Christian Grey
Arranco meu blazer com cuidado enquanto ando de um lado para o outro. Jogo para Taylor e ele o coloca sobre a mesa, arregaço as mangas e encaro com ódio as três pessoas sentadas à minha frente, amarradas a cadeiras. O legista, o médico que fez o DNA e a maldita mulher que estava com a minha garotinha todos esses meses.
— O que eu vou fazer com vocês? — Sussurro calmamente.
— Por favor. — Implora a mulher com desespero. — Não nos machuque.
— Por favor? Você pensou sobre isso quando sequestrou a minha filha? Sua vadia desgraçada!
Aproximo-me e seguro seu rosto. Ela está tremendo, as lágrimas escorrendo e o desespero estampado. Mas eu não vou ter dó. Eu já fui bonzinho demais, e minha filha esteve longe de mim e de Ana. Ninguém nunca mais vai tocar nas pessoas que eu amo, eu não vou deixar isso acontecer. Nunca. Mais.
— Me conte!
— Sr. Grey...
— Fala, porra! — Grito apertando mais seu rosto.
— Eu não sei. — Grita desesperada. — Não sei quem é. Foi o médico que me trouxe a menina. Eu... eu só tinha que cuidar dela. Foi o que eu fiz. Eu não a machuquei. Por favor. Não faça isso.
Viro o rosto e encaro Anastásia parada no canto da sala. Seu olhar está frio. Eu nunca a vi assim, seus braços cruzados, a postura séria. Ela sabia exatamente o que eu ia fazer quando disse que ia sair de casa, e ela disse que queria estar aqui. Suspiro e solto a mulher. Ana examina com cuidado seu rosto, então começa a se aproximar, a mulher se apavora.
— Você está mentindo. — Ana sussurra com a voz calma e controlada. — Eu sabia que já tinha te visto em outro lugar. No dia que a Júlia foi levada do hospital, você estava lá. Eu sei disso. Você estava entre os enfermeiros e os médicos. Disseram que um enfermeiro e uma médica haviam morrido. O engraçado, é que você parece estar bem viva.
— Srta. Steele... eu...
— Calada! — Ela grita e desfere um tapa contra o rosto da mulher. — Eu passei cinco meses! Cinco! Acreditando que minha filha estava morta enquanto você estava confundindo a cabeça dela, fazendo ela acreditar que era a sua filha. E eu não vou ter dó de você. Christian pode não bater em mulheres, mas eu faço questão. Agora abre a merda da sua boca antes que eu acabe com você.
— Por favor...
— Fala!
Seu grito é alto, mas o estalo do seu tapa e mais alto. Sangue começa a escorrer pelos lábios da mulher que cujo o nome, eu não fiz questão de decorar.
— A pessoa que te pagou pode ser ruim, mas você não sabe o que eu posso me tornar pelos meus filhos. Eu acho melhor você abrir a boca!
— Ele me ligou. — A mulher grita chorando. — Disse que me pagaria todos os meses, e ele fez isso, cinco mil por mês para eu cuidar da menina. Ele disse que daria um jeito de pegá-la, e eu teria que estar lá. Quando ela chegou ao hospital ele sabia, então ele me mandou ir para lá. Quando tudo apagou eu derrubei os médicos. Fui eu. Sua filha estava chorando, ela não lembrava de nada. Nada. Então eu disse que ela deveria sair do quarto, e ir até o depósito, depois entrar no freezer. Ele disse que as câmeras precisavam gravar isso, para vocês acreditarem. Depois eu forjei estar ferida. O legista me tiraria dali. Eu fui ao depósito, peguei ela dentro do freezer, coloquei a boneca e o liguei. Então eu saí do hospital com ela numa ambulância. Foi isso. É tudo que eu sei.
— O nome dele. — Ana sussurra aproximando seu rosto do da mulher.
— Eu não sei. Eu juro que não. Ele deixava o dinheiro na caixa de correios.
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À Procura do Amor
FanfictionAnastásia Steele é uma mãe solteira de apenas 21 anos. Abandonada pelos pais ainda na adolescência, por não apoiarem a gravidez precoce, ela vai viver com o namorado, mas após perde-lo, ela se vê completamente sozinha morando em um carro com seus fi...