seu lado.
__Desculpe o atraso, tive alguns problemas para chegar até aqui__Clare disse com um sorriso sem graça.
__Não me importo com isso, quero saber o nome da última pessoa que minha filha foi visitar__Dominique disse ao olhar para o copo vazio a sua frente.
__Certo... O nome dela era Maya Voltaire.
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A Primogênita (Em Revisão)
General Fiction||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||| Maya é uma garota que esconde segredos de seu passado e marcas da separação dos pais, tendo sua guarda compartilhada acaba ficando maior parte do tempo na casa do pai, já qu...