17. Humano

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Esse Capitulo contém HOT.

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Slender


"Por que você me odeia?"

Amassei o papel, me sentia inquieto, Tala parecia ter esse efeito em mim, me levar de um humor a outro em segundos, isso não era bom, eu não posso perder o controle, Splendor meu irmão apesar de ser incomodo ele entendia melhor essas coisas humanas, além de sua idiotice que não fazia nada para esconder a incrível intuição que ele tinha, a mesma intuição que ele usava para aporrinhar a minha paciência acerca de alguma coisa que era de seu interesse.

Suspirei, humanos eram criaturas estranhas tinham uma facilidade em sentir medo ou mesmo terror um ódio quase inexplicável ao desconhecido e ao que era diferente, as vezes se odiando entre si eram frágeis, fracos e desprovidos de honra... Tala podia o enganar isso era até fácil, ela não era uma Ender, e ela não entendia a ligação que compartilhavam e também não entenderia o que ele teve que fazer, ela poderia destruí-lo.
Um sorriso amargo se desenhou em minha face, meu rosto o que eu escondia tão fervorosamente queria sair à luz, a forma que eu sempre rejeitei, ela parecia adequada naquele momento à parte que eu sempre odiei sobre mim mesmo, era o fato de poder ser humano, andar como eles viver como eles, aquela parte que queria sair que causava uma coceira intensa em minha pele, desde o momento em que pus os olhos nela, sua Tala de avental naquela casa, toda suja de chocolate a voz dela e o cheiro me deixaram louco, depois daquilo passei a vigia-la todos os malditos dias, quase todas as horas, as coisa ficaram mais fáceis ainda quando sua sobrinha me viu, eu sempre gostei de crianças elas eram puras e livres de preconceitos não me temiam ou pensavam o pior, a garotinha parecia feliz em ter uma figura paterna, era pequena e adorável, ainda mais quando praticamente em sua inocência deu Tala a mim, ainda lembro-me dela com seu pequeno sorriso tentando me impedir de ir embora, para sempre.

"Tia Tala está sempre sozinha, não vá embora! Fique com ela! Prometo de dedinho, ela pode ser uma boa mãe!"

Naquele dia eu havia prometido a mim mesmo que iria embora para sempre, iria deixar a humana viver a sua vida, mas falhei comigo mesmo, deitei Diana em sua cama e a fiz dormir, teleportei para o quarto de Tala e ela dormia num sono profundo daquela vez, um frasco com cheiro forte de remédio permeou o quarto, era algo forte para ajudar a dormir o cheiro era familiar, era o que os soldados ganhavam do governo após voltar da guerra para evitar pesadelos e o estresse pós traumático, sua Tala parecia muito forte na superfície, mas ainda sim ela era humana, eu a observei dormir a alça de sua camisola caiu para baixo revelando uma cicatriz com marca de dentes, tencionei naquele momento, eu conhecia aquela marca, a raiva tomou meus sentidos, conseguia sentir um cheiro fraco começando a emanar da cicatriz, Rake logo viria atrás dela, e eu não permitiria que isso acontecesse, a muito tempo eu já falhei com ela, mas não dessa vez.

Splendor: Estava precisando de mim? - Splendor entrou e se jogou na cadeira em minha frente - O que deseja saber?

Suspirei irritado, ele realmente era uma praga.

Slender: Ela vê mais do que eu gostaria sobre mim mesmo. - falei entre dentes.

Splendor: Ah então é isso? Você não é difícil de ler irmão, você só esconde melhor que a maioria, nessa compulsão de manter tudo em ordem e bem organizado.

Slender: Você realmente é um cabeça de vento. - caminhei até minha estante e selecionei meu xerez de 1839 as lembranças eram vagas, às vezes as coisas ficavam borradas em minha cabeça, algo anormal para minha espécie eu vivi naquela época comprei aquele vinho, mas não me lembrava de quando. - Estou falando que ela me leu, Splendor ela é humana você mesmo tem conhecimento disso eles não cheiram emoções, eles não são de nossa espécie eles não teriam como nos entender.

A outra face do SlenderOnde histórias criam vida. Descubra agora