A outra face do Slender

2.Silêncio

Depois que Diana disse que o tal amigo dela iria vir, corri para a sala de monitoramento rebobinei a fita na esperança de ver alguma coisa o que rendeu em horas gastas que se tornaram infrutíferas e sem sucesso parecia que certas partes do video estavam com problemas pois estavam cortadas isso apenas me frustrou, mas liguei todas as câmeras de qualquer maneira.

Troquei de roupa para uma mais confortável que as sociais e voltei para a sala onde Diana estava brincando com suas bonecas sobre a mesa com uma cara meio emburrada.

Lia: Dizinha por que está com essa cara?- perguntei enquanto me agachava ao lado dela.

Diana: É que eu não devia ter te contado mesmo você ficou com medo como ele disse que ficaria! Ele não vai fazer nada de mal! Ele brinca comigo.

Me irritei como eu nunca vi essa coisa antes? Será que é um pervertido que bagunçou as câmeras ? Vou matar quem se atreveu a entrar nessa casa e chegar perto da minha sobrinha, ia ligar para Lisanna ele pode ser um dos homens contratados como retaliação por assassinatos passados, alguém pode ter descoberto quem sou eu e onde moro apenas um profissional iria entrar e sair de dentro desta casa sem meu conhecimento, ou algo apenas não humano peguei e olhei o desenho novamente focando na figura do homem.

"Deve ser imaginação de criança"
Apesar dos tentáculos o fato dele não ter rosto poderia significar que Diana nunca o viu, ele deve usar uma máscara quando a vê.

Lia: Pequena o que eu disse sobre mentiras? Nem todos falam a verdade ele pode querer nos fazer mal!

Diana: Não ele não vai! Se não ele já teria feito ele disse que já viu você dormindo uma vez.

Fiquei pálida. "Como assim ele me viu dormindo? Meu sono e mais leve que uma pluma, no exercito sono pesado era igual a sono eterno nos braços da morte, será que eu relaxei tanto a ponto de me expor ao perigo?"

Lia: Como assim ele me viu dormindo? Diana você não pode mais vê-lo está ouvindo? -pus as mãos nos ombros dela- ele é perigoso.

Diana: Tia ele não é mal ele brinca comigo de festa do chá e trança meu cabelo coisas que você não sabe fazer ele ate cozinha uns biscoitos para comer tomando chá! E eles são gostosos não tem gosto de queimado igual aos seus.

Um pervertido cozinha melhor que eu? E ainda faz trançinhas nos cabelos da minha sobrinha e brinca com ela de madrugada? Levantei acho que era hora de nos mudarmos me dirigi ate a cozinha e abri o compartimento de armas escondidas que tinha ali, peguei a de dardos tranquilizantes poderia precisar dele vivo, guardei a arma no cós da calça e comecei a preparar o jantar olhei o relógio e este marcava 21hrs da noite, peguei o celular e mandei uma mensagem para Lisanna explicando a situação, depois o liguei nas câmeras com sensor de movimento qualquer alteração vou ser notificada.

Lia: Diana! O jantar está pronto! - gritei esperando ela vir, mas apenas o silêncio me respondeu, senti pânico subir quando o celular tocou, corri para a sala para encontrar Diana dormindo num deles.- suspirei de alivio. - Cacete que susto da porra.- murmurei enquanto a pegava no colo.

Levei Diana para seu quarto e desci para comer, peguei o celular e olhei para ver o que o fez tocar era a mensagem de Lisanna, os arredores pareciam estar completamente em silêncio, comi a janta e lavei a louça calmamente subi para meu quarto arrumar as coisas e minhas armas para transporte amanhã estaria me mudando.

Enquanto separava a roupa escutei um som na janela, olhei a tela do celular e nas câmeras não aparecia nada de novo, mas senti que devia olhar mesmo assim, avistei ao longe a sombra de uma figura era um homem preparei a arma ate que a figura desapareceu olhei bem para ver se tinha algo, mas o local se encontrava vazio.

"Acho que é coisa da minha cabeça"

Me virei ate que o celular tocou, meu sangue gelou quando um dos sensores da casa disparou seguido de outro e mais outro o pior e que não aparecia ninguém, de repente o silêncio toma o local, escutei risadas.

"MERDA DIANA"

Corri desesperada para o quarto dela, ela estava sentada na cama e rindo, sozinha, suspirei.

" Isso aqui ta parecendo cenas de filme de terror onde as crianças são possuídas por espíritos malignos e quem se ferra e sempre a família"

Estreitei os olhos para ela, que parou de rir, quando eu cheguei perto e tirei o rosário colocando na testa dela, o que a fez franzir o cenho.

"Só não joguei água benta por que não tinha.."

Diana: Tia o que você ta fazendo?

Lia: Só vendo se você não está possuída, o que você quer rindo sozinha assim no meio da noite.- ela fez cara de emburrada e cruzou os braçinhos.

Diana: Eu não to possuída e também não to rindo sozinha!Meu amigo está aqui!

Lia: Aqui onde? - toquei a arma por cima da roupa sentindo meu sangue ferver ele entrou na casa.

Diana: Ele tava aqui, mas correu assim que viu você vindo ele disse que ia se esconder ate você achar ele ou ele te achar.

"Ele me achar?" Soltei o ar tremula não podia deixar Diana sozinha, mas também não podia ficar sem fazer nada.

Lia: Diana vai se esconder no guarda roupa. - ela fez como eu disse, revistei o quarto a procura de alguma coisa , mas não encontrei nada sai pela porta dela a trancando ali sozinha ia correr para o quarto, não esperaria ele vir me encontrar, eu o encontraria e ia mata-lo.

Corri para o quarto rapidamente, tranquiliza-lo não iria servir executa-lo seria melhor, depois Lisanna descobriria o que pode com o corpo que sobrar depois que eu terminar com ele.

Adentrei meu quarto e enfiei a mão no compartimento secreto em baixo da cama, que foi quando escutei uma respiração pesada como se a criatura tivesse corrido muito, era alta e ruidosa, levantei devagar e escutei um bufo, foi quando uma coisa enorme se materializou na minha frente era um homem, mas acho que não poderia se chamar assim ele era enorme e não tinha face, puro terror me tomou quando notei sombras disformes saindo de suas costas e tomavam a forma de tentáculos, estes me envolveram e tamparam minha boca me impedindo de gritar, ele pegou um de seus enormes dedos e pôs sobre o local em seu rosto onde deveria ter uma boca, me contorci e tentei sair de seu domínio, mas quanto mais me debatia mais firmemente ele apertava os tentáculos a minha volta lembrando a uma píton que capturou sua presa, quando parecia que iria quebrar meus ossos e não conseguia mais respirar, senti as bordas da inconsciência me pegarem e antes de desmaiar a ultima coisa que eu vi foi a boca dele se contorcendo em um sorriso.