Chloe 17.

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— Chloe Valens. —

Senti algo frio descer pelo meu corpo. Abri os olhos e vi a ruiva a despejar uma garrafa de água em mim.

“Que porra?” Falei incrédula.

“Chegamos.” Ela disse. Eu olhei para o céu.

“Ainda é noite!” Procurei a Emily pelo carro e não a encontrei. “Onde está a Emily? Emily!” Gritei.

“Deixa ver saímos de Londres às dez da noite já passam das duas da manhã por isso vamos dormir em um motel e pela manhã eu te deixo em casa.” Ela disse e fechou a porta.

Entramos no quarto com apenas duas camas.

“Durmam. Se quiserem podem tomar banho tem algumas roupas nessa mochila.” Ela apontou, eu me perguntei quando é que ela parou para comprar roupa. Pegou em uma cadeira e sentou frente a porta com uma arma.

“Está carregada?” Perguntei.

“Depende da pessoa que tentar abrir a porta.” Ela disse séria e depois sorriu. Eu deitei na cama com a Emily. Fechei os olhos e tentei dormir. Bateu uma saudade do Noah. Com certeza ele teria alguma coisa reconfortante para me dizer nesse momento. Não sei por quê que alguém nos faria isso e além do mais, passamos esses dias todos trancadas em um quarto. Só dois homens entravam vez ou outra e era apenas para rir da nossa cara e dizer que ninguém nos iria buscar. Nos davam comida uma vez por dia e quase nunca água.

“Chloe.” Ouvi a Emily sussurra o meu nome. “Chloe acorda.” Abri os olhos vagarosamente, olhei para o relógio que marcava quatro da manhã. Ela apontou para a ruiva que estava escondida atrás da porta. Ela fez sinal para não fazermos barulho e nos escondemos por baixo da cama. Eu olhei para a janela na parede. A sombra de dois homens não parava de se movimentar. Fui para de baixo da cama assustada no exato momento que conseguiram destrancar a porta. Os dois entraram, tentei identificar porém não consegui. Estava escuro para isso. Eles procuraram alguma coisa pelo quarto até no banheiro mas quando se voltaram para a porta o som abafado de um tiro se ouviu e em seguida um deles estava no chão. O outro logo ajoelhou e começou a pedir desculpas com as mãos no ar.

“Desculpa, eu só estou a procura da minha amiga!” A ruiva se aproximou dele com a arma apontada na sua cabeça. Eu conheço essa voz.

“Eu só tentei ajudá-lo. Eu só queria estar com algumas meninas.” O que estava ferido disse.

“Dylan?” Saí de baixo da cama. Ele olhou para mim com os olhos marejados.

“Conheces?” A ruiva perguntou séria. Me dava até medo, a sua postura sempre correta, o seu rosto sempre sério, até os seus sorrisos eram obviamente falsos.

“Sim é o meu melhor amigo.” Me aproximei dele e o ajudei a levantar. “Estás bem?”

“Fredrik!” Ouvi Emily dizer. Ela correu até ele e começou a estancar a hemorragia na perna. Ele gemia de dor e medo.

“Qual é o teu problema?!” Perguntei para a ruiva. Ela fez alguma coisa na arma.

“Nunca se espera atacar o território de um leão sem ser mordido.” Ela disse simplesmente. “Ele teve sorte que não apontei para a cabeça.” Se referiu ao Fred. Guardou a arma e fez um balão com a pastilha na sua boca. “Vamos.”

Chloe Mansfield.Onde histórias criam vida. Descubra agora