❦ Epílogo ❦

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Anastásia Steele

Levanto-me e encaro Millie sair da sala da psicóloga.

— Ana. — Ela grita e eu me abaixo para recebe-la.

— Está tudo bem agora. — Sussurro acariciando seus cabelos.

— Ana, o detetive quer ver você.

Encaro Christian e suspiro, ele pega Millie dos meus braços e eu caminho até a sala do detetive, sento-me na cadeira e lhe encaro.

— Você quer me contar, Srta. Steele? Como tudo começou?

— Eu tinha nove anos. — Sussurro. — O Gregori Thompson, era meu vizinho, ele tentou me beijar e quando eu neguei, ele me atacou com uma pedra, eu fugi dele.

— O que aconteceu depois?

— Ele foi internado, ele tinha crises de psicose. Ele ficou preso por algum tempo, foi quando... sete anos depois, ele saiu de lá. Ele me atacou quando eu estava saindo da escola.

— Então sua mãe forjou sua morte?

— Sim. Ela achou que estava me protegendo dele. Mas ele conseguiu me achar. Matou o homem com quem eu vivia... forjou a morte da Júlia. Ele também mandou roubar meu carro. Foi ele quem pagou o médico, o legista, a mulher que ficou com Júlia.

— Ele confessou tudo isso?

— Sim. Ele falou que foi ele que colocou fogo na igreja onde eu ia me casar. Graças a Deus os seguranças conseguiram salvar todos.

— Nós... temos provas contra ele... provas que ele era obcecado por você. Achamos tudo na casa dele.

— Ele matou a mulher dele...

— Não, ela... se feriu muito, mas está no hospital agora, o caso dela não é mais grave.

— Graças a Deus. — Sussurro aliviada.

— Ela não era mulher dele... era só uma garota que ele pagou para se passar por tal.

— O que vai acontecer agora?

— Você vai para casa, Srta. Steele. Acabou.

As lágrimas começam a escorrer e eu encaro detetive. Balanço a cabeça e acaricio minha barriga.

— Acabou, pontinho. — Sussurro olhando para minha barriga.

Despeço-me do delegado e saio da sala, meu coração dispara ao ver a minha mãe. Ela fez tudo aquilo por mim, para me proteger.

— Mamãe. — Murmuro e ela me encontra com o olhar.

— Ana.

— Mãe.

Corro para os seus braços e quando ela me envolve com cuidado todo o peso sai, toda a dor se esvai. Minha mãe me ama. Esse tempo todo em que eu a odiei, ela estava tentando me proteger. Ela me ama. Me ama.

— Mãe. Mãe. — Sussurro apertando-a.

— Eu preciso dizer algo. — Ela diz se afastando. — Eu não quero que tenha mais segredos entre nós.

— Do que você está falando?

— Eu estive de olho em você todo esse tempo, eu precisava saber que você estava bem.

— Você fez isso?

— Sim. Eu só não me aproximei porque sabia que ele estava por aí. Quando... quando ele mandou roubarem seu carro, fui eu que liguei para o Christian.

À Procura do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora