❦O Que a Vida Oferece de Melhor ❦

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Anastásia Steele

Meu coração acelera e eu caminho devagar até lá, destranco a porta e quando abro me deparo com Christian. Ele está com o terno amarrotado, gravata solta e um olhar escuro e confuso.

— Christian? O que você faz aqui?

— Eu sinto muito, Anastásia.

Sussurra antes de entrar, bater à porta e me empurrar contra ela. Abro a boca para protestar, mas antes que qualquer palavra saia seus lábios colam no meu.

Empurro Christian rapidamente e estapeio seu rosto, ainda surpresa pela sua atitude. Ele me olha, confuso, então dá um sorriso torto. Ele cambaleia até o sofá, mas acaba caindo no chão. Droga! Ele está bêbado? Mas que merda. Escorrego da porta até o chão e sinto as lágrimas escorrerem dos meus olhos enquanto Christian adormece ao lado do sofá.

Por que ele tinha que fazer isso? As coisas estavam indo tão bem. E agora ele aparece bêbado aqui, e simplesmente me agarra. Mas que merda!

Fico alguns minutos no chão, encarando-o ainda jogado no chão. Isso não vai ser bom. Eu não quero que Juju acorde e vejo o 'pai' dela aqui, caído de bêbado. Ela não merece algo assim. Suspiro e me levanto caminhando até ele, sento-me ao seu lado e acaricio seu rosto.

Eu não tinha notado como ele é bonito. Muito bonito. Talvez eu estivesse ocupada demais com a sua generosidade. Ele é lindo. Por dentro e por fora. Seu nariz é fino, seus lábios são bem contornados, e ele tem cílios enormes. Ele é todo perfeito com todos esses detalhes e seus cabelos rebeldes.

Percorro a ponta do indicador do seu cenho até a ponta do seu nariz. Ele abre os olhos, assustado, então um sorriso brota quando seu olhar se prende ao meu.

— Por que você fez isso? — Pergunto ainda acariciando seu rosto.

— Eu não sei. Você me confunde. Você é tão doce, com um passado de merda.

— Por isso eu te confundo?

— Você deixou um estranho te ajudar, e o aceitou como pai dos seus filhos. Por quê?

— Porque você simplesmente esteve ali, quando ninguém mais esteve. — Sussurro e as lágrimas voltam a escorrer. — Você me ofereceu tudo, e eu não tinha nada em troca.

— Mas você me deixou ficar perto dos seus filhos.

— Você é a melhor pessoa que eles poderiam ter.

— Não, Anastásia, eu não sou. Você sim. Você é uma mãe... maravilhosa. Tão bonita.

— Você está muito bêbado. — Sussurro e ele me oferece um sorriso torto. — Vem, vamos para cama. Eu não quero que a Juju te veja bêbado.

— Ela me mataria.

— Com certeza.

Levanto-me e o ajudo a levantar, ele se apoia em mim e nós vamos para o meu quarto, ajudo-o a deitar e tiro seu sapatos, blazer, gravata e camisa, então vou me trocar no banheiro. Quando volto, me deito ao seu lado. Christian ainda está acordado, olhando fielmente para o teto. Ele suspira e se vira um pouco me encarando.

— Você acha que eles gostam de mim?

— Quem?

— As crianças,

— Ah, que pergunta mais boba. Eles amam você, Christian.

— Ninguém nunca fez isso por mim.

— Isso o que?

À Procura do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora