Chloe 4.

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— Chloe Valens.

Saí do treino e me dirigi para casa. Não estava com ânimo de fazer mais nada e para minha sorte eu estava sem dinheiro de pegar o autocarro. Continuei a andar assim mesmo. Com o olhar direcionado ao chão.

"Queres boleia?" Uma voz familiar disse.

"Não obrigada." Disse assim que vi Noah a conduzir.

"É só uma boleia eu não vou te violentar ou alguma coisa do género." Revirei os olhos e subi no carro. No banco de pendura. Se formou um silêncio constrangedor no lugar. Coloquei auriculares e me deixei levar pela música que íamos dançar. Depois de algum tempo o carro parou porém não em minha casa mas sim em um parque pouco conhecido. Era la onde ia quando queria fugir das coisas.

"É seu lugar secreto não?" Ele disse.

"Sim mas eu não venho aqui a anos."

"Pois é. Lembraste-te da vez em que desapareceste por quase um dia e a dona Miranda estava que nem louca a tua procura?"

"Sim eu lembro." Sorri. "Ela quase me matou quando voltei para casa."

"Eu te encontrei aqui a dormir que nem um anjinho por baixo de uma árvore." Falou. "Estavas tão bonita e vulnerável que tive medo até de te tocar." Eu tive muitos problemas com a minha mãe, tantos que eu sempre fugia dela e vinha parar aqui. "Queres descer?"

"Sim." Ele desceu do carro e eu fiz o mesmo. "Por quê que estamos aqui?" Ele se sentou no capô do carro e eu fiz o mesmo, ficamos a observar algumas poucas pessoas a andar, outras a correr. Era um lugar muito calmo e cheio de vegetação.

"Não consigo entender..." Ele começou a falar mas calou quando o olhei.

"O quê?"

"Nós estávamos tão bem mas ainda assim você terminou comigo. Porquê? Tem alguma coisa a ver com a nossa diferença de idade?" Eu não acreditei que ele fez aquela pergunta.

"Você me traiu Noah, com a Cristy. Quatro anos não é grande diferença." Falei. Ele me olhou confuso.

"Eu e a Cristy? Quando?" Perguntou.

"Nós não vamos ter essa conversa." Voltei a entrar no carro. "Me leva para casa por favor." Falei de dentro do carro. Ele entrou porém ficou alguns segundos a olhar para frente e em um momento espontâneo ele bateu no volante inúmeras vezes - o que me deixou assustada - e olhou para mim em seguida.

"Eu não te traí com a sua prima, ela se atirou a mim mas eu me afastei."

"Você a beijou e sabe-se la o que mais vocês fizeram porque eu não fiquei para saber."

"Nada!" Ele se alterou. "Ela me beijou e eu dei um fora nela."

"Pois acredito."

"Devias." Ele disse. Ele ligou o carro e começou a conduzir. "Depois de tanto tempo nem a oportunidade de me explicar tu deste. Tu me tiraste o benefício da dúvida." Ele reclamou.

"Noah, apenas me leve para casa." Falei. Voltei a colocar os auriculares porém não liguei a música. Senti o seu olhar sobre mim algumas vezes até finalmente chegarmos a casa. Eu desci do carro e bati a porta com força entrei e fui até o meu quarto.

— Noah Cooper.

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Chloe Mansfield.Onde histórias criam vida. Descubra agora