onze

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Eu tinha um encontro.

Com Harry Styles.

Em seu quarto de hotel.

Minha reação exagerada de entusiasmo não foi nada comparado à atitude de Alice quando ela simplesmente começou a gritar dentro do carro como uma louca e literalmente chorar de emoção. 

É claro que era algo importante e aprazível, mas no fim das contas Harry também era um humano como nós. A diferença é que ele tinha muito mais dinheiro, talento e beleza. 

O cantor pediu para que nos encontrássemos hoje mesmo pela noite, pois ele iria embora de madrugada e tinha um show pela tarde. O quanto aquilo deveria ser cansativo para ele? Fazendo shows durante vários dias seguidos e mesmo assim com o mesmo gáudio de sempre. Eu o admirava por isso. E por muitas outras coisas que o tornaram, para mim, uma pessoa incrível.

Nesse momento, Alice me maquiava ao mesmo tempo que tagarelava incessantemente. Por volta das oito da noite eu já estava pronta e como em toda as vezes que minha amiga me arrumara, eu me senti linda. Um vestido preto de algumas listras claras com uma saia midi que ia até acima do meu calcanhar e um tênis raso das mesmas cores.  Uma maquiagem quase nula e o cabelo solto como sempre.

Ao mesmo tempo em que me sentia satisfeita com minha aparência, havia uma parte de mim insegura

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Ao mesmo tempo em que me sentia satisfeita com minha aparência, havia uma parte de mim insegura. Quantas mulheres perfeitas ele já havia conhecido? Eu estava infinitamente longe da perfeição. Afinal, qual era sua intenção em pedir para que fosse encontrá-lo? E se eu estivesse imensamente iludida e me desapontasse por esperar algo demais de alguém? E se eu não fosse suficiente?

  — A beleza de outra pessoa não anula a sua, Mel.  — Alice falou.

   ...

Fazia exatamente dezoito minutos que eu estava parada dentro do carro estacionado na rua de trás do hotel esperando coragem para ir até o quarto 22. Alice não parava de me xingar nas mensagens e minhas pernas pareciam ter vontade própria. Foi com uma respiração exageradamente profunda que eu saí do veículo e caminhei em passos fortes até a recepção. O homem que trabalhava lá já estava ciente da minha visita, por isso não tive dificuldades para chegar até seu quarto. O barulho do elevador me deu o aviso que havia chegado ao lugar que eu queria. Caminhei pelo extenso corredor forrado com um carpete vermelho escuro e parei defronte à porta que tinha o número 22 estampado ali. Permaneci durante alguns instantes, novamente tentei limpar a minha mente de quaisquer inseguranças, sem pensar muito levei minha mão fechada até o imponente objeto de madeira e dei três toques firmes na mesma.

A porta se abriu instantes depois e meus olhos encontraram a pessoa que eu mais desejava ver desde quando li seu e-mail. Ao ler suas palavras gentis, que pediam com gentileza para que eu fosse encontrá-lo se tivesse uma hora vaga e se quisesse, eu podia ver o sorriso tímido em seu rosto e sua afabilidade. 

Carolina  {hes}Onde histórias criam vida. Descubra agora