❦ Perdendo a Calma P. II ❦

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Anastásia Steele

Ando nervosamente de um lado para o outro no corredor do hospital enquanto espero por notícias. Taylor está comigo, e eu não consigo parar de chorar, eu me sinto tão culpada por isso. Meu bebezinho. A cena de Júlia caída no chão, sangrando, faz meu peito se apertar e uma falta de ar chegar.

Eu não consegui falar com Christian, ele esqueceu o celular e o desespero nos fez sair correndo, mas Sawyer foi atrás dele, para tentar encontrá-lo.

Eu estou tão nervosa, tão preocupada.

— Ana. Ana.

É Christian. Viro-me e o vejo atravessar as portas do corredor, correndo na minha direção. Sua expressão é tensa, seu olhar de puro medo. Ele chega até onde estou, segura meus ombros, e a vontade de chorar parece voltar. Agarro sua cintura sem pensar e começo a chorar, soluçando.

Christian me empurra e segura meus ombros apavorados.

— O que aconteceu? Onde está a Juju?

— Eu... eu... — Gaguejo entre soluços.

— Sr. Grey. — Taylor murmura na tentativa de me ajudar. — Ela caiu da escada, está na CTI, nós temos que esperar.

— Como isso aconteceu? — Christian pergunta me encarando.

Eu não consigo dizer. De repente, saber o motivo disso, é demais para mim. A dor me aflige de forma inexplicável. É demais. Eu não consigo. Não consigo. É minha culpa. Eu não defendi minha filha como deveria, agora o passado está nos assombrando. Ela caiu da escada, e eu nem sei o que vai acontecer.

É tudo minha culpa. Minha maldita culpa!

Christian me puxa novamente para os seus braços, sem me dizer nada. Apenas me puxa e fica me segurando, me mantendo no lugar. Ele me balança um pouco, mas isso não me acalma. Eu só vou estar calma quando estiver com a minha filha e ela estiver bem.

As portas se abrem e nós nos viramos, agora é um médico que sai de lá, meu coração dispara, mas seu olhar me tranquilizada, ele sorri e para ao nosso lado.

— Ela está bem, foi apenas um susto.

— Ah, obrigada. — Sussurro mais leve. — Vamos, Christian, por favor. Eu quero ver meu bebê.

— Claro. Obrigado, doutor.

Ele apenas dá um balanço de cabeça e logo está nos conduzindo para um quarto no andar de cima, sorrio aliviada ao chegar na porta e ver minha menininha bem, apenas com uma carinha de cansaço e um curativo na testa. Aproximo-me e ela me encara confusa. Paro ao seu lado e acaricio sua testa, sentindo meu coração apertar de forma inexplicável.

— Nunca mais faça isso, por favor. — Sussurro e algumas lágrimas começam a cair. — Eu senti tanto medo.

Júlia me olha envergonhada e suspira, ela abre a boca, mas para. Seu olhar de vergonha se torna algo doloroso, ela busca a minha mão desesperada e eu olho sem entender o que está acontecendo, então ela cai para trás, com os olhos revirando e o corpo todo tremendo. As máquinas começam a fazer barulhos altos e o desespero toma conta de mim.

— Juju, não! — Grito apavorada.

Antes que eu posso alcança-la sinto algo agarrar a minha cintura. É Christian. Ele está ignorando todos os meus gritos e me puxando para fora do quarto enquanto médicos e enfermeiros entram. Tento me soltar dos seus braços, gritando e implorando para ele me levar para a minha filha, mas minhas palavras são inúteis. Ele continua me levando, para longe dela, logo estamos na sala de espera.

À Procura do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora