Capítulo 30.

63 16 1
                                    

Maya olhava para Dominique quando um raio cortou o céu iluminando a estufa, os olhos verdes escurecidos ainda fitavam a mulher no chão, quando segurou o cabo do machado com força.
__As pessoas que viam Chloe acreditavam que ela era a garota perfeita__Disse Maya__Superfície. As pessoas vêem o que queremos que elas vejam. Você não imagiria quem eu sou até agora.
__O que quer dizer com isso?__Dominique perguntou.
__Sua filha se aplica a isso__Maya disse ao olhar em direção de Ana e novamente para Dominique__Sua filha era popular, era uma das melhores nas provas e amiguinha de todos que se submetessem a acha-la interessante e incrível. Não me misturava com ninguém, não achava que era algo que me interessava e sua filha boa como era__Falou com sarcasmo__Começou a tentar ser minha amiga, não gostava da aproximação e depois de um tempo a mandei pro inferno, metaforicamente.
__Sua desgraçada__Dominique disse ao se levantar com os punhos fechados__Agora eu que vou te mandar para o inferno
__Chloe não parou, ela começou a me perseguir__Maya disse ao olhar para Dominique, não se limitou a se mover, ignorou o olhar que a mulher lhe lançava__Me instigava, fazia piada e muitas vezes dizia que tornaria minha vida naquele lugar um inferno. Não me incomodei, mas, certo dia ela apareceu em minha casa e disse que tinha descoberto algo do meu passado. Algo vergonhoso.

_Inferno você é o demônio rencarnado que apenas se acha forte mas na verdade é uma fraca vergonhosa, você não é o suficiente para bate ou para mata alguém com mas capacidade e matou minha filha que era inocente. Acha que o que eu fiz com ela foi ruim? Imagina se eu pega seus outros irmãozinhos.

Maya olhou para Dominique com ódio cru, seus olhos faiscavam quando se aproximou, fora rápida, golpeou a mulher na lateral do rosto com a parte de trás do machado, não lhe machucou o suficiente para matar ou desmaiar mas a deixou com uma dor aguda em sua face e o sangue preencheu sua boca quando caiu ao chão outra vez.

__Então você é a pessoa com mais capacidade?__Maya suspirou, o olhar voltado para Ana outra vez.

***

Alice olhava para Cadense, os cabelos loiros dela caiam sobre o ombro enquanto tamborizava os dedos em seu volante, antes de tudo acontecer havia recebido uma ligação de Dominique, ela teve de ser séria a cada palavra que ouvira, esperava o momento certo para agir.
__Senhora?__Cadense disse e Alice murmurou__Vai machucar alguém?
__Vamos ter baixa do filhote__Alice disse com um tom neutro.
Cadense não ousou perguntar outra coisa, fixou o olhar de íris negras para frente e esperou, não sabia exatamente o por quê de estar ali mas não discutiria. De alguma forma ele estava um tanto preocupado com Alessa, seu olhar se voltou ao próprio reflexo na janela e suspirou.
Ele era diferente de Alessa, era mais sério e até mesmo frio, ela era mais brincalhona e tempestuosa. Os cabelos dela eram ruivos e os dele escuros, porém, ambos tinham as íris negras. Ele era mais velho mas recebia suas ordens entre os cães, seu mundo e o dela competiam mais era difícil acreditar que os dois eram irmãos, irmãos que cairam no mundo de Alice.

***
Nícolas contornava cada traço do papel com os dedos sensíveis, olhava com as íris escurecidas cada traço que conhecia de sua irmã e foi para o quarto quando a mãe começou a falar, ela havia tentado tirar os desenhos dele, rasgou alguns pedaços de seu desenho e isso o irritou como nunca.
Ele olhou para o quarto, estava esperando como deveria mas isso não o deixava animado, ele não deveria se importa, deveria estar pensando em algo para fazer, ser notado. Levantou com os desenhos em mãos e foi até um baú que possuia fazia tempo, de lá tirou tintas que precisaria para pintar. Pegou pincéis e folhas novas, suspirou e pensou em algo, deveria pedir ao pai telas e tintas novas.
Depois de um curto tempo em seu rosto já possuia uma mancha, os olhos vidrados a cada pincelada que dava, vez eram finas e outras mais grossas, eram quase sempre de tons verdes. Os mais claros ao mais escuros, porém, isso o deixava irritado. O amontoados de verdes eram passados de uma folha a outra sem parar, quando encostou o pincel a outra página seu olhar se desviou para os desenhos, deixou o pincel de lado e pegou os desenhos, olhando-os um a um.
__Aya...

A Primogênita (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora